quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ÁREA COM TRANGÊNICOS NO PAIS DEVE CRESCER 25,8% NOS PR´XIMOS DEZ ANOS

Área com transgênicos no país deve crescer 25,8% nos próximos dez anos

O cultivo de transgênicos deve continuar ganhando espaço no Brasil. Essa é a conclusão de estudo da consultoria Céleres – antecipado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor […]

SojaO cultivo de transgênicos deve continuar ganhando espaço no Brasil. Essa é a conclusão de estudo da consultoria Céleres – antecipado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor – que indica que a área semeada com soja, milho e algodão geneticamente modificados deverá crescer 25,8% na próxima década, de 40,7 milhões na atual safra 2013/14 para 51,2 milhões de hectares em 2022/23. Esse avanço tende a ser mais acelerado que o aumento previsto para a área total (inclui convencional) coberta por esses grãos no país, estimado em 21,6%, de 46,3 milhões para 56,3 milhões de hectares.
Conforme Anderson Galvão, CEO da Céleres, a soja continuará na dianteira no intervalo analisado, entre as safras 2013/14 e 2022/23. “Hoje, 92% da área com a oleaginosa no país é transgênica, número que passará a 95% em dez anos”, projeta. A perspectiva é de aumento de 25% na área total destinada à soja no período, a 36,9 milhões de hectares.
Para o milho, a perspectiva da Céleres é de um avanço mais discreto no plantio total – cerca de 14%, para 17,5 milhões de hectares. Dessa área, 85% serão de transgênicos, ante 81% na atual safra 2013/14. “O crescimento do milho se dará mais pelo aumento de produtividade do que pela expansão de área. Em dez anos, a produção total avançará 26%, para 104 milhões de toneladas, dos quais 88,4 milhões serão transgênicos”, previu.
Já o cultivo de algodão geneticamente modificado deve passar de 624 mil hectares para 1,03 milhão de hectares, o equivalente a 62% do total cultivado com a fibra na próxima década. O número está bem à frente dos atuais 47%.
A principal praga do algodão no Brasil é o bicudo, contra o qual ainda não existe tecnologia transgênica, por isso a difusão é bem inferior à verificada em soja e milho, segundo Galvão. “Mesmo que não tenhamos essa ferramenta disponível nos próximos dez anos, o aumento de custos e a escassez de mão de obra estimularão o produtor a adotar a biotecnologia para o manejo de plantas daninhas, que ainda demanda muito trabalho braçal”, acredita ele.
Os benefícios econômicos com o plantio de transgênicos também tendem a crescer, afirma a Céleres, que tem entre seus clientes empresas do segmento de biotecnologia. Serão US$ 90,8 bilhões no acumulado da próxima década, substancialmente acima dos US$ 24,8 bilhões obtidos desde a temporada 1996/97, que marcou o início desse cultivo no país (a princípio, ilegal, com sementes de soja contrabandeadas da Argentina), até 2012/13.
A elevação de produtividade, grande responsável por esses ganhos econômicos, deve aumentar sua participação no montante na próxima década, de 52% para 56%, a US$ 50,85 bilhões. A redução nos custos de produção, por sua vez, tende a exercer papel menos importante, contribuindo com 21% (US$ 19,06 bilhões), e não mais 28% do total. Os 23% restantes, ou US$ 20,88 bilhões, seriam os ganhos da indústria (com royalties, por exemplo).
Para Galvão, diferentemente da redução de custos, que gera benefícios diretos ao produtor, o aumento de produtividade proporciona benefícios aos demais elos do setor. “O agricultor tem uma colheita maior, mas essa produção a mais é escoada ao longo da cadeia de valor, para a ração, a carne e o leite. Assim, indiretamente, o consumidor final também acaba favorecido”, argumenta.
Ainda de acordo com o CEO da Céleres, a soja deve ser a principal responsável pelos benefícios econômicos com o plantio de transgênicos na próxima década. A projeção é que a soja responda por 56% dos US$ 90,8 bilhões previstos, e o milho, por 38%. “A importância da soja aumenta por ter a maior área entre as culturas e pela entrada de tecnologias com eventos combinados, como resistência a insetos e tolerância a herbicidas”, disse.
Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CAR: SEM O SINAL VERDE DE BRASILIA

CAR: Sem o sinal verde de Brasília

Governo não publicou decreto de regulamentação

Embora previsto para o final de dezembro, o governo federal não publicou o decreto e as respectivas instruções normativas regulamentando o Cadastro Ambiental Rural  -  o CAR. “Apenas depois dessa publicação no Diário Oficial da União passará a se contar a data de um ano, com prorrogação de mais um ano, para os produtores fazerem o cadastro”, explica a engenheira agrônoma Carla Beck, do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP. Alguns artigos publicados nos grandes jornais equivocadamente forneceram informações como se o CAR já estivesse em vigor desde o início de janeiro.
A FAEP alerta ainda que os produtores não devem correr para fazer o Cadastro, mas aguardar possíveis modificações na legislação ambiental  estadual necessárias em razão do novo Código Florestal.
Diante desse cenário, a FAEP não iniciou a capacitação dos sindicatos para atendimento dos produtores e estes devem aguardar a regulamentação, mas já organizar sua documentação. No entanto, A FAEP já realizou duas capacitações como Plano Piloto com alguns sindicatos, disponibilizou no site o acesso ao CAR e a cartilha e desenvolveu em parceria IAP um folder explicativo sobre o CAR.
Como o Boletim Informativo da FAEP vem publicando, mas sempre é bom alertar, o CAR é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. “É como uma carteira de identidade ambiental das propriedades rurais, composto por um mapa da propriedade, construído a partir de imagens de satélite e de dados sobre a situação da vegetação”, exemplifica Carla.
No CAR o produtor vai indicar o tamanho da propriedade, a porcentagem de Área de Reserva Legal (RL), das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as áreas consolidadas.  É um ato declaratório do produtor rural sobre a situação ambiental do seu imóvel rural ou posse. Todos os produtores são obrigados a fazer o cadastro que será analisado e aprovado pelo órgão ambiental do  Estado. É bom relembrar ainda que o CAR pré-requisito para ingresso nos processos de regularização ambiental e dele dependerá, em 2017, o acesso ao crédito rural. E não é documento de comprovação fundiária, é uma declaração sobre a situação ambiental de uma área, cuja responsabilidade de manutenção é daquele que declarou. Portanto, não gera direitos sobre a forma de uso do solo.
 
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

INVESTIMENTO EM FLORESTA SE TORNA MAIS ATRAENTE QUE O OURO

Investimento em floresta se torna mais atraente que o ouro

Da Redação

O ouro é tradicionalmente considerado o investimento de melhor retorno e a poupança, de menor risco



O ouro é tradicionalmente considerado o investimento de melhor retorno e a poupança, de menor risco. No entanto, levando-se em conta os dois fatores ao mesmo tempo, o cultivo de florestas sai na frente, de acordo com estudo desenvolvido pela Consufor.

A empresa analisou seis diferentes alternativas de investimento num intervalo de cinco anos (2008-2012): ouro, dólar, título público, ações (IBovespa), poupança e floresta. De acordo com os dados, em relação ao risco, a floresta fica em segundo lugar, perdendo para a caderneta de poupança, e é também o investimento com segundo maior retorno, atrás do ouro.

Porém, ouro é sexto mais seguro e a poupança é o quarto mais rentável. Para definir o possível retorno de florestas, a consultoria considerou custos da silvicultura, remuneração da terra, preços e produtividade, observando florestas de eucalipto em Minas Gerais.

3 produtos disputam a liderança entre as opções de investimento. Ouro perde para as florestas quando a questão é a segurança. Poupança fica atrás da silvicultura em rentabilidade, conforme pesquisa que abrange cinco anos.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

VENDAS ANTECIPADAS DE SOJA RETORNAM À MÉDIA HIOSTÓRICA

Vendas antecipadas de soja retornam à média histórica

Depois de um ano atípico, em que os sobressaltos climáticos e a tensão com a oferta ao redor do mundo provocaram uma disparada jamais vista nas vendas antecipadas de soja […]

Soja 1Depois de um ano atípico, em que os sobressaltos climáticos e a tensão com a oferta ao redor do mundo provocaram uma disparada jamais vista nas vendas antecipadas de soja no Brasil, 2014 deve ser marcado pela volta do ritmo de comercialização às médias históricas. Cálculos da consultoria Céleres apontam que 42% da safra 2013/14 da oleaginosa – cuja colheita começou há poucos dias – foi negociada até meados de janeiro no país, bem abaixo dos 57% do mesmo período de 2013, mas muito próximo dos 40% da média dos últimos cinco anos.
A baixa nos preços da soja na bolsa de Chicago (em 2012/13, a commodity bateu recorde a US$ 17 por bushel, mas agora recuou para perto de US$ 13 por bushel) e a capitalização dos produtores aumentaram a cautela com as vendas. “Os agricultores vêm de anos seguidos com boa rentabilidade, por isso têm fôlego para segurar a soja”, explicou Anderson Galvão, CEO da Céleres.
Em Mato Grosso, maior produtor nacional do grão, a comercialização está 14 pontos percentuais aquém do ano passado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Cerca de 55% da safra já foi negociada (o equivalente a 14 milhões de toneladas), mesmo patamar da média dos últimos cinco anos. Até o momento, as vendas foram efetivadas à cotação média de R$ 45,47 por saca, 5,8% abaixo da média de R$ 48,26 do mesmo período da safra passada, a 2012/13 – que chegou a registrar negócios por até R$ 63 por saca.
Há alguns dias, os preços até reagiram e se aproximaram de R$ 50 por saca na região de Sorriso, um dos principais polos produtores de Mato Grosso. Na avaliação de Daniel Latorraca, gestor do Imea, essa alta poderia estimular as vendas, mas o que se vê é um mercado bastante parado. “O fato é que os produtores estão focados na colheita, inclusive para plantar com tranquilidade o milho safrinha, que vem na sequência”, explicou.
Os traders, por sua vez, também estão realizando os contratos já travados, por isso os negócios não avançam. A colheita de soja alcança 4% da área cultivada no Estado, enquanto o plantio de milho safrinha não chega a 1%.
Assim como em Mato Grosso, na Bahia as vendas futuras já comprometeram mais da metade da colheita, estimada em 4,4 milhões de toneladas. Em torno de 55% da produção baiana já foi negociada, atraso de 10 pontos percentuais ante 2012/13, de acordo com Ernani Sabai, diretor de projetos, integração e pesquisa da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Os valores oscilam entre R$ 55 e R$ 59 por saca.
Já no Paraná, somente 23% da safra já foi comercializada antecipadamente, aquém dos 35% do mesmo período do ano passado e também dos 28% da média dos últimos anos. Conforme Juliana Yagushi, analista do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, os agricultores comercializaram o suficiente para cobrir os custos. “Eles acreditam que os estoques internacionais baixos e a demanda firme, em especial da China, devem favorecer as cotações no segundo semestre. Assim, preferem esperar para realizar novas vendas”, disse.
No caso da Cocamar, cooperativa agrícola com sede em Maringá (PR), embora as negociações estejam menos intensas, os preços estão mais atraentes. Os 15% da produção vendidos até agora (cerca de 129 mil toneladas) saíram a uma média de R$ 59 por saca, acima dos R$ 52 do mesmo período do ano passado, quando 20% da safra 2012/13 já havia sido contratada.
Na avaliação de Antônio Sérgio Bris, gerente comercial de grãos da Cocamar, o câmbio tem feito a diferença: um ano atrás, o dólar estava cotado a cerca de R$ 2,00, e agora, tem oscilado entre R$ 2,35 e R$ 2,40. “Teve gente que até vendeu soja para pagar as despesas com a última safra de inverno de milho”, contou. Com a valorização da moeda americana, os produtores se animam em fechar negócios porque recebem o mesmo em real, com menos produto entregue.
No Rio Grande do Sul, as vendas de soja estão praticamente no mesmo ritmo do Paraná, com 25% da produção (ou 3,37 milhões de toneladas) já comprometida, 10 pontos percentuais abaixo do mesmo período do ciclo passado, nos cálculos da consultoria Safras & Mercado. Em Mato Grosso do Sul, a comercialização chega a 35% do volume previsto para a safra, atraso também de 10 pontos ante 2012/13, conforme a Aprosoja/MS, associação que representa os produtores locais. O preço médio para entrega futura no Estado está em R$ 52 por saca.
“Nesse momento, os produtores também preferem aguardar a colheita para ter certeza da produtividade e da qualidade dos grãos”, diz Alexandre Bueno Magalhães, da corretora Grãos de Ouro, de São Gabriel do Oeste (MS).
O motivo, acrescenta, é a pressão exercida por esmagadores e produtores de ração, que querem garantia de entrega da matéria-prima para fechar contratos de fornecimento. As fábricas gaúchas, por exemplo, querem receber soja até 31 de janeiro. “Então, em nossa região, temos que ter colhido até 25 de janeiro para garantir a entrega. Como as chuvas atrapalham os trabalhos, agora só fecho com quem tem grão nos silos”, conta.
Fonte: Valor Econômico – 27/01/2014
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CHINA DEVE BARRAR GRÃO AMAERICANO ATÉ FIM DE MARÇO

China deve barrar grão americano até fim de março

A China deve continuar rejeitando os carregamentos de milho transgênicos com semente geneticamente modificada não aprovada no país ao menos até o final de março, ignorando a pressão de Washington […]

milho_graoA China deve continuar rejeitando os carregamentos de milho transgênicos com semente geneticamente modificada não aprovada no país ao menos até o final de março, ignorando a pressão de Washington para que aprovem rapidamente a variedade desenvolvida pela Syngenta.
Sob o regulamento chinês, a primeira aprovação da semente geneticamente modificada MIR 162 poderia ocorrer no final de março, quando o comitê de biossegurança do Ministério da Agricultura realiza a sua reunião anual. Se não houver decisão, a próxima revisão seria em junho.
No entanto, as autoridades poderão continuar a travar as importações até o fim de abril, quando o período de estocagem anual terminar, disseram operadores.
A China, terceiro maior comprador de milho dos EUA, rejeitou 600 mil toneladas de milho até o final do ano passado, ou cerca de um quinto do total de suas importações em 2013, depois de detectar a presença do MIR 162.
Autoridades norte-americanas pedem para a China aprovar logo a variedade, conhecida como Agrisure Viptera.
Pequim começou a rejeitar os embarques no ano passado, apesar de o MIR 162 já estar misturado a outras variedades desde que a China começou a importar milho dos EUA em 2011.
Questionado sobre futuras rejeições ao milho dos EUA, o departamento de quarentena da China disse em um fax que os controles estritos significam que a rejeição poderá superar os volumes já afetados. Mas não especificou um número.
O governo chinês aprovou 15 variedades de milho geneticamente modificado para importações, mas o MIR 162 está aguardando aprovação

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

FAEP quer respeito ao calendário agrícola na liberação do seguro rural

Governo publica ajustes no Plano Trienal e repensa obrigatoriedade do seguro rural
 
agricultura_Linda_GCom o objetivo de estabelecer diretrizes da política do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, a resolução n° 27, de 22 de janeiro de 2014, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi publicada no Diário Oficial da União dessa quinta-feira (23) ajustes no Plano Trienal do Seguro Rural (PTSR). O programa custeia parte do valor do prêmio para aquisição de seguro rural pelos produtores rurais juntos às companhias de seguro.
Os valores escalonados da subvenção federal estão estimados em R$ 630 milhões para 2013, R$ 700 milhões para 2014 e R$ 800 milhões em 2015.
Para a FAEP, os valores estimados para 2014 e 2015 são insuficientes para atender a demanda por seguro rural. Vale lembrar que desde 1º de novembro de 2012 passou a ser obrigatório o enquadramento no Proagro ou em modalidade de seguro rural para as operações de custeio agrícola contratadas no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp). A medida foi publicada na Resolução nº 4.121/2012 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
E a partir de 1º de julho de 2014, a obrigatoriedade será ampliada e aplicada a todas as operações de custeio agrícola lastreadas em recursos controlados e compreendidas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, dentro das regras determinadas na Resolução nº 4.235/2013 do CMN. No entanto, reportagem publicada no jornal Valor Econômico dessa sexta (24), informa que o governo está repensado essa medida.
A FAEP tem solicitado ao governo federal a previsibilidade e estabilidade do programa de seguro agrícola, por meio do estabelecimento de política de longo prazo com a garantia de aplicação dos recursos estimados no Plano Trienal e de um cronograma de liberação de recursos considerando o calendário agrícola. Outro problema do Programa é o atraso nos pagamentos, devido a contingência de recursos no orçamento da União, gerando incertezas para produtores e seguradoras.
Pedro Loyola, coordenador do Departamento Técnico e Econômico da FAEP, explica que “o seguro com subvenção precisa ser ofertada quando o produtor está fazendo o financiamento de pré-custeio nos bancos e comprando os insumos, mas isso dificilmente ocorre”. Loyola afirma que os produtores começaram a contratar o pré-custeio de milho safrinha em outubro de 2013, mas ainda em novembro o Ministério da Agricultura não tinha autorizado a utilização de recursos do orçamento de 2013 para a contratação de operações de culturas da safra de inverno 2014. “O programa não consegue liberar os recursos conforme o calendário agrícola e isso é um entrave ao desenvolvimento do mercado de seguro rural”, finalizou.
Em 2013 a falta de planejamento e os atrasos se repetiram, sendo que a maior parte dos recursos foi empenhada ao apagar das luzes do ano, em meados de dezembro. Até 27 de novembro de 2013, o Ministério da Agricultura, através do Departamento de Gestão de Risco Rural, informou que apenas 34.803 apólices tinham sido contratadas. Em matéria veiculada no Jornal Valor Econômico nessa sexta-feira (24), o diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Vicente de Paulo Diniz, informa que a quantidade de apólices subiu de 63 mil em 2012 para 98 mil em 2013 e podem ultrapassar 100 mil, dados provisórios que serão fechados em 31 de janeiro. Ou seja, em apenas dois meses, entre 27 de novembro e 31 de janeiro o Ministério conseguiu aprovar a liberação de mais de 63 mil apólices, sendo que nos outros 11 meses de 2013 esse número foi de apenas 34.803 apólices, denotando um trabalho de afogadilho com o seguro em dezembro.
A FAEP tem demonstrado preocupação com a falta de transparência nos dados do seguro. A entidade tem cobrado que o governo crie, assim como faz com o crédito rural, um sistema no âmbito do Programa de seguro rural com informações dos valores programados e liberados mensalmente para subvenção ao prêmio. A falta de indicadores mensais dificulta a avaliação do desenvolvimento da política pública para o seguro rural.
Outra questão demandada ao governo é a criação de um sistema de acesso ao Programa de Seguro Rural – PSR em que o produtor possa escolher a seguradora. Atualmente o MAPA estabelece cotas para cada seguradora e isso cria uma reserva de mercado indesejável. Essas sugestões de melhorias no seguro rural farão parte do documento de propostas ao Plano Agrícola e Pecuário, que será enviado em fevereiro pela FAEP, Ocepar e SEAB.
 
Plano Trienal do Seguro Rural
Percentual de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural
Para todas as modalidades de seguro rural, independente da cultura/atividade subvencionável e da região produtora, o percentual de subvenção ao prêmio do seguro rural será de 40%.
Microrregiões Prioritárias
Para as culturas de soja, milho, arroz, feijão, algodão, tomate, caqui, ameixa, maçã, pêssego e uva, o percentual de subvenção será de 60% para aquelas microrregiões onde essas culturas possuem substancial importância econômica, ao mesmo tempo em que estão sujeitas a maior vulnerabilidade climática, conforme parâmetros extraídos do zoneamento agrícola de risco climático. A lista com os municípios/regiões prioritárias encontram-se no site do MAPA na internet, podendo ser acessado clicando aqui
Culturas de Inverno
Para as culturas de milho 2ª safra, aveia, canola, cevada, centeio, girassol e triticale, o percentual de subvenção será de 60% do prêmio, independente da região produtora, enquanto que para a cultura de trigo, o percentual será de 70%, também para qualquer região produtora.
Florestas Plantadas
Como forma de incentivar a Política Brasileira de Florestas Plantadas, de iniciativa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o percentual de subvenção para a modalidade de florestas será de 60%, independente da região produtora.
Produtores Enquadrados no PRONAMP
Independente da cultura/atividade e da região produtora, o percentual de subvenção será de 60% para aqueles produtores rurais enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP.
Produtores de Orgânicos
Independente da cultura/atividade e da região produtora, o percentual de subvenção será de 60% para os produtores de orgânicos.
 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Clima bom está colaborando para o preenchimento dos grãos de soja -

 

Clima bom está colaborando para o preenchimento dos grãos de soja

Fonte: Gazeta do Povo 22/01/14
 
Com 94% das lavouras em boas condições, PR espera safra recorde

soja_3GAs condições climáticas ideias para agricultura em todo o Paraná estão contribuindo para boa formação dos grãos de soja. De acordo com relatório divulgado na última terça-feira (21) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), 94% das lavouras estão em condições boas e apenas 6% regulares.
“Se continuar caminhando assim, a safra deve ser boa”, afirmou o economista do Deral Marcelo Garrido.
Ainda de acordo com o documento da entidade, 16% das lavouras no estado estão no estado de maturação, 54% seguem em frutificação, 25% em floração e apenas 5% em desenvolvimento vegetativo.
Desta forma, a safra2013/14 no Paraná, segundo principal produtor de oleaginosa, atrás do Mato Grosso, será recorde. Segundo estimativa da Seab, a colheita de verão deve render 16,46 milhões de toneladas, crescimento de 4% em relação à temporada anterior. O Deral planeja divulgar uma nova projeção de safra no dia 30 de janeiro, mas provavelmente sem alterações importantes nos números.
A previsão da safra de soja da Expedição Safra Gazeta do Povo é um pouco mais otimista do que a do Deral. A estimativa da equipe técnico-jornalística é de que os campos paranaenses rendam 16,97 milhões de toneladas de soja, 5,1% maior em comparação a safra 2012/13.
O relatório do Deral aponta que 1% da área de soja no estado já começou a ser colhida. Na próxima semana, uma equipe do projeto começa a percorrer o Paraná para acompanhar de perto a produtividade de cada região. Em seguida, a Expedição Safra segue para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Fonte: Gazeta do Povo 22/01/14
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Plano Safra 2014/15 será divulgado em abril - Fonte: Valor Online 20/01/2014

20/01/2014 10h09 - Postado em Agronegócios, Notícias

Plano Safra 2014/15 será divulgado em abril

Governo planeja antecipar a divulgação do Plano Safra 2014/15, que costuma a ocorrer no mês de junho, para evitar que o evento coincida com a Copa do Mundo

SojaO anúncio do Plano Safra 2014/15 deve ser feito em abril neste ano. O governo planeja antecipar a divulgação, que costuma a ocorrer no mês de junho, para evitar que o evento coincida com a Copa do Mundo, como informou o Valor Pro, serviço em tempo real do Valor.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirma que as conversas com o setor produtivo sobre a próxima safra de grãos já começaram. “Já começamos a procurar o setor desde o início de janeiro, ao contrário de outros anos, quando consultamos o setor a partir de fevereiro”, diz.
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/15 também deve ser divulgado em abril. A novidade no caso do plano para financiamento de pequenos agricultores é a criação de planos específicos para as regiões Norte e Nordeste do país.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) quer dar atenção especial a essas regiões, que podem ter acesso aos recursos do plano, mas que não têm linhas de crédito específicas para sua produção. “Essas regiões possuem produções específicas que diferem do resto do Brasil como extrativismo e culturas alternativas. É preciso que se crie mecanismos diferenciados para fortalecê-las”, afirma uma fonte do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Até o momento, o governo não tem estimativa do volume de recursos que deve ser disponibilizado aos produtores no próximo Plano de Safra, cujo objetivo é financiar o investimento, o custeio e a comercialização da produção. Fontes ouvidas pelo Valor afirmam apenas que “o recurso será maior que o do plano atual”.
Para a agricultura empresarial e familiar foram destinados R$ 158 bilhões na atual safra, a 2013/14. O desembolso total de crédito atingiu R$ 83,4 bilhões de julho de 2013 (início da atual safra) a novembro passado, alta de 51,2% frente ao mesmo período da temporada anterior, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura.
Os financiamentos destinados à agricultura empresarial somaram quase R$ 73 bilhões de julho a novembro do ano passado, um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período da temporada 2012/13.
Já os financiamentos para a agricultura familiar somaram cerca de R$ 10,4 bilhões na safra 2013/14 (iniciada em julho) até novembro de 2013, alta de 31,9% em relação ao mesmo período do ciclo anterior.
Diferentemente do que vem pedindo o setor produtivo, o governo decidiu que o Plano Safra continuará tendo vigência de 12 meses e não 18 meses. Durante a confecção do Plano Safra 2013/14, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sugeriu expandir a duração do plano para um período de 18 meses. O governo havia dado a indicação de que a mudança viria em 2014, mas segundo fontes ouvidas pelo Valor, a ideia foi descartada.
Fonte: Valor Online 20/01/2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

FAEP e SENAR-PR vão levar 8 mil produtores ao Show Rural

20/01/2014 10h34

FAEP e SENAR-PR vão levar 8 mil produtores ao Show Rural

FAEP e SENAR-PR estão mobilizando mais de oito mil produtores do Estado para participar do Show Rural Coopavel, considerada o maior evento agropecuário do Brasil

estande1Atentos à necessidade de constante aperfeiçoamento do setor rural, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR) estão mobilizando mais de oito mil produtores do Estado para participar do Show Rural Coopavel, considerada o maior evento agropecuário do Brasil, que ocorre entre 03 e 07 de fevereiro na região de Cascavel.
Este ano, mais de 162 caravanas vindas de todas as regiões do Paraná irão participar do evento. Na ocasião, será possível conhecer aquilo que há de mais moderno no setor agropecuário, como máquinas, processos e equipamentos de última geração, que irão levar mais produtividade e segurança às propriedades de pequeno, médio e grande porte.
“A federação está dando uma oportunidade para que estes produtores venham conhecer a maior vitrine tecnológica do setor rural da América Latina. Tudo o que há de mais novo e mais moderno estará lá”, afirma o presidente da FAEP, Ágide Meneguette.
Para receber os visitante, o Sistema FAEP/SENAR preparou um estande com 250 m2, onde, além de servir de ponto de encontro para as caravanas, será possível obter orientações sobre o show rural, como mapas e informações. Também será um local para descanso, que contará com três totens com acesso à internet para os participantes, água gelada e café.
Em 2013, passaram pelo evento mais de 202 mil pessoas. A expectativa é que o estande do Sistema FAEP/SENAR seja visitado por pelo menos mais 12 mil pessoas ao longo de cinco dias do show. A organização do estande é uma parceria entre o Sistema FAEP/Senar e o Sindicato Rural de Cascavel.
Além das informações sobre as novidades tecnológicas, no estande do Sistema FAEP/SENAR será possível saber mais sobre os cursos oferecidos pelo SENAR-PR e as políticas e ações encampadas pela FAEP em defesa dos produtores rurais do Paraná.
Fonte: Sistema FAEP  20/01/2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Café permanece como sexto item das exportações do agronegócio

O café brasileiro participou de janeiro a dezembro de 2013 com 5,3% da balança do agronegócio brasileiro, ficando no sexto item da pauta das exportações.

O café brasileiro participou de janeiro a dezembro de 2013 com 5,3% da balança do agronegócio brasileiro, ficando no sexto item da pauta das exportações atrás do complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais, farinha e preparações. As exportações de café somaram, neste período, US$ 5,2 bilhões referentes a 32 milhões de sacas de café.
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Os números estão consolidados no Informe Estatístico do Café, atualizado mensalmente pela Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Maior produtor e exportador de café do mundo, o produto nacional participou com 33,6% do mercado internacional. Permanecem como principais compradores de café verde, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália.
De acordo com o informativo mensal, o consumo no mercado interno foi de 21 milhões de sacas de café. A produção nacional, de acordo com o levantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi de 49,2 milhões de sacas de café beneficiado, em uma área de 2 milhões de hectares.
Fonte: MAPA
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Governo federal facilita a importação de defensivo contra Helicoverpa

Governo federal facilita a importação de defensivo contra Helicoverpa

O produto liberado pelo Ministério da Agricultura é Benzoato de emamectina usado para controlar ataques da lagarta.

Diante do agravamento dos ataques da lagarta Helicoverpa armigera às lavouras de soja, milho, algodão, feijão e tomate, o governo federal atendeu a uma solicitação de representantes do setor produtivo e adotou medidas para agilizar a importação e o uso de benzoato de emamectina.
Governo federal facilita importação de defensivo agrícola contra a helicoverpa
Foi publicada na edição desta quinta-feira do “Diário Oficial da União” a Portaria 31, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com alterações de artigos da Portaria nº 1.109, de 09 de novembro de 2013, que trata da autorização para importação do benzoato de emamectina. As modificações buscam tornar mais rápido o processo de importação e utilização do inseticida, usado no controle da lagarta.
A primeira medida permite que os Estados realizem uma estimativa da área ocupada pelas culturas atacadas pela lagarta Helicoverpa, no período de validade da emergência fitossanitária, com o objetivo de quantificar o volume a ser importado do benzoato de emamectina.
Com base nos dados, será possível calcular a necessidade do produto.  Na avaliação da CNA, esta é uma forma de agilizar a importação, pois, até agora, o volume necessário era quantificado a partir de informações de cada propriedade afetada, procedimento que atrasava o processo de importação.
Outro destaque foi a retirada da restrição de prazo da emissão da licença de importação, que deveria ser posterior à publicação de Portaria nº 1.109, de 09 de novembro de 2013.  Agora, na prática, os produtores e as empresas importadoras podem utilizar as licenças efetuadas em período que antecedeu a edição da portaria de novembro, assim como usar os lotes do produto que já tinham sido importados em uma oportunidade anterior.
A Helicoverpa armigera é uma praga que tem se alastrado por todas as regiões agrícolas do Brasil. Seu controle tem elevado os custos de produção, fator que, somado às perdas de produção, tem comprometido a renda do produtor. Na safra passada, 2012/2013, os prejuízos somaram R$ 10 bilhões. Para este ano, as estimativas iniciais da CNA são de perdas ainda mais expressivas, de cerca de R$ 18 bilhões.
Fonte: Diário Oficial da União 16/01/2014
 
 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Agronegócio salva balança comercial do Brasil com saldo recorde de US$ 82,9 bilhões

Agronegócio salva balança comercial do Brasil com saldo recorde de US$ 82,9 bilhões

Assessoria de Comunicação CNA

De acordo com a CNA, complexo soja é o segundo item mais importante na pauta de exportações




Depois de assegurar as condições para que o Brasil alcançasse sucessivos recordes em sua balança comercial nos últimos anos, a agropecuária confirmou sua importância para o desempenho das exportações e da economia do país em 2013, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O crescimento de 4,3% das exportações do agronegócio, que totalizaram US$ 99,97 bilhões no ano, é quase duas vezes maior que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) estimada pelo governo para 2013.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2013, a participação do setor na balança total atingiu percentual de 41,3%, contra 39,5% em 2012.

O saldo da balança do agronegócio fechou o ano em US$ 82,9 bilhões, o que representa um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. Sem o bom desempenho do setor agropecuário, resultado das exportações totais do Brasil teria sido ainda pior que a redução de 1% registrada em 2013.

Da lista de 10 produtos recordistas de vendas externas, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), seis são agropecuários: soja em grão, farelo de soja, carne bovina, milho, celulose e couro. Além disso, os quatro primeiros lideram esse ranking.

No ano passado, os embarques do complexo soja ultrapassaram o faturamento obtido com as vendas externas de petróleo e derivados. As vendas de soja em grão, óleo e farelo somaram US$ 30,96 bilhões em 2013, enquanto os embarques de petróleo e derivado renderam US$ 22,37 bilhões.

O complexo soja quase alcançou os valores faturados pelo minério de ferro, principal item da pauta exportadora do país. Enquanto o primeiro respondeu por 12,8% das vendas externas, o outro representou 13,4% dos embarques.

Para 2014, a expectativa é de manutenção de taxas expressivas de crescimento das exportações de soja, reflexo da previsão de colheita de mais uma safra recorde no Brasil. O embarque de grandes quantidades do grão vai compensar eventuais recuos dos preços internacionais da commodity.

Publicado em: 14/01/2014