sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

RESOLUÇÃO CONJUNTA-SEMA/IAP Nº 009/2012


Atendendo solicitação de Sindicatos Rurais, a FAEP e a Ocepar obtiveram uma resolução conjunta da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e do Instituto Ambiental suspendendo a exigência do SISLEG, por um período de até 180 dias, enquanto o IAP elabora e implanta novos procedimentos baseados no CAR, estipulado pelo novo Código Florestal.


Da mesma forma foram suspensas a exigibilidade do SISLEG na formalização de novos Termos de Compromisso, de fiscalização e licenciamento ambiental, bem como sanções administrativas pelos órgãos ambientais, que tinham sustentação no Código Florestal anterior.


Representantes de Produtores e Mercado de Seguros falam da necessidade de apoio do Governo

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Representantes de Produtores e Mercado de Seguros falam da necessidade de apoio do Governo
21/12/2012

Representantes de Produtores e Mercado de Seguros falam da necessidade de apoio do Governo


Quando o Governo Brasileiro iniciou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2005, muitos agricultores do Brasil conseguiram, "da noite para o dia", acesso ao Seguro Agrícola.

Finalmente havia sido disponibilizada uma importante ferramenta para proteção da sua produção, além de facilitar acesso ao crédito pelos agentes financeiros. O Programa se desenvolveu e ganhou força até o ano de 2008. Porém, desde 2009 o Governo não consegue cumprir com os orçamentos aprovados. Agricultores e mercado segurador estão cercados de incertezas quanto ao futuro desse Programa.

Como forma de criar uma plataforma onde os beneficiários e fornecedores de seguro agrícola pudessem discutir as demandas dos setores, a ESALQ/USP organizou o I Seminário de Seguros Agrícolas nos dias 03 e 04 de Dezembro de 2012 em Piracicaba/SP. O Seminário foi patrocinado pela Munich Re, uma importante difusora de conhecimento e Resseguradora em diferentes mercados de Seguros Agrícolas em todo o mundo.

Durante estes dois dias, líderes do setor agrícola (Associações de Cooperativas, de Agricultores e do Agronegócio), Governo (MAPA, MDA, Secretarias de Agricultura de SP, PR e GO e o BACEN) e o setor de seguros agrícolas (FENSEG e diversas seguradoras do mercado) assim como acadêmicos do GESER - ESALQ/USP e consultores do agronegócio, expressaram opiniões quanto o suporte público para o seguro agrícola em 4 painéis de discussão.

Em geral, as contribuições lançaram luz sobre a necessidade de uma ferramenta sustentável de transferência de risco para agricultores, as deficiências atuais de apoio governamental e suas consequências para a contribuição do seguro para nossa agricultura.

Os temas abaixo direcionaram a discussão durante o evento:

Os agricultores brasileiros consideram o seguro agrícola uma ferramenta importante

Representantes de produtores lembraram da importância do seguro como um dos principais mecanismos para manter a capacidade de investimentos em sua produção agrícola;

. Estudo realizado por uma consultoria, considerando os valores de produção e suas exposições no Brasil, revelou o grande impacto negativo que os eventos climáticos podem ter diretamente sobre o setor agrícola - avaliação esta, totalmente apoiada pelos participantes do seminário;

. Produtores entendem a importância do seguro agrícola também como uma garantia que é necessária para obtenção de créditos. No entanto, reclamam que este sistema de proteção não acarreta redução das taxas de juros praticadas nestas operações;

. Representantes de produtores destacaram claramente a falta de acesso ao seguro agrícola devido às baixas coberturas, elevadas taxas de prêmio de seguro e pouca opção de escolha de produtos, quando da contratação vinculada a financiamentos;

A disponibilidade de seguro agrícola não atende à demanda do setor

. Em muitas regiões, incluindo às de extrema importância para a agricultura brasileira, o seguro agrícola é praticamente inexistente. O Governo tenta expandir os programas públicos (como PROAGRO e PROAGRO+) em regiões predominantemente caracterizadas por pequenas propriedades agrícolas (agricultura familiar); Em contrapartida, nas regiões onde há maior predominância de agricultores de médio porte (boa parte do Centro Oeste, por exemplo), as inadequadas coberturas de produtividade e a falta de produtos que garantam a receita da propriedade são indicados como possíveis razões para o baixo interesse em seguro;

. Representantes do Governo enfatizaram que o apoio público para gestão de risco concentra-se em grupos desfavorecidos social e economicamente. Como resultado, cerca de 10% dos produtores de todo o Brasil estão cobertos pelo PROAGRO e PROAGRO+, ao passo que somente 1% estão protegidos pelo Programa de Subvenção;

. Alguns estados têm um programa de subsídios adicional a fim de alavancar o suporte limitado pelo governo federal através do PSR. Embora essas iniciativas tenham se mostrado importantes, representantes destes Estados apontam limitações quanto a recursos financeiros, regulação dos programas e coordenação com o modelo atual do PSR;

Há deficiências no atual sistema de seguros agrícolas

. O mercado segurador possui limitações na distribuição e expansão do seguro agrícola em razão de deficiências operacionais e orçamentárias no PSR. Este problema é reconhecido pelo MAPA, que vem tentando melhorar o PSR;

. Outros países conseguiram superar problemas semelhantes aos do Brasil oferecendo uma ferramenta eficiente para gerenciamento de riscos agrícolas. No entanto é preciso definir o tipo de parceria público-privado, levando-se em conta a forma de atuação do Governo e das empresas privadas de seguros;

. Representantes de produtores e mercado de seguros concordam que ainda existe a falta da cultura do seguro agrícola e também há o desconhecimento dos benefícios que tal ferramenta pode trazer a todo o setor agrícola e ao sistema financeiro;

Maior necessidade de conhecimento especializado

. Enquanto a EMBRAPA tem sido fundamental para a avaliação geral de riscos no Brasil, a compreensão quantitativa de riscos de produção bem como conhecimento de seguro agrícola ainda são limitados no setor. Neste sentido, os participantes enfatizaram a contribuição potencial das universidades - em especial à ESALQ/USP e GESER - para pesquisa e formação de especialistas da área de seguros agrícolas;

Cada um dos participantes enalteceu a oportunidade de discutir o seguro agrícola entre Representantes de Produtores, Governo e Mercado Segurador. Com o objetivo de facilitar a continuação do debate e desenvolver soluções, a ESALQ/USP como idealizadora e Munich Re como patrocinadora do Seminário, têm intenção de organizar este evento em uma base anual, com próxima data prevista para o segundo semestre de 2013.

Fonte: Prof. Dr. Vitor Ozaki - ESALQ/USP

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PIB do Paraná deve crescer o dobro da média nacional

19/12/2012

PIB do Paraná deve crescer o dobro da média nacional


Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná deve crescer 1,9% de janeiro a outubro de 2012, em relação ao mesmo período de 2011. A variação equivale a quase o dobro da registrada no País, estimado em 1% pelo Banco Central, a partir de pesquisa com instituições de mercado. A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (18) pela diretoria do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), juntamente com outros dados sobre o comportamento da economia estadual neste ano


Diante da conjuntura nacional, os números são considerados positivos pelo presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, mesmo levando em conta que o crescimento do PIB paranaense este ano ficou abaixo do registrado em 2011 (4%).

Segundo ele, a desaceleração deve-se à crise financeira internacional e à estiagem que atingiu o Estado no início do ano, gerando quebra de aproximadamente 20% na safra de verão. "O resultado do Estado surpreende, pois é praticamente o dobro da média nacional, num momento em que vivemos uma estagnação da economia mundial, principalmente nas grandes economias", destacou Lourenço.

De acordo com ele, a perspectiva para os próximos anos é bastante positiva, graças principalmente ao Paraná Competitivo, programa de incentivos criado pelo Governo do Estado para fomentar a industrialização. "Alguns dos investimentos atraídos por meio do Paraná Competitivo começam a se transformar em produção efetiva. Mas a fase mais rica do programa será o biênio de 2013/2014, quando as empresas começarem a produzir efetivamente no Estado", afirmou.

O Paraná Competitivo atraiu, desde 2011, R$ 21 bilhões de investimentos para o Estado. "É inevitável que o Paraná apresente taxas de crescimento bem acima da média brasileira nos próximos anos", destacou Lourenço.

INDÚSTRIA
O presidente do Ipardes lembra que a produção industrial no Paraná caiu 1,3% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, a redução é a menor entre os estados do Sul (em Santa Catarina, queda foi de 2,9% e no Rio Grande do Sul, de 3,6%) e abaixo da média nacional (-2,9%).

"Esta queda é o que chamamos de efeito de base de comparação aquecida, ou seja, a produção caiu porque o Estado produziu demais em 2011", explicou o presidente do Ipardes. "O Paraná não é uma ilha, muito menos o setor industrial, e, mais cedo ou mais tarde, este setor tenderia a acompanhar o declínio do país."

EMPREGO
Mesmo com queda na produção, o Paraná foi o estado que apresentou a maior taxa de geração de empregos na indústria, com crescimento de 2,5%, de janeiro a outubro. Desse total, 13,2% foram criados na RMC e 86,8% no interior.

"A região metropolitana concentra empregos na área de metalmecânica, indústria mais pesada, enquanto o interior tem a indústria mais voltada para as áreas de alimentos, móveis e madeira. São perfis de empregos diferentes. No contexto atual do Brasil, a indústria mais pesada tem sofrido mais para crescer", explicou o diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima.

A indústria paranaense também teve este ano o melhor desempenho do País no que diz respeito aos salários pagos. A folha de pagamento do setor aumentou 8,5% de janeiro a outubro, enquanto a média nacional foi de 3,2%. "O Paraná vem se destacando na geração de emprego e pagando mais. Isso reflete o dinamismo e o potencial de nossas indústrias", disse Lourenço.

Considerando todos os setores, o Estado gerou cerca de 112 mil empregos formais até outubro. Desse total, 73,1% foram no interior, com destaque para a região Noroeste. O setor de serviços foi o que mais empregou (39,5%), seguido de indústria (26,2%), comércio (19,9%), construção civil (9,6%) e agropecuária (4,9%).

COMÉRCIO
O volume de vendas do comércio varejista paranaense cresceu este ano. No acumulado de janeiro a outubro, o setor registrou alta de 10,1%, o segundo melhor desempenho do País, atrás apenas de São Paulo (10,3%). De acordo com Lourenço, este crescimento é decorrente dos melhores salários pagos aos trabalhadores.

DESEMPREGO
A taxa de desemprego registrada neste ano na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi a menor entre as sete regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo - pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A média entre todas as regiões pesquisadas foi de 5,7% de aumento no número de desempregados, enquanto a RMC teve acréscimo de 3,7%. Na mesma linha, o salário médio pago na RMC é o melhor entre todas as pesquisadas, R$ 1.915,00.

EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
A equipe do Ipardes também apresentou dados sobre comércio exterior. De janeiro a outubro, o Paraná exportou o equivalente a U$ 16,5 bilhões - U$ 500 milhões a mais que no mesmo período do ano passado. Os principais responsáveis por esse aumento foram combustíveis, caminhões, madeira e cereais.

As importações feitas pelo Paraná chegaram a U$ 18 bilhões em novembro. "As importações crescem num ritmo maior que as exportações porque têm uma relação direta com o avanço da industrialização do Paraná. Uma economia que está em processo de transformação, sofisticação e diversificação tende a importar mais", explicou Lourenço.


A estimativa foi apresentada pelo diretor do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço
METROPOLE JORNAL - São José dos Pinhais/PR

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O PRÓXIMO PASSO DO CÓDIGO FLORESTAL

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O próximo passo do Código Florestal
17/12/2012

O próximo passo do Código Florestal

Produtor deve estar atento para o Cadastro Ambiental Rural
O Novo Código florestal foi aprovado e agora vem a segunda etapa que é o processo de regularização dos produtores rurais nos moldes estabelecidos pela Lei nº. 12651/2012.
A implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) faz parte do processo de regulamentação do Novo Código Florestal e é obrigatório para todos os produtores rurais.


O CAR consta no artigo 29, da lei 12651 de 25 maio de 2012 e diz que:
"Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural (CAR), no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA), registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento".


O CAR na verdade, é uma fotografia atual da propriedade rural, ou seja , como ela está hoje. No CAR deverá estar informado a:
I - identificação do proprietário ou possuidor rural;
II - comprovação da propriedade ou posse;
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, também da localização da Reserva Legal, caso existente.


O CAR iniciou sua regulamentação no decreto nº. 7830 de 17 de outubro de 2012. Entretanto ele não foi implantado, ou seja, ainda não existe uma plataforma de inscrição do Cadastro.
A ministra do Meio Ambiente autorizou a aquisição das imagens de satélite em alta resolução, que serão usadas como base de informação para o CAR. E já iniciou as negociações com órgão ambiental do Estado do Paraná com para assinatura do termo de cooperação técnica para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) .


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está trabalhando em conjunto com Ibama para construir uma plataforma virtual, onde o produtor fará a inscrição.Até o final do ano o IBAMA deverá publicar portaria para regulamentar totalmente o CAR.
O MMA deverá, no início de 2013, disponibilizar o CAR a nível federal. A proposta é que o CAR garanta a regularização de mais de 5 milhões de imóveis rurais no País. A proposta é finalizar esse processo até 2014.


Quando o CAR for implantado o produtor rural deverá procurar os sindicatos rurais e se informar sobre o procedimento para a inscrição.
O setor produtivo já manteve e mantém contatos com o órgão ambiental para discutir como deve ser a regulamentação no Paraná.
O produtor rural agora deve aguardar, mas manter-se informado e esperar a implantação do CAR. A FAEP acompanha o andamento do processo de implantação desse Cadastro.

Por: Carla Beck engenheira-agrônoma do DTE/FAEP

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

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Reciclar conhecimentos faz crescer
14/12/2012

Reciclar conhecimentos faz crescer


Em meio a orquídeas, kalanchoes e uma infinidade de outras flores e plantas, instrutores do SENAR de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro aprendem as diferentes formas de cultivo, tipo de solos, substratos, colheita e pós-colheita durante a capacitação tecnológica em Flores e Plantas Ornamentais esta semana em Holambra, São Paulo. Alguns profissionais contam como está sendo o curso e destacam a importância de estar sempre se reciclando.

"Além de acompanhar a evolução da tecnologia, considero importante conhecer as iniciativas dos produtores de plantas floridas em vasos, corte e plantas ornamentais. O conhecimento adquirido aqui vai facilitar o meu trabalho como instrutor em Minas", acredita o cientista agrário e instrutor do SENAR MINAS, José João Ribeiro.

O engenheiro florestal Renato de Moura Corrêa também destaca a necessidade de acompanhar as tecnologias atuais. "As inovações são importantes para que o profissional se qualifique e repasse esses conhecimentos aos produtores rurais e empreendedores de sua região. Sem a reciclagem, o profissional para no tempo e isso não é mais aceito pelos nossos clientes e o mercado competitivo."

Ele é instrutor do SENAR Paraná e acredita que a capacitação trará frutos para o estado. "No Paraná precisamos de conhecimentos mais aprofundados e os temas abordados estão vindo de encontro as nossas expectativas, abordando desde conhecimentos básicos mais importantes até temas pontuais de cada cultura. Fico muito satisfeito por estar tendo essa oportunidade de me reciclar e repassar todo esse aprendizado aos produtores de flores em nosso estado."

Instrutora do SENAR Pará, a engenheira agrônoma Eliana Gomes da Silva também está satisfeita com o curso. "Os professores são excelentes e achei muito legal os produtores da região abrirem as portas para nossas aulas práticas. O SENAR com seu potencial e bagagem de informações está de parabéns por nos proporcionar esse curso de grande importância para o trabalho que desenvolvemos", elogia Eliana.

Esse é o primeiro dos três módulos da capacitação. As aulas ministradas pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) terminam nesta sexta-feira (14).

Assessoria de Comunicação do SENAR

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Governo regulariza repasses para o Fundo de Desenvolvimento Agropecuário


4/12/2012

Governo regulariza repasses para o Fundo de Desenvolvimento Agropecuário


O governador Beto Richa assinou ontem o repasse de R$ 11,7 milhões para o Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec). Com isso, o Estado zera um passivo acumulado há sete anos com o fundo, criado para fazer frente a eventuais situações de emergência na área de saúde animal, como surtos de doenças em bovinos, suínos e aves.

A medida, assinada durante a cerimônia de premiação dos vencedores do programa Empreendedor Rural, faz parte do esforço do governo para melhorar a defesa sanitária animal no Paraná.

A assinatura ocorreu no Expotrade, em Pinhais, região Metropolitana de Curitiba, onde acontece o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais 2012, promovido pela Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), em parceria com o Sebrae-PR e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaep). O evento reuniu mais de 4 mil agricultores de todo o Paraná.

"Queremos que o fundo cumpra sua função de atender às suas necessidades dos produtores e garantir mais tranquilidade em momentos de dificuldades", disse o governador.

O Fundepec é formado por recursos recolhidos pelo Estado de produtores, sobre cabeças de gado vacinadas, aves e suínos abatidos e comercializados. Desde 2005, porém, o governo estadual não repassava ao Fundepec os recursos retidos.

O repasse autorizado agora pelo governador Beto Richa zera esse passivo. "Com a retomada dos repasses ao Fundepec, o Estado resolve uma pendência de longa data com os produtores do Paraná", disse o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

Com o repasse de R$ 11,7 milhões, o Fundepec passa a contar com um montante de R$ 47,5 milhões. O fundo é gerenciado por entidades do setor agropecuário, mas a utilização dos recursos depende de autorização do secretário da Agricultura, em casos, por exemplo, de surtos de aftosa, peste suína clássica ou outras doenças.

De acordo com Ortigara, a manutenção de fundo de amparo para situações de emergência é uma das condições para que o Paraná seja considerado um estado com plenas condições sanitárias.

APOIO À AGRICULTURA - Richa disse que a regularização dos repasses para o Fundepec é parte de um conjunto de medidas que o governo vem adotando para fortalecer e apoiar o agronegócio. Ele lembrou investimentos já realizados na área sanitária, como a criação da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar).

"O Governo do Estado faz a sua parte para garantir aos nossos produtores condições para ampliar a participação no mercado nacional e internacional e melhorar a renda", disse o governador.

Outra preocupação do governo estadual, conforme o secretário, é orientar os produtores em relação aos prazos e correta aplicação de vacinas nos rebanhos bovinos e bubalinos.

No dia 30 de novembro foi encerrada a segunda fase da campanha de vacinação contra a febre aftosa, em que foram vacinados os mais de 9 milhões de cabeças do rebanho paranaense. "Os produtores e as indústrias têm que se adequar sanitariamente para ter plena inserção no mercado", destacou Ortigara.

EMPREENDEDOR RURAL - O programa Empreendedor Rural está completando 10 anos e formou 18,5 mil produtores rurais. Só em 2012 foram instituídas 84 turmas, com a formação de 1.049 pessoas. O conteúdo estimula as habilidades e competências empreendedoras para atuação em atividades econômicas, políticas e sociais sustentáveis.

"É um programa importante para a capacitação profissional e o desenvolvimento de aptidões de produtores rurais, que assim garantem aumento da sua produtividade e mais riquezas ao Paraná", disse o governador Beto Richa.

Além da premiação de oito projetos vencedores do programa - dos quais dois apresentados pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) -, o encontro contou com três palestras de especialistas da área.

Segundo o presidente da Faep, Ágide Meneguette, o programa ajuda o trabalhador rural na melhoria da administração da sua propriedade, a partir de aulas teóricas e práticas e da elaboração de um projeto. "O Empreendedor Rural ajuda o homem do campo a melhorar a gestão da propriedade, por meio do planejamento e do conhecimento", afirmou.

O presidente da Fetaep, Ademir Muller, disse que o curso aproveita e potencializa a capacidade do produtor rural, fornecendo a ele novas ferramentas para o empreendedorismo.

Participaram do evento a ministra chefe da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann; a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Katia Abreu; o presidente do conselho do Sebrae Paraná, Jeferson Nogarolli; o diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; os deputados federais Eduardo Sciarra, Osmar Serraglio e Reinhold Stephanes; os deputados estaduais Douglas Fabrício, Elton Welter, Fernando Scanavaca, Rose Litro e Teruo Kato, e dirigentes e representantes de entidades do setor.

Agência Estadual de Notícias

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crise financeira do Diplomata prejudica avicultores do PR

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Crise financeira do Diplomata prejudica avicultores do PR
27/11/2012

Crise financeira do Diplomata prejudica avicultores do PR

Milhares de frangos estão morrendo de fome por falta de ração.Mais de 200 granjas estão ameaçadas em Mandirituba.
Os frangos estão no tempo do abate, mas o frigorífico com o qual os produtores têm contrato não vai buscá-los, nem envia alimentação.

Em uma granja, o último carregamento de ração chegou há uma semana e em quantidade pequena, que duraria apenas um dia. A criadora Rosane Borges conseguiu racionar a alimentação, mas agora as aves estão sem comida, morrendo de fome.

Por causa do mau cheiro, os produtores enterram diariamente as aves mortas.

Algumas granjas já fecharam. Das 230 de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, 130 têm contrato com o Frigorífico Diplomata, de Cascavel, que está em processo de recuperação judicial, para evitar falência.

Cerca de 350 funcionários do abatedouro, que fica em Mandirituba, foram demitidos. Em nota, a empresa admite as dívidas, mas não dá prazo para o pagamento e nem sabe quando vai buscar os frangos para o abate.

De acordo com os técnicos, 160 mil aves não passam dos próximos dias e não há para quem vender a produção.
Marilza do Prado fez financiamento bancário de R$ 150 mil para ampliar a granja. Investiu em equipamentos que aceleram o crescimento das aves, mas agora não sabe o que fazer com os 45 mil frangos que estão na propriedade, sem comida.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Empreendedor Rural - tudo pronto para a premiação


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Empreendedor Rural - tudo pronto para a premiação
26/11/2012

Empreendedor Rural - tudo pronto para a premiação

edição de 2012 comemora 10 anos do programa
O engenheiro-agrônomo Xico Graziano, articulista dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo (RJ) e O Tempo (MG) é um dos palestrantes do evento de premiação do Programa Empreendedor Rural (PER), na segunda-feira (3/12), no Expotrade de Pinhais, a partir das 8 horas. Estão sendo esperados para o evento 4,5 mil produtores rurais, que serão transportados em 110 ônibus.
"O que é ser empreendedor, no Brasil, hoje" é o tema da palestra de Rodrigo Brito, diretor de Parcerias e Oportunidades de Impacto da empresa Aliança Empreendedora e ainda haverá a apresentação de quatro histórias de sucesso de produtores rurais e empresários.

Os participantes também poderão visitar 24 estandes de produtores que já fizeram o Empreendedor Rural, implantaram seus projetos e conhecer os resultados positivos. A programação inclui ainda atividades lúdicas e musicais com o Grupo Trio do Trem.

O evento, criado e desenvolvido pelo SENAR-PR, FAEP em parceria com o Sebrae-PR e Fetaep, está completando 10 anos. Ao longo deste período 18,5 mil produtores rurais concluíram os módulos do Programa que estimulam as habilidades do produtor e desenvolvem as competências empreendedoras para atuação em atividades econômicas, políticas e sociais sustentáveis. Só em 2012 foram 84 turmas com 1049 pessoas que concluíram os módulos.

Programa renovado

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Programa renovado
26/11/2012

Programa renovado

26,5% mais barato é o preço das máquinas por meio do programa Trator Solidário em relação ao de mercado, segundo cálculo do Departamento de Economia Rural (Deral)
Implantado em 2007, o programa Trator Solidário, que beneficia agricultores familiares paranaenses com renda bruta anual de até R$ 110 mil, foi renovado por mais um ano. Porém, a partir do próximo dia 21, novos preços serão praticados. Até lá, o trator de maior potência (75 CV), cuja demanda é maior, será comercializado pelo valor de R$ 62,4 mil.

Os novos preços vão variar de R$ 51,4 mil para o trator com 55 CV de potência até R$ 66,9 mil para a máquina mais equipada e com potência de 75 CV. Apesar do aumento da tabela, o governo estadual comemorou a negociação, pois, na avaliação, as vendas de tratores estão aquecidas em todo o país por causa da valorização das commodities e os valores estão abaixo dos praticados no mercado.

A meta é viabilizar a compra de mil tratores até o final do próximo ano. Desde o início do programa mais de 7 mil unidades foram adquiridas pelos agricultores paranaenses. O financiamento é feito via Banco do Brasil ou pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com participação da Sicredi e Cresol, por meio da linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Gazeta do Povo Online - Curitiba/PR

Produtor rural: alerta sobre comercialização com empresas no regime Simples Nacional

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Produtor rural: alerta sobre comercialização com empresas no regime Simples Nacional
23/11/2012

Produtor rural: alerta sobre comercialização com empresas no regime Simples Nacional


Os produtores rurais devem ficar atentos ao fazer a comercialização de sua produção com compradores que estejam enquadrados no sistema tributário simples nacional. De acordo com a legislação vigente, nesses casos, a responsabilidade sobre o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é do produtor.


A FAEP está elaborando uma proposta de mudança da legislação para eximir o produtor rural deste pagamento. Enquanto isso não ocorre o produtor deve avaliar se é vantajoso comercializar sua produção para esse tipo de empresa.


A Federação foi contatada por alguns produtores rurais que foram notificados e intimados a apresentar defesa prévia pela Secretaria da Receita Estadual do Paraná sobre operações comerciais de venda de produtos agropecuários para empresa enquadrada no regime de tributação simples nacional.


Nesses casos está sendo considerado encerrado o diferimento, devido ao regime tributário da empresa que adquiriu o produto. Conforme as notificações, a base legal consta dos Decretos nº 1980, de 21.12.2007 e nº 5.725, de 23.08.2012, Capítulo XI, Seção I, art. 94 e 95.


Com isso estão sendo expedidas notificações para esses produtores apresentarem defesa prévia, pois para essas operações o entendimento é que o produtor assume o pagamento do ICMS sobre a comercialização efetivada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

China vai se tornar principal destino agrícola brasileiro

China vai se tornar principal destino agrícola brasileiro19/11/2012

China vai se tornar principal destino agrícola brasileiro

Chineses compraram 24,3% dos produtos agrícolas exportados pelo País no primeiro semestre e podem passar os europeus ainda este ano
A China encostou na Europa e está prestes a se tornar o principal cliente das exportações brasileiras do agronegócio. Os chineses compraram 24,3% dos produtos agrícolas vendidos pelo País no primeiro semestre, ante 24,6% dos europeus, 8,2% do Oriente Médio, 7,3% da América Latina e 5,9% dos Estados Unidos, revela o estudo Especial Agronegócio, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

"Com a alta dos preços da soja, é provável que a China ultrapasse a União Europeia este ano ou, no máximo, em 2013. E temos de considerar que a China é um país, enquanto a UE é um bloco", diz André Soares, coordenador de pesquisa e análise do CEBC. O estudo será divulgado na próxima quarta-feira, em São Paulo, na 4.ª Conferência Internacional do CEBC "Brasil-China, em um mundo em transição".

Os chineses avançaram velozmente na compra de alimentos e de outros produtos agrícolas produzidos no Brasil. Em 2008, representavam 11,5% das vendas do agronegócio brasileiro, enquanto os europeus detinham 32,9%. O comércio agrícola entre Brasil e China duplicou em três anos, de US$ 8 bilhões em 2008 para US$ 18 bilhões em 2011.

"A relação entre Brasil e China pode progredir muito com benefícios para ambos os lados. Cresce a percepção nos dois países de que é preciso reduzir a dependência do comércio com Estados Unidos e Europa, mercados que não vão crescer praticamente nada nos próximos anos", diz Mônica Baumgarten de Bolle, professora da PUC-RJ e diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças.

A China também reduziu seu ritmo com a crise, mas ainda deve avançar 7,5% este ano. O país asiático está num processo acelerado de urbanização e tenta reduzir sua dependência das exportações e dos investimentos, elevando o peso do consumo doméstico na economia. Todos esses fatores colaboram para um aumento da renda per capita dos chineses, e, consequentemente, da demanda por alimentos.

De acordo com especialistas, o grande problema do intercâmbio bilateral é a alta concentração. A soja representa hoje 66,7% do que o País vende para a China na área agrícola, seguida de longe por pasta de madeira e celulose (7,5%) e por açúcar (7,3%). Os agricultores brasileiros também estão cada vez mais dependentes da China, destino para o qual embarcam 67,1% da soja que produzem.

E a tendência é que a soja brasileira ocupe ainda mais espaço na China. O Brasil é o segundo principal fornecedor de soja para os chineses, atendendo a 36,9% da demanda local, atrás dos Estados Unidos, com 42%. Os americanos, no entanto, praticamente estagnaram a produção de soja, preferindo plantar milho. Já no Brasil ainda há bastante área agricultável disponível.

Para Fábio Trigueirinho, secretário-geral da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), a alta concentração nas vendas é preocupante. "Quando a China tiver uma gripe, teremos uma pneumonia." O executivo avalia que o Brasil deveria agregar valor a soja, transformando o grão em ração e vendendo carne para a China.

Missão
Na próxima semana, uma missão do governo brasileiro visita Pequim para tentar aumentar as vendas de alimentos e bebidas. Fazem parte do grupo 18 grandes empresas do setor, como JBS, Marfrig e Brasil Foods. A expectativa é que ocorram 400 reuniões entre empresários brasileiros e chineses. "Com o aumento da renda média na China, haverá uma demanda crescente por alimentos, setor em que o Brasil é muito competitivo", diz Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.

As vendas de carnes à China ainda são reduzidas, mas começam a ganhar impulso. De janeiro a outubro, o País vendeu US$ 414 milhões em carne de frango no mercado chinês, alta de 21%. Também foram exportados US$ 42 milhões em carne bovina e US$ 7 milhões em suína - os primeiros embarques significativos desses produtos à China.

Raquel Landim

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CNA visita uma das maiores feiras de alimentos do mundo

CNA visita uma das maiores feiras de alimentos do mundo

Assessoria de Comunicação da CNA

A comitiva da CNA, em missão na China, visitou nesta quinta-feira, 15/11, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, a Food and Hospitality China (FHC 2012), no centro financeiro de Xangai


À noite, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, reuniu-se com importadores chineses presentes à feira para apresentar o agronegócio brasileiro e seu potencial de comércio e de investimentos. “Queremos inicialmente focar em quatro produtos: carnes, café, suco de laranja e laticínios”, disse a senadora. Segundo ela, após a vista à feira, os produtos lácteos também foram incluídos na pauta prioritária de comércio da CNA na China.

“Até 2021, a China quer incrementar sua classe média em 521 milhões de pessoas, mais do que o dobro da população brasileira”, destacou a presidente da CNA, ressaltando a importância deste crescente mercado consumidor para o agronegócio do País. “O Brasil tem condições de produzir, de forma sustentável, para abastecer esse importante mercado consumidor”, afirmou.

Em apresentação aos empresários chineses, o presidente do Instituto CNA, Moisés Gomes, afirmou que “a China ocupa a primeira posição como compradora em duas das cadeias em que somos competitivos, soja e produtos florestais”. E desafiou os presentes a liderarem também as importações em outros segmentos do agronegócio.

A presidente da CNA disse, ainda, que “não visamos apenas as exportações de um produto, mas inovação, produtos com valor agregado, como a China está fazendo”. Esclareceu que, na última década, o uso da tecnologia aumentou muito no Brasil e a intenção é continuar desenvolvendo e aplicando-a nos nossos produtos.

O incremento da relação comercial entre China e Brasil foi a tônica de todos os encontros e compromissos da agenda da missão da CNA, em Pequim e Xangai, concluída com a visita à FHC 2012. O principal deles foi a inauguração do escritório da CNA em Pequim, que servirá de plataforma para ampliar as relações com o país asiático. “Queremos construir um relacionamento com a China de médio e de longo prazos”, afirmou a presidente da CNA, na solenidade que contou com a presença do embaixador brasileiro na China, Clodoaldo Hugueney.

Agenda para 2013 - Para abril de 2013, a presidente da CNA já anunciou a realização de um seminário, em Pequim, sobre os investimentos em infraestrutura e logística no Brasil, com a participação de ministros e empresários brasileiros. Também recebeu a confirmação da visita de uma missão técnica liderada pela Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) ao Brasil, no primeiro semestre do ano que vem, com a participação de importadores.

Durante reunião com a Associação de Cadeias de Lojas e Franquias da China (CCFA), em Pequim, ficou acertada, para maio de 2013, a realização de um seminário de compras voltado às demandas do segmento. A CNA quer participar, ainda, de feiras de alimentos na China, como FHC 2013 (Food and Hospitality China) e a Sial China 2013 (Feira internacional de alimentos e da indústria de bebidas), que acontecerá em maio.

No final do ano, em novembro, o Ministério da Agricultura chinês liderará uma missão de empresários ao Brasil. O grupo recebeu a visita da comitiva da CNA durante esta visita a Pequim. Outro encontro considerado produtivo pela CNA foi a reunião, durante café da manhã, com representantes do Banco de Desenvolvimento Chinês (CDB, na sigla em inglês). O destaque foram as demandas apresentadas pela senadora Kátia Abreu para o complexo de portos e hidrovias do Norte do Brasil, projeto que visa baratear o escoamento da produção brasileira. Eles informaram que estão dispostos a organizar encontros com empresas que poderiam se interessar por estes processos.

Um grupo de trabalho do banco está em viagem ao Brasil ainda no mês de novembro, e a CNA quer reforçar, também no Brasil, os laços com o CDB, instituição financeira sob administração direta do Conselho de Estado chinês, responsável pelo financiamento de projetos em infraestrutura e indústria de base. No Brasil, já financiou iniciativas em áreas como tecnologia da informação, petróleo e gás e aquisições de aeronaves brasileiras.

Publicado em: 15/11/2012.



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Exóticas e invasoras - Xico Graziano

Exóticas e invasoras

Xico Graziano

Existe uma repulsa dos ambientalistas brasileiros contra as plantas chamadas exóticas. Sua posição, radical, idolatra a vegetação nativa


O assunto virou tabu: espécie exótica é do mal; nativa, do bem. Polarização falaciosaEspécies exóticas, sejam plantas ou animais, consideram-se as originadas nos ecossistemas de regiões distintas da local, ou seja, estrangeiras. São exóticas no Brasil, por exemplo, as árvores típicas da Europa, como o cipreste italiano. Da mesma forma, vieram de longe para a arborização urbana a enorme tipuana (argentina), o lindo flamboyant (africano), a falsa-seringueira (asiática) e o álamo (canadense). Apenas a sibipiruna ou os coloridos ipês são nativos do Brasil. Nenhum cidadão discrimina a sombra fresca que todas oferecem ao calor do asfalto.

Imperam também, dentre as frutas encontradas na mesa dos brasileiros, as variedades importadas. A banana, a laranja e o figo têm origem na Ásia, enquanto o abacate e o abacaxi vieram da América Central. Variadas origens caracterizam a fruticultura, como no caso da melancia (africana), da manga e da jaca (indianas), da maçã (siberiana), do caqui e do pêssego (chineses), da uva (do Oriente Médio), do moranguinho (europeu).

O mamão é americano. Latino-americanas são a pitanga e a goiaba. Brasileira, mesmo, fica a jabuticaba.Assunto curioso. Veja o caso de verduras e legumes. Nesses vegetais se destacam as exóticas cebola e alface (asiáticas), a berinjela e o pepino (indianos), a cenoura, a beterraba e a couve (mediterrâneas), o cará, o maxixe e o quiabo (africanos). Restam como latino-americanos o chuchu, a abóbora e o pimentão. Sul-americano, sabidamente, apenas o tomate.

Interessante é saber que exótica é também boa parte dos grãos que alimentam o povo, a começar do arroz, da soja (asiáticos) e do trigo, cujas origens se encontram na Europa e na Ásia. Amendoim, girassol, batata e milho, por sua vez, surgiram originalmente nas montanhas andinas da América. O café, bebida adorada pelos brasileiros, nasceu na África, a cana-de-açúcar veio da Índia e o feijão, típico do prato nacional, tem origem difusa em vários continentes. Verde-amarela, essa, sim, resta a mandioca, aqui relatada desde Pero Vaz de Caminha.

Normalmente as pessoas desconhecem a origem dos alimentos. Isso, entretanto, não as impede, nem aos próprios ecologistas radicais, de consumi-los com apetite, independentemente da procedência. Saborosos e nutritivos, todos têm sido fundamentais para a qualidade de vida dos povos. Fruto do trabalho da agronomia, caíram no gosto popular e se tornaram cosmopolitas. Viajaram o mundo.

Existe um sentido mais restrito para o conceito de planta exótica. Também é considerado dentro de um mesmo país, ou região, para se referir às espécies que, embora do mesmo país, tenham origem num bioma distinto do local. Assim, no território de São Paulo, situado no bioma da Mata Atlântica, considera-se exótica a seringueira, eis que nativa do bioma da Amazônia. Vejam outros casos. No Nordeste, ao contrário do que muitos pensam, o praiano caju é exótico, pois sua origem está na Floresta Amazônica; idem o cacau, que, embora seja também amazônico, adorou viver nas terras de Ilhéus. O coco-da-baía, destarte, ostenta no nome a terra de Jorge Amado, mas chegou da África, trazido pelas correntes marinhas. Inusitado.

Na recente discussão sobre o Código Florestal, o assunto da vegetação exótica tomou destaque. Propunha-se que, sob certas condições, plantações frutíferas ou silvícolas pudessem ser utilizadas para ajudar na recomposição de áreas de preservação permanente, mormente as próximas dos cursos dágua. Além de proteger as beiradas dos córregos, teriam função produtiva. Ganha a natureza, ganha o agricultor.

Houve, porém, forte restrição dos puritanos ambientais. O temor ecológico contra as plantas exóticas advém, primeiro, do fato de que, sendo estranhas à flora nativa, elas não participam das cadeias produtivas alimentares, pouco auxiliando na vida silvestre. Segundo, as espécies retiradas de seu ecossistema nativo se livram de predadores e parasitas naturais, que lá controlam sua população. Livres de competidores, podem se multiplicar exageradamente, prejudicando a flora e a fauna locais.

Esse fenômeno, que caracteriza as chamadas plantas "invasoras", é tido pelos estudiosos como a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo somente para a exploração humana na destruição dos hábitats naturais. A gravidade da contaminação biológica causada por espécies exóticas motivou a ONU a criar, em 1997, um programa específico para enfrentá-la. A matéria, complexa, caiu nas graças dos ecoterroristas, os que pregam a catástrofe planetária.

Em muitos casos, providências, algumas drásticas, precisam ser tomadas para impedir a invasão dos ecossistemas. Mas, embora exóticas, as plantas podem servir ao bem. Basta monitorar, se necessário controlar, pôr a técnica acima do preconceito ecológico. Nas áreas degradadas, algumas espécies florestais podem servir como "pioneiras", sombreando as mudas nativas para que cresçam melhor, favorecendo o processo de recuperação ambiental. Por essa razão, o novo Código Florestal acabou permitindo, de forma restrita, o uso das exóticas em sistemas misturados com espécies nativas.

Na Serra do Mar paulista, entre Mogi das Cruzes e Bertioga, surpreendente recuperação da Mata Atlântica se verifica nas sombras dos antigos eucaliptais, raleados, mantidos pela Suzano, empresa de celulose. A silvicultura inteligente cria uma segunda natureza, que ajuda, e não atrapalha, a civilização humana.





segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho 

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

A premiação do Concurso Agrinho é o ápice de um trabalho intenso e responsável, do qual participam não apenas os técnicos e funcionários que o formulam e administram, mas principalmente diretores,professores e alunos de nosso ensino básico, aos quais rendo minhas homenagens e agradecimentos.

Todos os anos, há 17 anos, esta cerimônia de repete, sempre com a mesma alegria , com a mesma empolgação e, sobretudo, com o reconhecimento do esforço desses professores e de seus alunos.
Para mim esta data é uma renovação de um momento de emoção de ver aqui reunidos inteligências e força de vontade de uma geração que dentro em breve será a responsável pelo nosso Estado..
O Programa Agrinho tem orgulho em saber que participa ativamente da formação desta geração e a encaminha para vias do conhecimento e da ética.
O Agrinho ajuda, sim, a formar uma nova mentalidade para que esses jovens e crianças se tornem cidadãos responsáveis e conscientes, que saibam cuidar melhor de si que é a melhor receita para saber como cuidar dos outros e de sua importância na sociedade.
É inegável que o Agrinho, que a cada ano alcança cerca de um milhão e meio de jovens e crianças do ensino básico, tem sido um sucesso.
Mas este sucesso tem sido possível graças aos nossos parceiros: o Governo do Estado, por meio da sua Secretaria da Educação, que juntamente com as secretarias municipais nos abrem as portas das escolas.Também com a participação das secretarias da Agricultura, da Justiça e do Meio Ambiente.
Conta também com a valiosa participação do INSS -Previdência Social, da Receita Federal, do Ministério do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, do Banco do Brasil, da Itaipu Binacional e da empresa Dow AgroScience.
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O Agrinho é parte da face social do Senar Paraná.
Mas ao Senar Paraná cabe, além de ajudar a formar cidadãos dignos, a contribuir para o desenvolvimento da agropecuária e do agronegócio.Sua missão principal, inscrita em lei, é capacitar a mão de obra do campo,concorrendo para a sua profissionalização, sua integração na sociedade,melhoria da qualidade de vida e para o pleno exercício da cidadania.
Os números do Senar são gigantescos. Desde 1993, quando iniciou suas atividades, os instrutores do Senar já capacitaram mais de 1 milhão e 100 mil trabalhadores e produtores em diversas atividades do meio rural.
O Senar Paraná é atualmente uma referência nacional na capacitação do homem do campo e certamente tem sua parte expressiva no grande avanço da agropecuárias paranaense nos últimos 20 anos.
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Meus caros alunos e caros professores que hoje recebem seus prêmios. Que continuem assim, com esforço e dedicação aos estudos e,posteriormente, dedicados e atentos nas profissões que escolherem.
Que o Agrinho seja um componente importante na formação docaráter de cada um de vocês.
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Agradeço a prestigiosa presença de nosso secretário da Educação e Governador do Estado em exercício, Flávio Arns, que com compreensão nos tem ajudado nesta empreitada.
Eu agradeço aos nossos parceiros a contribuição para essesucesso e a presença de nossos convidados que vieram compartilhar conoscoe com nossos premiados este momento de felicidade.
Muito Obrigado.
Ágide Meneguette

Geração comprometida

Notícia


12/11/2012

Geração comprometida

O propósito é educar, promover a cidadania e contribuir com a formação de uma nova geração, envolvida, responsável e comprometida.
O propósito é educar, promover a cidadania e contribuir com a formação de uma nova geração, envolvida, responsável e comprometida. Primeiramente com si mesmo, depois com sua escola e, por fim, com a sociedade e o bem comum. Enquanto a disciplina faz parte do aprendizado, o resultado, que vai muito além da sala de aula, depende do interesse e do esforço não apenas individual, como coletivo de cada um dos envolvidos.

A breve descrição é do programa Agrinho, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), do Sistema Faep/Federação da Agricultura do Paraná, que impacta diretamente mais de 1,5 milhão de pessoas, número equivalente a 15% da população do estado.

A maioria absoluta é de crianças, estudantes do ensino infantil, fundamental e especial, orientados por um batalhão de 80 mil professores, de pelo menos oito mil instituições de educação.

Contudo, por mais didático que seja o processo, é na esperança, na descoberta e na capacidade de realização de cada um dos participantes que está o segredo, o sucesso e a amplitude do projeto. Uma iniciativa que tem origem na motivação do campo, mas que também ganhou as cidades, não apenas do Paraná, onde surgiu, mas de várias outras regiões do país, em nove estados brasileiros.


A premiação da edição 2012 ocorreu na sexta-feira, em Curitiba. Mais de 1 mil pessoas participaram do evento. Eram dezenas de autoridades, do governador em exercício a deputados, senadores, lideranças políticas e empresariais. Presenças ilustres, de status e poder, que se renderam à emoção de centenas de jovens e crianças, estudantes e professores que estavam ali atrás de um sonho. O sonho de um mundo melhor, mais justo e solidário.

Uma busca que começa com o estímulo à educação, à formação, à inovação e ao empreendedorismo, um viés social que se tornou uma das principais orientações do Senar no estado.

O que o sistema identificou em 17 anos de Agrinho é que, antes de tudo, é preciso investir na formação do caráter, da personalidade e da cidadania. Até como de forma qualificar a educação e o processo de aprendizagem rural, atividade fim do Senar, que através seu quadro de instrutores esta presente em praticamente 100% dos municípios do Paraná com cursos que vão do artesanato à mecanização agrícola, oferecidos não ao homem, mas à família do produtor rural.

Outra visão interessante do projeto está no público e no ambiente em que atua. São alunos, professores e escolas são urbanas e rurais, públicas ou privadas, com a participação inclusive escolas especiais.

Uma espécie de inclusão social ao contrário. Se no poder público existe a preocupação de inserção daquele que teoricamente é menos favorecido - as cotas nas universidades são um bom exemplo , quando chama as escolas particulares a participar do programa, o Agrinho estabelece de forma natural a igualdade de condições. Estimula e privilegia a iniciativa, sem distinção.

Da temática ambiental, trabalhada inicialmente em decorrência da necessidade de se discutir e se conscientizar sobre a contaminação a partir dos agrotóxicos, a diversidade das abordagens do Agrinho levou para dentro das escolas questões de saúde, cidadania, trabalho e consumo.

De certa forma, o programa passou, então, a aplicar e praticar o princípio da subsidiaridade, de não transferir integralmente ao Estado a responsabilidade por aquilo que você mesmo pode fazer para mudar ou melhorar o mundo ou a sociedade.

Nesse caso, a partir daqueles que tem o maior potencial e legitimidade para promover essa mudança: crianças, jovens, escolas, estudantes e professores.


Gazeta do Povo Online - Curitiba/PR - COLUNISTAS - 12/11/2012 - 03:30:00

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Novas tecnologias no meio rural mudam perfil dos trabalhadores

Novas tecnologias no meio rural mudam perfil dos trabalhadores

Da Redação
o eSTADO DE sÃO pAULO

A demanda por técnicos aumenta no campo à medida que o setor se moderniza


"De dez anos para cá, a cadeia agropecuária tem se posicionado melhor em termos de rentabilidade devido aos crescentes investimentos em tecnologias", diz Daniel Carrara, secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), parte do Sistema S.

Segundo ele, o tratorista, por exemplo, não é preparado para operar as máquinas baseadas nos sistemas de georreferenciamento e computação embarcada. "O novo operador deve ter conhecimento de informática e de gestão", comenta.

A instituição vai certificar este ano 1 milhão de trabalhadores. O foco está nos cursos de formação inicial e continuada de curta duração, de 40 a 80 horas, para capacitar rapidamente um grande contingente de trabalhadores. É preciso recuperar o atraso.

O aperfeiçoamento dos profissionais se dá especialmente nas áreas de operação e manutenção de máquinas agrícolas, de ordenha higiênica do leite e de inseminação de animais na pecuária. Além disso, são oferecidos cursos de qualificação de 400 horas, mais abrangentes, sobre cadeias específicas como a pecuária de leite.

Este ano, o Senar abriu seu primeiro curso técnico de nível médio, com duração de 1.200 horas, em Araguacema, no Tocantins, para formar 50 técnicos em florestas. O projeto deve ser expandido nos próximos anos.

Todos os cursos oferecidos pelo Senar são gratuitos. A entidade, de direito privado e sem fins lucrativos, é mantida com contribuições compulsórias sobre a comercialização de produtos agropecuários. O funcionamento se dá por intermédio dos 2.150 sindicatos rurais espalhados por todo o País. Esses sindicatos captam as demandas dos municípios e montam nas propriedades rurais os cenários pedagógicos para as aulas teóricas e práticas.

De acordo com Daniel Carrara, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do governo federal criou este ano um adicional de 23 mil vagas para estudantes em cursos de formação inicial e continuada de 160 horas, em período subsequente ao ensino médio. "Essa iniciativa é importante para manter o jovem no meio rural. Muitas vezes, ele sai do ensino médio deixando de aproveitar as oportunidades de trabalho que existem no campo." Em 2013, a expectativa é que 50 mil jovens sejam capacitados dentro do Pronatec.

Atualmente, entre os trabalhadores mais requisitados pelo setor estão os operadores de máquinas agrícolas, especialistas na aplicação de adubos e defensivos e operadores em pecuária de leite. No entanto, existe demanda na maioria das 167 ocupações, desde técnicos especializados na produção de húmus até pilotos de aviões agrícolas.

"As remunerações têm aumentado em diversas categorias. Os profissionais que lidam com máquinas agrícolas são os mais valorizados. Por exemplo, os operadores de colhedoras de cana-de-açúcar chegam a receber de R$ 5 mil a R$ 6 mil", destaca o secretário executivo do Senar.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural

Notícia

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural
8/11/2012

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural

Nos próximos dias será autorizada a contratação da empresa que irá produzir imagens a ser usadas como base para o CAR, previsto no novo Código Florestal
A novidade foi apresentada ontem pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, após participar de evento da revista Exame na capital paulista sobre sustentabilidade.

"A partir da assinatura do contrato, as imagens devem ser entregues em 60 dias", informou a ministra. "Nós vamos fazer o termo de cooperação com os estados e vamos passar isso [as imagens] para eles. Quem tem seu sistema de cadastro estadual vai poder utilizar as imagens e quem não tem vai usar o sistema federal", explicou.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, o trabalho exigirá a integração de vários setores. "Nós vamos implantar o cadastro e iniciar um processo de mobilização que não é só do poder público, mas das entidades de classe", apontou. Ela informou que o prazo para elaboração do cadastro é de dois anos.

Izabella Teixeira disse que o ministério já está conversando com entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf). "Precisamos de um grande engajamento para construir o cadastro e saber, de fato, não só quais são as áreas de preservação permanente, de reserva legal, mas também a situação dos imóveis rurais no Brasil", destacou.

O novo código prevê a obrigatoriedade do Cadastro Ambiental Rural para todas as propriedades rurais. A finalidade, de acordo com o documento, é "integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento."

Durante o encontro em São Paulo, que abordou a situação da água no mundo e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos, a ministra do Meio Ambiente destacou também o papel central que as empresas devem ter para a efetivação de políticas de desenvolvimento sustentável.

"O homem de negócios hoje tem que lidar com incertezas do seu planejamento estratégico de médio e longo prazo. São incertezas não só sobre o ambiente de mercado ou linhas de financiamento, mas estão relacionadas também às próprias condições ambientais. Teremos oferta de recursos hídricos nas mesmas condições que nós temos hoje?", questionou.

Izabella Teixeira disse que os próprios consumidores devem exigir que as indústrias produzam de forma mais responsável. "[A produção com padrões sustentáveis] determina uma inserção no mercado em torno de um consumidor consciente, que está associado a um perfil de classe média, classe média alta, mas que, nos próximos dez anos, vai ser mainstream [padrão] de mercado", avalia.

A ministra acredita que uma das principais formas de permitir mudanças nos padrões de produção e consumo é pelo intermédio da gestão de recursos hídricos. "Se a gente quer falar tão diretamente sobre desenvolvimento sustentável, tem que tocar na questão da água, porque ela é estruturante para vários segmentos econômicos e para a qualidade de vida da sociedade", destaca.

Izabella Teixeira defende o aperfeiçoamento da Lei de Recursos Hídricos por meio de instrumentos legais ou normativos que interfiram, por exemplo, no tempo entre a outorga e o licenciamento ambiental dos espelhos dágua. "Eu tenho condições de dar outorga de bacia hidrográfica por inteiro e não mais por empreendimento. É só ter uma visão estratégica de planejamento e de uso do recurso de maneira integrada na bacia, mas a lei não está construída para me favorecer isso", explicou.

Camila Maciel/Agência Brasil

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A FAEP e os desafios do Código Florestal

Ágide e o Código

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CNA vai participar da regulamentação do novo Código Florestal

CNA vai participar da regulamentação do novo Código Florestal

Assessoria de Comunicação CNA

A CNA participará do processo de regulamentação do novo Código Florestal, assegurando, assim, que as posições dos produtores rurais possam ser ouvidas e consideradas pelo Executivo




A garantia foi dada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, à presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Elas reuniram-se nesta quarta-feira (24/10), no ministério, para discutir alguns pontos do texto sancionado pela presidente da República, Dilma Rousseff, na semana passada, para complementar o novo Código Florestal.

Para a presidente da CNA, a situação dos produtores, especialmente os pequenos e médios, que estão produzindo comida nas Áreas de Preservação Permanente (APPs), é um dos assuntos que precisam ser considerados nessa etapa de regulamentação da lei. Defendeu que o Executivo estabeleça um escalonamento de prazos para os produtores se adaptarem ao Código, especialmente do ponto de vista econômico, respeitando um cronograma para desocupação dessas áreas. “É importante que essa questão seja observada. A CNA tem uma grande preocupação com relação a esses produtores que plantam há anos nas margens de rios”, afirmou a senadora Kátia Abreu.

A questão da irrigação também é um ponto que precisa ser avaliado durante o processo de regulamentação da Lei 12.651 e do Decreto 7.830, ambos de 2012, especialmente no que se refere às exigências para a regulamentação da prática. “Esse ponto terá atenção especial porque se quisermos aumentar a produção e a produtividade sem derrubar nenhuma árvore, nós vamos precisar irrigar”, afirmou a presidente da CNA. De acordo com ela, o potencial para irrigação no Brasil é de 30 milhões de hectares, mas, atualmente, apenas 5 milhões de hectares são irrigados. A meta é dobrar a área irrigada em 10 anos, visando produzir mais para suprir a demanda dos mercados interno e externo.

Na reunião, a senadora Kátia Abreu manifestou preocupação com a possibilidade de a regulamentação do novo Código Florestal ficar, por exemplo, a cargo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e não da Presidência da República ou do Ministério do Meio Ambiente. “Nós temos o maior respeito pelo Conama e sabemos da importância desse conselho para o Brasil, mas quem pode regulamentar essas questões é o Executivo ou o Congresso Nacional em alguns casos”, afirmou. “Nós temos a garantia de que todas as regulamentações serão feitas pela Presidência da República ou pelo ministério”, completou.

Outro aspecto discutido foi o georreferenciamento. Para a CNA, os produtores poderiam ter dificuldades para aderir ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Programa de Regulamentação Ambiental (PRA) se o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) participar do processo de validação do georreferenciamento. “Isso seria um caos para o País e o texto não ficou bem normatizado nesse aspecto”, afirmou a senadora Kátia Abreu. Na reunião, a ministra Izabella Teixeira informou que a intenção não é complicar o processo. Esse assunto também foi tratado pela presidente da CNA ontem, em reunião com o Advogado-Geral da União, Luis Inácio Lucena Adams. Eles se comprometeram a apresentar uma proposta de adequação para a questão no prazo de uma semana.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

CODIGO FLORESTAL

logo


 



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Presidente da CNA destaca avanços do Novo Código Florestal, mas defende que o Congresso Nacional analise vetos do executivo

Presidente da CNA destaca avanços do Novo Código Florestal, mas defende que o Congresso Nacional analise vetos do executivo

Assessoria de Comunicação CNA

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse que, apesar dos vetos da presidente Dilma Rousseff a alguns itens da MP houve vários avanços na legislação ambiental durante as discussões no Congresso Nacional


A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse que, apesar dos vetos da presidente Dilma Rousseff a alguns itens da Medida Provisória (MP) que complementa o novo Código Florestal, houve vários avanços na legislação ambiental durante as discussões no Congresso Nacional. Um dos pontos positivos destacados por ela foi a segurança jurídica que os produtores rurais terão a partir de agora.

“O pior dos mundos é você não saber onde está e como está sua situação. Agora os produtores rurais saberão seus direitos e suas obrigações em relação à questão ambiental”, justificou a senadora. Outro fator importante, na sua avaliação, é que a nova lei pôs fim à hegemonia das ONGs (Organizações Não-Governamentais) sobre o Ministério do Meio Ambiente e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis). “Isso chegou ao fim e esses órgãos tornam-se republicanos novamente”, enfatizou.

Ao avaliar os vetos da presidente a alguns pontos da MP, publicados nesta quinta-feira (18/10) no Diário Oficial da União, ela afirmou que não discorda de todos. Um dos vetos defendidos por ela diz respeito ao plantio de árvores frutíferas na beira dos rios para a recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Pode trazer riscos para a água, porque sem a aplicação de defensivos na fruticultura, não há produtividade e competitividade”, explicou. Defendeu, no entanto, a reavaliação de outros itens barrados pela presidente. “A discussão ainda não acabou. Temos a possibilidade constitucional de avaliar esses vetos”, completou a senadora.

Disse que, democraticamente, os vetos são “uma prerrogativa da Presidência da República, mas esperamos que o Congresso Nacional também exerça sua obrigação de colocar os vetos à prova. Tenho certeza que o Congresso votará, de forma unânime, como votou nas outras oportunidades”, disse a presidente da CNA, negando que a decisão da presidente Dilma represente uma derrota aos parlamentares ligados ao setor agropecuário. “Se existe uma derrota, só se for derrota de Pirro, porque tivemos muitas conquistas ao longo deste processo. Se como produtora rural eu não estou 100% satisfeita, me considero 100% contemplada como cidadã”, enfatizou.

Segundo a senadora, um dos vetos que devem ser analisados pelo Legislativo é o que trata do fim da obrigatoriedade de averbação das áreas de reserva legal em cartório. Com esta decisão do Executivo, o registro da área averbada volta a ser condicionante para que o produtor obtenha financiamento junto aos bancos oficiais. “Temos todos os mecanismos tecnológicos para identificar onde há reserva legal, e a averbação trará uma enorme burocracia neste processo”, completou.

Vetos e decreto

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (18/10) publicou nove vetos da presidente da República, Dilma Rousseff, à Medida Provisória (MP) 571, que complementa o novo Código Florestal (Lei 12.651/12). Com a decisão, o Executivo resgatou a versão original da MP encaminhada ao Legislativo em maio, retirando do texto pontos incluídos durante as discussões no Congresso Nacional. Algumas das regras previstas, como as faixas de recomposição de mata ciliar na beira dos rios, foram retomadas por meio do Decreto 7.830, também publicado no DOU de hoje e que traz, ainda, as normas para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para o Programa de Regularização Ambiental (PRA). O Diário Oficial traz, ainda, a publicação da versão final da MP, transformada na Lei 12.727/12.

Um dos dispositivos da MP barrados pela presidente tratava da recuperação de 15 metros de mata ciliar nas propriedades rurais acima de quatro módulos até 15 módulos fiscais que tiverem rios de até 10 metros de largura. No entanto, com o veto, ficou definida, no decreto, para os cursos d’água com até 10 metros de largura, a metragem de 20 metros para os imóveis com mais de quatro módulos até 10 módulos fiscais. Nas propriedades com mais de 10 módulos, permanecem as regras já definidas na MP, transformada na Lei 12.727/12, que estipulam para médias e grandes propriedades faixas de 20 a 100 metros. Nas pequenas propriedades (até quatro módulos), as metragens também foram mantidas, de 5 a 15 metros.

Outro veto exclui a faixa de recomposição de cinco metros na beira dos rios intermitentes que tenham largura de até dois metros. Este item foi incluído no texto durante as discussões na Comissão Especial Mista, formada por deputados e senadores, para discutir o novo Código Florestal. O Executivo vetou, também, o trecho que previa que, nas propriedades com mais de quatro até 10 módulos fiscais, a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) não poderia ultrapassar o percentual de 25% da área total do imóvel. Os itens que tratavam do plantio de árvores frutíferas para recuperação da cobertura vegetal nas propriedades rurais e da regularização, em 20 dias, de produtores autuados por infrações ambientais a partir da adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) também foram vetados.

Também foi retirado do texto o dispositivo que previa que o cômputo das APPs no cálculo da reserva legal não poderia ultrapassar 50% do imóvel nas regiões localizadas fora das áreas de floresta na Amazônia Legal, onde a soma não poderá ser maior que 80%. Estes itens também haviam sido incluídos no texto durante os debates na Comissão Especial Mista no Congresso Nacional.

Publicado em: 18/10/2012