terça-feira, 26 de março de 2013

Brasil mantém liderança mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos

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Brasil mantém liderança mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos
26/3/2013

Brasil mantém liderança mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos



O Brasil também continua sendo líder na destinação de embalagens vazias de produtos agrotóxicos. Atualmente, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade responsável pela destinação final do material, recolhe 94% do total descartado. Nos últimos 13 anos foram mais de 246 mil toneladas de embalagens recicladas. Somente em 2012, foram encaminhadas 37.379 toneladas. A quantidade representa um crescimento de 9% quando comparada a 2011. A expectativa para 2013 é destinar 40 mil toneladas de embalagens vazias.

Considerado o celeiro do país pelo grande volume de produção de grãos, o estado de Mato Grosso mantém-se também na liderança em relação ao recolhimento de embalagens de agrotóxicos utilizadas nessas culturas. Nos dois primeiros meses deste ano, os produtores, fabricantes de fertilizantes e comerciantes conseguiram garantir que 1,5 mil embalagens usadas no campo fossem devolvidas e ambientalmente tratadas.

Essa cadeia, conhecida como gestão pós-consumo, ou logística reversa, tornou-se uma obrigação para o setor em 2002. Desde que os segmentos envolvidos na cadeia conseguiram organizar um sistema para recolhimento e tratamento dessas embalagens, Mato Grosso vem apresentando os melhores resultados. Em janeiro e fevereiro do ano passado, o recolhimento já ultrapassava 1,3 mil volumes.

Atualmente, o estado é responsável por 11% de todo o material recolhido no país nesse mesmo período (quase 6 mil toneladas de embalagens). Os produtores, fabricantes e comerciantes de Mato Grosso registram volumes duas vezes maiores do que os levantados em Goiás, por exemplo - segundo estado nesse ranking, com 702 embalagens em janeiro e fevereiro deste ano.

Mesmo com esse destaque, os fabricantes de embalagens que organizam as estatísticas preferem trabalhar com número em blocos. Segundo levantamento do inpEV, que representa o segmento, no topo da lista, ao lado de Mato Grosso, estão os resultados de Goiás e do Paraná (691 embalagens). A cadeia de pós-consumo nessas três regiões respondem por 49% do total de embalagens destinadas de forma ambientalmente adequada.

A gestão pós-consumo em todo o território brasileiro, nos dois primeiros meses deste ano, totalizou 5.968 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, ou seja, 6% a mais do que o volume recolhido e tratado adequadamente no mesmo período de 2012.

O aumento da produção agrícola no país é apontado como um dos motivos para o crescimento do volume de embalagens contabilizadas pelo sistema de logística reversa. Representantes do inpEV garantem que esse volume crescente também mostra que o atendimento à legislação nacional tem acompanhado o incremento da atividade agrícola. Os números do instituto apontam que 94% de tudo o que é colocado no mercado brasileiro é encaminhado para a destinação adequada.

A logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas realizada pelo Sistema Campo Limpo, que envolve a responsabilidade de todo o setor, foi destacada, há poucos dias, em uma publicação do Ministério da Agricultura, que reúne exemplos de gestão sustentável no campo. Nos últimos dez anos, mais de 237 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos utilizadas nas propriedades rurais brasileiras voltaram para os fabricantes que reutilizaram ou eliminaram o material, seguindo padrões ambientais definidos em lei.

Fonte: Globo Rural - 26/03/2013

PAP 2013/2014

 PAP 2013/201426/3/2013

PAP 2013/2014

Os principais pontos das propostas dos produtores do PR
Ao deixar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná no final da manhã desta terça feira n(26/3), o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, levava as dezenas de propostas de entidades e produtores rurais paranaenses ao PAP 2013/14.

Três, entre elas, causam preocupações maiores aos produtores, como explanou Ágide Meneguette, presidente da FAEP, na reunião realizada na SEAB. Num momento em que caminhões e porões de navios estão transformados em armazéns de soja e milho, afirmou Meneguette, "temos que elevar o financiamento para 18 ou 20 anos na questão de armazenagem, inclusive na propriedade".

Sobre o crédito, ele recordou que na abertura do Show Rural, em fevereiro, em Cascavel, a presidente Dilma Rousseff garantiu publicamente que não faltarão recursos para o plantio neste ano. "É o que esperamos", disse Meneguette. Ele também defendeu a liberação de recursos para erradicar a brucelose no Estado: "Nós precisamos olhar com carinho para essa questão e apresentar propostas à presidenta para ela possa fazer alguma coisa" e incentivos ao uso de tecnologia no campo, como a Agricultura de Precisão (AP).

O presidente da FAEP destacou ainda a necessidade da ampliação do seguro rural. "Se não fosse o prêmio de equalização do seguro, tenho certeza que muitos produtores estariam endividados e algumas cooperativas de crédito também teriam dificuldades. A presidenta disse no ano passado que não faltariam recursos para a equalização do seguro e espero que sejam realmente liberados. Todo esse trabalho das instituições reflete as necessidades do nosso produtor rural".

A exemplo do que ocorreu em anos passados, a presença do secretário Geller em Curitiba demonstra a importância do documento preparado no Paraná e seu alcance no texto final do PAP 2013/14 a ser anunciado em maio próximo.

Foram meses de exaustivo trabalho consolidando o documento coordenado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Seab e Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário (Apepa), além das propostas de produtores, sindicatos, cooperativas, técnicos e entidades representativas do setor agropecuário.

Como lembrou o secretário de Agricultura paranaense, Norberto Ortigara, o Paraná tem uma longa tradição de união das suas entidades com o objetivo de contribuir para que o plano safra "poroporcione aos produtores garantia de custeio de qualidade, investimentos, infraestrutura, recursos ao seguro rural e investimentos de armazenagem".

Aprovado no fim de 2012, o novo Código Florestal vai começar a ser implementado no Paraná a partir de abril

Código Florestal começa a sair do papel

Igor Castanho

Aprovado no fim de 2012, o novo Código Florestal vai começar a ser implementado no Paraná a partir de abril



Três meses após a suspensão temporária do Sistema Estadual de Registro da Reserva Legal (Sisleg) – norma que definia a questão ambiental no estado desde 1999 –, começa agora o trabalho de preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), primeira etapa na migração para as novas regras e que oficializa a Reserva Legal e eventuais Áreas de Preservação Permanente (APPs) das propriedades.

O fator que permitiu o avanço no processo veio na semana passada, depois de o Ministério do Meio Ambiente ter enviado ao estado imagens de satélite atualizadas das propriedades rurais. As fotografias fazem parte do CAR e permitem a visualização das áreas com aproximação real de até cinco metros.

Também foi disponibilizado acesso ao sistema informatizado que vai unificar os cadastros em todo o país. “O benefício das imagens é a clareza, que vai dar informações concretas sobre qual é a situação do estado hoje”, destaca o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Segundo o dirigente, apesar das novas regras, os produtores que estão regularizados no Sisleg não vão precisar recomeçar o processo do zero. Precisarão complementar o cadastro anterior somente. Hoje são cerca de 130 mil propriedades nessa condição, de um total de 512 mil. Para o cadastramento das demais áreas, o IAP articula o estabelecimento de parcerias com outras entidades ligadas ao agronegócio, como o Instituto Emater e a Secretaria da Agricultura do Paraná, visando agilizar o processo.

“Vamos começar o treinamento dos técnicos que vão ajudar no cadastramento. Agora o CAR começa a ser implantado e em abril devemos ter novidades”, afirma Mossato Pinto. Ele sustenta que já existe um acordo verbal com as instituições e a oficialização deve ocorrer nos próximos dias.

Na prática

O CAR serve como diagnóstico de como está a situação do estado. A partir dele é possível definir as diretrizes do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Os estados têm até o fim de maio para divulgar o edital do programa, levando em conta as particularidades de cada região. “O cadastro é claro, faz uma fotografia da propriedade naquele momento. Depois desse processo o PRA define o que o produtor precisa fazer”, explica Carla Beck, especialista na área ambiental do Departamento Técnico Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).




domingo, 24 de março de 2013

Revista ISTOÉ - Ainda não chegou lá - Mariana Queiroz Barboza

Revista ISTOÉ

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Ainda não chegou lá

Mariana Queiroz Barboza

Medidas populares anunciadas pelo governo, como a desoneração da cesta básica e a redução da tarifa de energia elétrica, demoram a beneficiar os consumidores e desconto não é integral. Entenda por quê




Já é uma tradição no Brasil. Toda vez que o governo vem a público anunciar medidas populares, que reduzem os custos de produção, facilitam o acesso ao crédito e ampliam o poder de compra dos consumidores, os benefícios demoram a chegar à ponta. Quando finalmente as benesses são repassadas à população, os percentuais não conferem com aqueles prometidos com pompa e circunstância em rede nacional de tevê. A história se repetiu com os pacotes de bondades anunciados pela presidenta Dilma Rousseff. Primeiro, a redução dos juros não foi percebida em sua totalidade. Mesmo o Banco Central tendo cortado a taxa básica (Selic) em 5,25 pontos percentuais nos últimos dois anos, os bancos foram extremamente cautelosos em repassar os cortes às taxas cobradas das empresas e das pessoas físicas. Antes, a própria presidenta teve que comprar uma briga pública contra os spreads (diferença entre o que o banco paga e cobra pelo dinheiro) e forçar a queda real dos juros por meio dos bancos públicos para que, meses depois, o benefício chegasse a todas as linhas de crédito.


Como o principal pilar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tem sido o consumo das famílias – que avançou 3,1% no ano passado –, a queda dos preços da cesta básica, anunciada em 8 de março, também tem sido acompanhada pelo governo. Após dizer que retiraria a cobrança de impostos federais (PIS/Cofins) de oito produtos da cesta básica, Dilma afirmou: “Conto com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha e de 12,5% na pasta de dentes e nos sabonetes, só para citar alguns exemplos.” A redução efetiva, contudo, não deve passar de 4,5%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Até agora a baixa de preço nas prateleiras não chegou sequer a 3%. Na semana passada, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que, no município de São Paulo, os preços dos produtos desonerados recuaram 2,79% (o equivalente a R$ 2,48) entre a primeira e a segunda semana de março. Mas por que a discrepância? “O governo fez uma promessa sobre algo que não controla”, diz Heron do Carmo, professor de economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. “Os preços desses produtos são influenciados não só pelos tributos diretos, mas por outras etapas de produção, pela negociação entre supermercados e fornecedores e pela relação entre oferta e procura, entre outros fatores.”

Segundo o economista da USP, cervejas e cigarros, que podem ter preços sugeridos pelos fabricantes, são exemplos de produtos industrializados nos quais o impacto direto da desoneração poderia ser mensurado de forma mais precisa. Na avaliação do Dieese, a renúncia fiscal no caso da cesta básica, que custará ao governo R$ 5,5 bilhões neste ano, é mais uma medida da chamada “reforma tributária fatiada”. “Um dos principais problemas dessa reforma é o fato de ela não permitir uma visão de conjunto sobre suas repercussões”, disse em nota. O vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos, afirma que a entidade tem orientado os associados a negociar com os fornecedores para fazer o repasse chegar aos clientes. Em outros casos, a decisão sobre o desconto está diretamente nas mãos dos varejistas. “A carne bovina, por exemplo, já estava desonerada na cadeia de produção, com exceção do varejo, mas, devido a créditos tributários, a alíquota paga não era de 9,25%, mas de 3,75% a 6%”, diz ele. Em outras palavras, considerando apenas a isenção fiscal, o desconto máximo no preço da carne será de 6%. Para o café, a expectativa não passa de 4%.

DECEPÇÃO
Redução de 9% no preço dos produtos da cesta básica,
anunciada pelo governo, ainda não chegou às prateleiras

A teoria econômica, que trata do comportamento dos agentes, mostra que, se o custo de produção for reduzido, isso terá um efeito positivo no valor final. A prática demonstra que esse cálculo não é tão simples. Os economistas de mercado têm outra explicação para o fato de o repasse aos consumidores não corresponder aos valores anunciados oficialmente: a ampliação das margens de lucro. Para o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, embora o setor de supermercados tenha bastante concorrência, “haverá alguma recomposição de margem por parte do varejo”. O precedente foi aberto no ano passado, quando cerca de 16% do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e 60% do benefício para a linha branca (eletrodomésticos) foram apropriados pelos empresários e não subtraídos dos valores finais. Com a prorrogação da isenção do IPI, o IBGE notou que os preços de alguns automóveis novos até aumentaram devido à maior procura dos consumidores, que foram atraídos pela propaganda do desconto. Foi nesse momento que as concessionárias aproveitaram para expandir ainda mais sua margem de lucro. Ou seja, não basta a vontade política do governo. É preciso fiscalização e acompanhamento para que espertezas não surjam pelo caminho. Em um cenário de baixo crescimento e inflação persistentemente próxima ao teto da meta (6,3% nos últimos 12 meses), a prática preocupa. A expectativa sobre a desoneração da cesta básica é que baixe a inflação em até 0,6 ponto percentual.

De olho no controle da inflação, o governo tem lançado mão de todas as cartas para impedir o início de um ciclo de juros mais altos pelo Banco Central. Anunciada em setembro do ano passado, a redução na conta de luz foi a medida mais popular tomada nesse sentido. Em 23 de janeiro, a presidenta voltou à tevê e ao rádio para dizer que, a partir do dia seguinte, as tarifas da energia elétrica cairiam, ao menos, 18% para as residências e até 32% para a indústria. Até a semana passada, porém, muitos brasileiros ainda não tinham visto a conta mais barata. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que coordenou uma campanha pelo barateamento da eletricidade, isso ocorre porque, nas cobranças recebidas em fevereiro, “há medições feitas em datas anteriores à aplicação do percentual de redução.” Além disso, a Fiesp esclarece que, em alguns lugares, a conta pode subir por causa dos reajustes anuais de cada distribuidora, que incluem a correção com base nos índices de inflação e a variação dos custos com a compra de energia das concessionárias.




Pensando em agradar aos consumidores de baixa renda, o governo agora estuda desonerar o diesel e o setor de transporte coletivo urbano. O estudo de viabilidade está em análise final no Palácio do Planalto. A manutenção e até a diminuição, em alguns casos, da tarifa das passagens de ônibus e metrô terá impacto direto no bolso dos trabalhadores, no momento em que a Dilma vê sua popularidade crescer para 79%. Até agora, o governo abriu mão de mais de R$ 7,3 bilhões em impostos ao ano, mas, nas palavras da presidenta, “os benefícios para as pessoas e a economia compensam esse corte na arrecadação.” Ao anunciar a redução da cesta básica, Dilma afirmou: “Você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e produtos de limpeza e, ainda, ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens.” Vontade política não falta, mas o resultado ainda não chegou lá.

Foto: Pedro dias/Ag. IstoÉ

quarta-feira, 20 de março de 2013

Presidente da CNA apresenta temas do setor ao novo Ministro da Agricultura

Presidente da CNA apresenta temas do setor ao novo Ministro da Agricultura

Assessoria de Comunicação CNA

Primeira a falar na cerimônia transmissão de cargo ao novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, declarou seu otimismo com a escolha de um produtor rural que conhece tecnologia para comandar o ministério





Primeira a falar na cerimônia transmissão de cargo ao novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, declarou seu otimismo com a escolha de um produtor rural que conhece tecnologia para comandar o ministério. Em seguida, pontuou ao novo ministro os temas importantes para a agropecuária brasileira.


“Quero fazer um apelo, no que se refere à negociação do Plano Safra (o Plano de Agricultura e Pecuária 2013/2014) com o Governo”, disse a senadora, ao destacar o empenho da CNA em aprovar um plano de prazo mais longo para o setor. E observou que, tão importante quanto à ampliação do novo plano de 12 para 18 meses, facilitando o planejamento e os investimentos dos produtores, é a ampliação da cobertura do seguro agrícola.


Ela lembrou que, enquanto 86% das lavouras norte-americanas estão cobertas pelo seguro, no Brasil, apenas 6% da safra é segurada. “A agricultura brasileira não pode mais trabalhar no improviso. Queremos ter segurança para esta grande indústria a céu aberto que produz todos os dias”, cobrou a presidente da CNA.


Ela também pediu a Antônio Andrade o envolvimento do ministério da Agricultura para aprovar a MP Portos, que é importantíssima para o escoamento da safra e para as exportações do agronegócio que vem garantindo o saldo positivo da balança comercial brasileira.


Kátia Abreu aproveitou o fato de a solenidade ter ocorrido no auditório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para agradecer o apoio permanente da Embrapa, salientando a importância da pesquisa. “O que queremos é tecnologia, inovação, para que o nosso agro não estacione”, afirmou, destacando que, só assim, o país seguirá produzindo e atravessando crises.


Por último, a presidente da CNA pediu especial atenção do ministro aos novos mercados. “Já perdemos uma grande oportunidade, quando negamos a Alca. Tivemos tanto medo da invasão de produtos norte-americanos, que hoje estamos assistindo à invasão de produtos chineses”, observou a senadora.


Ao lembrar recente artigo de sua autoria em que defendeu que os acordos multilaterais de comércio sejam “balões” que levem o Brasil para o alto, ampliando seu horizonte comercial, ela criticou o Mercosul. “Infelizmente, o Mercosul funciona hoje como um acordo âncora, que nos leva ao fundo do mar e atrapalha o País todos os dias”.


Em seu primeiro discurso como ministro da Agricultura, Antonio Andrade, comentou: “Nós a elegemos presidente da CNA e estamos satisfeitos com o seu trabalho”. O novo ministro ressaltou que é filho e neto de produtor rural e que agora, pela obrigação do cargo, compromete-se a dedicar seu maior esforço à causa agropecuária.


“Nosso horizonte sempre será o de produzir mais alimentos de forma sustentável, gerando renda, empregos, divisas e expansão da balança comercial. E ajudando a controlar a inflação”, discursou o ministro.


Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br
Publicado em: 18/03/2013.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Vespa-da-galha é a nova ameaça aos eucaliptos

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14/3/2013

Vespa-da-galha é a nova ameaça aos eucaliptos

E ainda não há um produto específico ou método para combatê-la

Uma praga está tirando o sono dos produtores que cultivam eucalipto no Paraná. Com pouco mais de um milímetro de comprimento, a vespinha conhecida como vespa-da-galha, está atacando plantações em várias regiões do Estado. No oeste paranaense, praticamente toda a área cultivada de eucalipto sofreu o ataque da praga. Os produtores estão preocupados porque ainda não se sabe exatamente como combatê-la, já que não há nenhum produto que capaz de eliminá-la.

Há 40 dias o produtor Deonir Martelli, de Medianeira, levou um susto ao descobrir que as vespinhas atacaram os seus 150 hectares de pés de eucalipto com dois anos e meio. "Eu não sabia e ninguém da região conhecia essa praga, tanto que cheguei a pensar que era uma doença. Apareceram nódulos nas folhas, que ficaram enrugadas para cima e como o inseto é muito pequeno fica difícil enxergá-lo no meio da plantação", conta. "A gente nem calculou o tamanho do prejuízo, mas acredito que perdi a minha poupança verde", lamenta.

No mesmo município, os cinco hectares de eucalipto do produtor Antônio Vendrame também sofreram o ataque dos insetos. Segundo ele, a maioria das árvores com 18 meses já está contaminada e a sua maior dor de cabeça é não saber o procedimento correto para combatê-la. "O que a gente vai fazer? Ninguém sabe como acabar com essa praga", questiona. Pelas suas contas, vai perder o investimento com o plantio e a compra das mudas.

A vespa-da-galha

Oriunda da Austrália, a praga foi descoberta pela primeira vez em Israel no início de 2000. A ocorrência da vespa de galha no Brasil, mais especificamente no nordeste da Bahia, é o primeiro registro feito no continente americano há três anos. O potencial de ataque da vespinha é muito grande. Ela põe os ovos dentro da planta que, com o passar do tempo, começam a formar o que se chama da galha, uma espécie de tumor que deforma as folhas e ramos, prejudica a circulação da seiva e leva a queda de folhas e secamento de ponteiras. Toda a parte apical da planta pode secar, impedindo o crescimento e reduzindo significativamente a produtividade.

O que o produtor deve fazer?

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Emater-PR, Embrapa Florestas, Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre), Escola de Florestas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Secretaria da Agricultura , Pecuária e Abastecimento do Estado do Rio Grande do Sul (Seapa-RS) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participaram no último dia 12 de março de uma reunião na Embrapa Florestas, em Colombo, para discutir estratégias e medidas para combater a praga. O encontro foi coordenado pela Adapar e o engenheiro florestal José Hess, do DTE representou a FAEP.

O pesquisador entomologista da Embrapa Florestas, Edson Tadeu Iede, diz que o produtor deve procurar escritórios da Agência de Defesa Agropecuária no Paraná (Adapar) e buscar informações sobre espécies de eucalipto com maior resistência ao ataque da vespa. Segundo ele, os ataques ocorrem com maior frequência na variedade Eucalyptus camaldulensis e as espécies benthamii e eudine podem ser menos vulneráveis à praga na região Sul. "Não existe nenhuma comprovação científica, mas aparentemente essas espécies são mais resistentes", explica.

Outra recomendação do pesquisador é queimar o pé de eucalipto contaminado e destruir as mudas sintomáticas: "Assim o produtor vai erradicar e evitar a infestação da praga em outras áreas".

O coordenador florestal da Emater, Amauri Ferreira Pinto, orienta o produtor para ficar de olho na hora de comprar a muda da árvore e comprar somente em viveiros regularizados no Registro Nacional de Produtores de Sementes e Mudas. Além disso, ir ao local e verificar se há a presença da vespa-da-galha nas mudas. "Tem que tomar alguns cuidados em relação às florestas que foram implantadas e ficar de olho no sintoma e nos informar assim que possível. Porque o controle se torna inviável depois que as árvores já estão adultas".

Medidas
A obrigatoriedade do uso de um sistema de monitoramento nos viveiros para detectar a praga, com o uso da chamada "armadilha adesiva amarela", é uma das estratégias apresentadas durante a reunião.

Outra medida que pode ser adotada para novos plantios é a seleção de materiais genéticos resistentes. Segundo Iede, "ainda não há nenhuma comprovação científica que isso vai reduzir a infestação. No entanto, alguns testes demonstraram que, quando mudas de diferentes procedências são colocadas lado a lado, pode ser verificada a preferência do inseto. Isso pode ser uma evidência de que aquele material pode ser tolerante ou resistente à praga. Mas, ainda não há nenhum dado para que se possa afirmar que esse material é resistente ou tolerante". Uma estratégia de pesquisa, então, seria a seleção de materiais tolerantes e/ou resistentes à vespa-da-galha.
Já na linha do controle biológico, serão importados e estudados parasitóides de origem australiana, que já foram introduzidos em Israel, além da prospecção e avaliação de parasitóides nativos. A avaliação de inseticidas não está descartada, mas espera-se que outras medidas de controle, dentro de um programa de manejo integrado da praga, como ações de manejo florestal e o uso, em especial, do controle biológico, tragam resultados mais efetivos e sem impactos ao meio ambiente.
Um projeto de pesquisa com estes itens já está em articulação entre UNESP de Botucatu, IPEF, UFV e Embrapa.

Fonte: Embrapa Florestas

sexta-feira, 8 de março de 2013

Produção recorde derruba cotação do milho no Brasil

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Produção recorde derruba cotação do milho no Brasil 
8/3/2013

Produção recorde derruba cotação do milho no Brasil


Com a previsão de uma nova colheita recorde de milho no Brasil e a perspectiva de recuperação da produção mundo afora, o mercado doméstico dá sinais de que pode não ser capaz de "digerir" toda a oferta esperada. Como resultado, as cotações da commodity apontam para baixo, um movimento que preocupa os produtores e alimenta a aposta do governo em um alívio na inflação - principal matéria-prima da ração usada na criação de aves e suínos, o milho foi o principal responsável pela alta nos preços dessas proteínas em 2012.


Em Mato Grosso, que pode colher mais de 16,5 milhões de toneladas do grão neste ano (segundo a previsão divulgada ontem pela Conab), as negociações estão praticamente paradas. De acordo com o Imea, os produtores venderam apenas 17,8% da safra a ser colhida no meio do ano, ante 43% há um ano.


Segundo Kleber Noronha, analista do Imea, as tradings oferecem apenas R$ 12, em média, pela saca do milho que começa a ser colhido em julho. O valor é até 30% menor do que o negociado há um ano, inferior ao preço mínimo de garantia do governo federal (R$ 13,08) e insuficiente para arcar com os custos de produção. "O cenário é completamente diferente este ano", afirma.


O mercado de milho de Mato Grosso mudou de patamar na safra 2011/12. Em meio à escalada dos preços internacionais e a escassez de estoques na região, os produtores foram estimulados pelas tradings (por meio de compras antecipadas) a dobrar a área plantada com o grão, o que resultou em uma produção de 15,61 milhões de toneladas.

Com a quebra da produção no Sul do país, na Argentina e, sobretudo, nos EUA em 2012, a demanda externa por esse milho cresceu ainda mais e as exportações brasileiras do grão bateram recorde - o volume de embarques mais do que dobrou, para quase 20 milhões de toneladas no período. Após o sucesso de 2012, os produtores de Mato Grosso voltaram a apostar no milho, elevando em quase 19% a área plantada com o grão, segundo a Conab. O problema é que o mercado internacional, ao contrário do que ocorreu em 2012, pode não precisar do milho de Mato Grosso neste ano.

A expectativa - ainda extraoficial - do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que o país colha quase 369 milhões de toneladas do grão no segundo trimestre, acréscimo de quase 100 milhões de toneladas em relação a 2012.


Como consequência, os contratos de milho para entrega em setembro (quando a produção americana chega ao mercado) já são negociados na bolsa de Chicago com um desconto de 20% (US$ 1,43 por bushel ou R$ 3,38/saca) em relação aos contratos para entrega neste mês. Na BM&FBovespa, os contratos para julho têm desconto de 13,1% sobre março.


"Estamos apreensivos com o que vai acontecer. Se os Estados Unidos colherem bem, a pressão será muito grande. Não temos condição, com a nossa logística, de competir com o exportador americano", afirma Claudio Zancanaro, presidente da comercializadora de grãos Agrosoja. Segundo ele, o custo para se transportar o milho de Mato Grosso até o porto de Paranaguá é de cerca de R$ 19,80 por saca, o que corresponde a mais da metade do preço oferecido pelo grão no porto paranaense - no caso da soja, essa relação é de 26%.

Para Anderson Galvão, diretor da consultoria Céleres, a capacidade de escoamento da safra também será menor em 2013. "No ano passado, a quebra da produção de soja abriu espaço para o milho nos portos. Este ano, com uma colheita recorde de soja, a logística está estressada e pode não abrir espaço para um produto de menor valor como o milho".


Para ele, se o cenário de superoferta se confirmar, o governo terá de intervir no mercado. "Este pode ser o ano ideal para a Conab fazer estoque regulador", afirma.


Ontem, o diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, disse que o governo espera preços "bem mais arrefecidos" no segundo semestre e deixou a porta aberta para uma intervenção no mercado. "Há condição para que, além de leilões de opção de compra, realizemos aquisições do governo federal [no segundo semestre] porque a possibilidade de termos em Mato Grosso preço abaixo do mínimo para o milho safrinha é real".


O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse ainda que o objetivo da pasta é, em no máximo 20 dias, lançar um contrato de opção para o milho para repor os estoques públicos.

Valor Econômico

quinta-feira, 7 de março de 2013

Safra Grãos 2012/2013 - 6ª Estimativa Conab

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Safra Grãos 2012/2013 - 6ª Estimativa Conab 
7/3/2013

Safra Grãos 2012/2013 - 6ª Estimativa Conab


A Conab divulgou nesta manhã, o sexto levantamento da safra de grãos 2012/13. O aumento da área plantada na safra 2012/13, de acordo com a Conab é de 2,11 milhões de hectares, totalizando 52,99 milhões de hectares. As principais culturas, soja e milho, ocupam, respectivamente, 27,65 milhões e 15,41 milhões de hectares.


A produção brasileira de grãos está estimada em 183,58 milhões de toneladas, configurando uma elevação de 10,5% sobre o volume produzido na safra 2011/12, de 166,17 milhões de toneladas. O destaque fica para a soja, com um crescimento de 23,6%, ou seja, 15,68 milhões de toneladas superior à produção 2011/12, passando de 66,38 milhões para 82,06 milhões de toneladas. A produção do Paraná, segundo produtor brasileiro do grão, a estimativa é de 15,3 milhões de toneladas e produtividade média de 3.038 kg por hectare.


A produção brasileira de milho (1ª e 2ª safra) está prevista em 76,07milhões de toneladas e produtividade média de 4.935 kg/hectare. O Paraná ,principal produtor, tem estimativa de produção total em 18,10 milhões de toneladas, sendo 6,84 milhões de toneladas para o milho 1ª safra e 11,23 milhões de toneladas para o milho safrinha. A produtividade paranaense estimada para o milho 1ª safra é de 8.100 kg por hectare. Para o milho safrinha a produtividade prevista é de 5.450 kg/hectare.

Quanto ao trigo, a Conab estima uma produção de 4,30 milhões de toneladas e produtividade média de 2.269 kg por hectare. O Paraná, novamente na posição de principal produtor brasileiro do cereal, tem previsão de uma produção de2,1 milhões de toneladas.


A cultura do feijão aponta redução de área plantada, dada a instabilidade dos preços recebidos pelos produtores. Com isso, a produção total deverá ficar em 3,3 milhões de toneladas. O Paraná, principal produtor deverá produzir 722,9 mil toneladas, com produtividade de 1.667 kg por hectare.


Gilda M. Bozza - Economista - DTE/FAEP

Paraná iniciará levantamento do Inventário Florestal

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Paraná iniciará levantamento do Inventário Florestal 
7/3/2013

Paraná iniciará levantamento do Inventário Florestal


Começará nos próximos dias no Estado o levantamento do Inventário Florestal do Paraná, que faz parte do programa Bioclima Paraná, para gerar informações detalhadas sobre as florestas paranaenses. O trabalho será feito por amostragem, em 550 pontos, atingindo os 399 municípios do Estado.

O lançamento oficial da primeira fase dos trabalhos aconteceu nesta quarta-feira (6), em Curitiba."Este diagnóstico dará aos nossos técnicos condições de elaborarem as políticas ambientais do Estado", explicou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida. Os estudos, uma parceria entre os governos estadual e federal, serão coordenados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e terão como principal foco as espécies nativas. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento também é parceira no projeto e irá auxiliar com informações sobre os estoques de espécies exóticas plantadas, como pinus e eucalipto.

A validação e o controle de qualidade dos dados coletados serão realizados pela Universidade Federal do Paraná. Já a análise da paisagem será feita pela Embrapa Florestas e a identificação do material botânico pelo Museu Botânico de Curitiba - todos por meio de parcerias com o Setor Florestal Brasileiro.

Antônio Carlos Hummel, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, falou sobre as expectativas: "O objetivo é gerar informações qualificadas sobre as florestas do Paraná e conhecer principalmente as florestas por dentro: a qualidade, a quantidade, a biomassa, o carbono e a relação das pessoas com esses locais", disse.

O trabalho também incluirá variáveis biofísicas, que buscam fornecer informações sobre a dinâmica das florestas, assim como dados socioambientais sobre a importância das florestas para a população que vive em seu entorno.

O levantamento permitirá um diagnóstico qualitativo das florestas, biomassa e estoques de carbono. As informações também serão muito importantes para a revisão da lista de espécies da flora ameaçadas de extinção, pois a última foi realizada em 1995.


"O Programa Bioclima Paraná prevê estudos periódicos, como o inventário de florestas, para o monitoramento dos recursos florestais do Estado, com o principal propósito de subsidiar a definição de políticas florestais", lembrou a coordenadora de Biodiversidade e Florestas da secretaria, Mariese Muchailh.

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Tarcísio Pinto, pediu a colaboração dos produtores rurais durante os trabalhos desenvolvidos para o inventário. "Queremos tranquilizar os produtores, já que o trabalho de campo não envolve nenhum tipo de fiscalização. O objetivo é fortalecer e favorecer o produtor rural. Por isso, pedimos que atendam as equipes que vão a campo".

Também estiveram presentes na cerimônia de lançamento do Inventário Florestal do Paraná o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o presidente do Instituto de Terras Cartografia e Geociência, Amílcar Cavalcanti; o presidente do Emater, Lino de David; o diretor de Pesquisa e Informações, Joberto Freitas; o diretor da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva; o superintendente do Ibama, Jorge Augusto Callado; o secretário de Meio Ambiente de Curitiba, Renato Eugênio de Lima; o professor Alexandre França Tetto, representando a Universidade Federal do Paraná; e o deputado estadual Wilson Quinteiro.


Jornal Meu Paraná - Curitiba/PR

NOTA OFICIAL - Senadora Kátia Abreu

NOTA OFICIAL

Senadora Kátia Abreu

Repudio, com indignação, a invasão perpetrada pela Via Campesina, uma das milícias do MST, em uma propriedade da minha família localizada em Aliança, Tocantins





Repudio, com indignação, a invasão perpetrada pela Via Campesina, uma das milícias do MST, em uma propriedade da minha família localizada em Aliança, Tocantins.

Trata-se de uma propriedade produtiva, moderna, que emprega 48 trabalhadores, hoje violentamente transformados em reféns, enquanto o grupo de vândalos destruía viveiros de mudas cultivadas com alta tecnologia, destinadas ao plantio de eucaliptos, que é a atividade principal do empreendimento.

Esta invasão é um ato de retaliação contra minha atuação democrática como senadora e líder do setor produtivo rural, em defesa do Estado de Direito e dos direitos fundamentais, neste caso traduzido no direito de propriedade.

Não vão me fazer recuar. Não vão me amedrontar. Não vão impedir que continue mostrando ao Brasil as mentiras e as atrocidades cometidas por este movimento dos sem lei.

Neste momento, minha família está se dirigindo ao local para tomar as medidas judiciais cabíveis e prestar atendimento aos verdadeiros trabalhadores que lá foram feitos reféns.

Brasília, 7 de março de 2013

Senadora Kátia Abreu

sexta-feira, 1 de março de 2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Notícia


Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses 
1/3/2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses



Por Luiz Renato Lazinski, meteorologista do INMET

Observamos uma mudança no padrão das precipitações ocorridas durante o mês de fevereiro, com uma melhor distribuição em relação ao mês de janeiro. No Paraná as chuvas ficaram um pouco acima da média em todo o Estado, já em S.Catarina e no Rio Grande do Sul as chuvas ficaram entre a média e ligeiramente abaixo do esperado para a época do ano. A umidade no solo do Centro-sul do Brasil, manteve-se ao longo do mês, com bons índices de umidade, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. A diminuição das precipitações no final do mês, favoreceu a colheita da soja em algumas áreas do Centro-sul e início do plantio do milho safrinha. Nas Regiões Sudeste e Centro-oeste, as chuvas também ficaram acima da média na maior parte destas áreas, o excesso de chuvas no início do mês atrasou um pouco o início da colheita da soja. Nas áreas produtivas de grãos da Região Nordeste, as chuvas apresentaram volumes abaixo da média histórica, ao longo do mês. De uma maneira geral, os totais de chuva observados em fevereiro, foram superiores aos registrados no mês anterior.

As temperaturas registraram valores próximos à média histórica, no Centro-sul do Brasil, porém, com dois padrões bem distintos. Na primeira quinzena de fevereiro, as temperaturas ficaram abaixo da média, voltando a fazer calor na segunda quinzena do mês, com valores de temperaturas observados acima da média. Nas demais regiões do Brasil, as temperaturas ficaram dentro da média.

O mês de fevereiro não apresentou nenhuma mudança significativa no padrão do comportamento das temperaturas das águas superficiais, no Oceano Pacífico Equatorial. Estas temperaturas das águas superficiais continuam com anomalias próximas à média, mantendo a tendência de neutralidade e seguindo o mesmo padrão dos últimos meses, como podemos observar na figura 01. Estas condições, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem "El Nino" e nem "La Nina"). Os prognósticos dos modelos climáticos globais, também indicam a continuidade desta situação de "neutralidade" para os próximos meses, como podemos observar na seqüência das figuras 02 a 05.

Analisando os modelos de prognóstico climáticos, a tendência para o final do verão e outono, é de que as precipitações continuem com este padrão de distribuição muito irregular, intercalando períodos com chuva acima da média com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade desta situação de neutralidade climática. Os volumes de chuva podem ficar ligeiramente abaixo da média, para a região centro-sul do Brasil. Para as regiões Centro-oeste e Sudeste, as chuvas diminuem nos próximos meses, devendo ficar entre a média e ligeiramente abaixo. Para as áreas produtivas do Nordeste, as chuvas devem continuar com volumes abaixo da média no decorrer dos próximos meses.

Com relação às temperaturas, as primeiras massas de ar mais intensas devem chegar ao Sul do Brasil no decorrer de março, causando quedas acentuadas de temperaturas. Nas demais Regiões do Brasil, as temperaturas seguem com os valores dentro da média.