segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mais um ano.


 

                                                                Mais um ano.

                                                                E lá vai a gente, por essa estrada do tempo, misturando as horas no caminho.

                                                                Transformando presente em passado, passado em memória, memória em patrimônio nosso de cada dia que passa

Enquanto a gente continua sempre em frente.   

O futuro recém-chegado, quando descobre que já é presente, fala baixinho: “É agora.” Em seguida conclui: “ Mas também não precisa tanta pressa.”    E, se a vida é justamente a caminhada, o futuro tem razão.

Aproveitamos o caminho.    Do início da jornada até aqui, tanto já foi descoberto que o

Que ainda temos por descobrir já não amedronta – convida.

Vamos, então, adiante, tecendo nossa história fio a fio, dia após dia perfurando os anos.

E cada agora que chega é mais outro desafio.    E nada melhor para enfrentar desafio que a alegria no peito.

E, para se acalentar no peito a alegria, é preciso acreditar na gente.

Que graça teria a chegada de outro ano, se a gente não tivesse essa vontade de fazer história?

 

Feliz Natal, e Ano Novo, próspero a todos!    Semeando com amor e justiça do Reino a boa semente, Novos tempos, novo céu, nova terra onde os homens convivam como irmãos e o amor partilhado entre todos revele ao mundo que somos cristãos.

 

São os Desejos dos Diretores, e Colaboradores do Sindicato Rural Patronal de São Jorge do Ivaí.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Curso de Costura realizado no Centro de Aprendizagem da Prefeitura Municipal de São Jorge do Ivaí, Ação Social. com a Instrutora do Senar-Pr - Vilma.

Curso de Costura realizado no Centro de Aprendizagem da Prefeitura Municipal de São Jorge do Ivaí, Ação Social. com a Instrutora do Senar-Pr - Vilma.

Nota Técnica da ADAPAR sobre a Helicoverpa armigera

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Nota Técnica da ADAPAR sobre a Helicoverpa armigera                              
21/11/2013

Nota Técnica da ADAPAR sobre a Helicoverpa armigera


A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) emitiu Nota Técnica em 19/11/2013 sobre monitoramento e controle da Helicoverpa spp. / SAFRA 2013/14.

A ADAPAR concluiu que "até o momento não havia justificativa técnica para reconhecimento de estado de emergência fitossanitária." Assinada pelo Diretor de Defesa Agropecuária, Adriano Riesemberg, a nota informa que "na eventualidade do surgimento de fatos novos que possam ensejar medidas mais drásticas, não hesitaremos em adotar todos os meios disponíveis para o bom desempenho das lavouras paranaenses, sempre com respeito às normas vigentes e com base em diagnósticos oficiais."

O Sistema FAEP/SENAR também está preocupado com a invasão de novas pragas na agricultura e tem participado das reuniões com entidades e órgãos responsáveis pelo tema, além de realizar ações visando a prevenção e redução de eventuais prejuízos aos produtores rurais, como apoiar o Projeto da EMBRAPA/ADAPAR de Monitoramento e identificação da Helicoverpa armigera e a campanha Plante Seu Futuro.


Clique e leia na íntegra a Nota Técnica da ADAPAR
Para saber mais, leia também:
Nota de Esclarecimento da FAEP

Portaria nº 1.109 de 6 de novembro de 2013 - Plano de Supressão da Praga Helicoverpa armigera.

Turma do Curso do Mopp - Movimentação de Cargas Perigosas, Realizado nos dias 13 e 14 de Novembro, Sala de Eventos do Sindicato Rural

Turma do Curso do Mopp - Movimentação de Cargas Perigosas, Realizado nos dias 13 e 14 de Novembro, Sala de Eventos do Sindicato Rural



Soja vira terceira alternativa de plantio na safrinha

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Soja vira terceira alternativa de plantio na safrinha                  
20/11/2013

Soja vira terceira alternativa de plantio na safrinha


Em busca de mais rentabilidade, produtores rurais, sobretudo em Mato Grosso, começam a apostar na soja como uma terceira opção para a segunda safra, também conhecida como safra de inverno ou safrinha. Atualmente, milho e algodão costumam dividir as atenções nas regiões de Cerrado depois da colheita de verão. Devido aos baixos preços do milho colhido na segunda safra deste ano, o algodão tende a ganhar espaço em 2014, mas alguns agricultores já vão arriscar com a soja, depois de uma fase de testes que ganhou fôlego nas duas últimas temporadas.

Apesar da boa rentabilidade que poderá proporcionar, a safrinha de soja gera preocupações. O plantio de duas safras seguidas da oleaginosa tende a ter reflexos negativos sobre a produtividade das lavouras, por conta das características agronômicas das plantas e do ataque de pragas. Segundo especialistas consultados pelo Valor, a prática pode ser adotada, mas exige cuidado. E ainda existem gargalos simples, como a escassez de sementes adaptadas ao diferente período de plantio.

"Os principais problemas são fitossanitários, que não são impeditivos, mas são perigosos. Ferrugem, helicoverpa e ervas daninhas resistentes compõem um cenário não muito animador. Em relação à rotação de culturas, uma safra seguida da outra, feita somente uma vez, não vai penalizar o solo a ponto de exauri-lo", afirmou o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas. "O problema que pode surgir é uma perda natural da produtividade da planta, já que o ciclo ideal para plantio é mesmo na safra de verão. Características como temperatura, insolação e chuvas não serão as ideais. Será uma aposta", disse.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que o Estado deverá reduzir em pouco mais de 300 mil hectares a área de milho na safrinha do ciclo 2013/14 em relação ao anterior, para 3,4 milhões. Já a produção deverá recuar quase 30%, para cerca de 16 milhões de toneladas. A redução da área é explicada pelos baixos preços, mesmo com uma reação nas últimas semanas no mercado local, em parte graças a medidas de apoio do governo para o escoamento.
No Brasil, a produção total de milho, somadas a primeira e a segunda safra, deverá somar entre 78,4 milhões e 79,8 milhões de toneladas, queda de até 3,1% sobre 2012/13. No Paraná, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima que a produção do cereal poderá ser até 1,6 milhão de toneladas menor nesta safra na comparação com a anterior.

Mesmo com o baixo astral em relação ao milho, não haverá uma corrida para a soja, pondera um técnico da Conab. A menor produtividade da oleaginosa por questões climáticas e pela elevada incidência de pragas, que ajuda a aumentar os custos, tende a desestimular boa parte das apostas na "soja safrinha" em 2013/14. "De ordem agronômica, o rendimento será menor que o da primeira safra. E será preciso ficar atento à ferrugem asiática e à lagarta helicoverpa", afirmou.

"Também é preciso levar em conta o vazio sanitário - que varia de região para região do país, mas que em Mato Grosso proíbe a presença de plantas vivas de soja entre 15 de junho e 15 de setembro. Como o plantio da soja atrasou um pouco, o produtor terá que ter uma colheita rápida e um plantio idem, para ter certeza que vai colher antes do dia 15. Além disso, quem plantar soja na safrinha vai concorrer diretamente com a safra americana", explicou.

Os custos de produção de fato podem fazer diferença na decisão do produtor, já que, para a oleaginosa de segunda safra, tendem a ser ligeiramente superiores aos da primeira, segundo a Conab. O plantio de soja transgênica na primeira safra deverá custar R$ 22,93 em Campo Mourão (PR), R$ 30,82 em Sorriso e R$ 34,17 em Primavera do Leste (MT). O Imea calcula que o custo de produção por hectare de soja subiu 36,64% nesta safra de verão em comparação ao da temporada passada.

E os produtores também têm esperança de que a abertura do mercado chinês ao milho brasileiro, acertada em recente reunião bilateral de alto nível, possa levar à valorização das cotações do cereal no Brasil. Com o acordo, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, estimou que os embarques totais de milho do Brasil para a China poderão chegar, no futuro, a 10 milhões de toneladas por safra. Essa demanda, se confirmada, poderá valorizar o produto e conferir uma maior liquidez a esse mercado.

Nesse contexto, alguns analistas acreditam que a soja poderá se firmar como uma alternativa para a safrinha, mas que o milho e o algodão continuarão a atrair a maior parte das apostas, a depender dos preços e dos custos.

De acordo com Nery Ribas, gerente-técnico da Aprosoja/MT, associação que representa os produtores de soja e milho do Estado, o produtor está acostumado a plantar o milho na segunda safra, mas não descarta repensar sua estratégia e partir para a soja.

"Até a última hora, o produtor vai esperar para ver como o mercado se comporta. Vai ver os preços e fazer as contas. Agronomicamente não é o mais indicado plantar duas safras seguidas de soja, mas o produtor, principalmente o grande, tem maquinário e estrutura para levar essa estratégia adiante", disse. "Mas a incerteza domina", reconhece.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Paraná monitora lagarta que está destruindo a soja


 Paraná monitora lagarta que está destruindo a soja                   
18/11/2013

Paraná monitora lagarta que está destruindo a soja


A lagarta Helicoverpa armigera, que está atacando a cultura do soja em todos os Estados produtores, foi encontrada também em lavouras do Paraná, o que obrigou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) a adotar medidas urgentes para monitorar sua presença no Estado.

O secretário Norberto Ortigara constituiu m grupo técnico para ampliar o trabalho de vigilância que será executado pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e Embrapa Soja para identificação da lagarta nas lavouras paranaenses, e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) nas lavouras subsequentes.

Com o monitoramento, o Estado quer produzir um diagnóstico sobre a ocorrência da praga e sua participação no conjunto de lagartas que podem causar danos às lavouras e a indicação de soluções adequadas a serem adotadas pelos agricultores.

A decisão é uma resposta às cooperativas e produtores paranaenses que, em reunião na Secretaria, manifestaram preocupação com a possibilidade da infestação da lagarta nas lavouras de grãos do Paraná.

A reunião foi acompanhada pelo presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, pelo superintendente da Ocepar, Nelson Costa, e técnicos da Embrapa Soja, da Fundação ABC, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e de cooperativas.

A Adapar e a Embrapa Soja, de Londrina, se anteciparam à preocupação dos produtores e executam um monitoramento da ocorrência de lagartas do grupo Heliothinae, que prevê a coleta de lagartas e acompanhamento de 60 lavouras de soja distribuídas no Estado.

Segundo o diretor de defesa agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg, ao final da safra 2013/14 será possível apresentar um resultado consistente sobre o grau de incidência da lagarta em lavouras de grãos no Estado, eventuais prejuízos provocados por ela e eficiência de tratamentos aplicados.

Notícias sobre a lagarta Helicoverpa armigera estão provocando pânico entre os produtores. Trata-se de uma espécie impossível de ser identificada a campo. No entanto, o pesquisador da Embrapa Soja Adeney de Freitas Bueno afirma que para fins de manejo a identificação da espécie não é relevante, ou seja, o manejo recomendado para outras lagartas do grupo Heliothinae se aplica à espécie Helicoverpa armigera.


O Diário.com

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Falta de propano atrasa safra de milho nos EUA

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Falta de propano atrasa safra de milho nos EUA
4/11/2013

Falta de propano atrasa safra de milho nos EUA


Os agricultores na parte norte do Meio-Oeste dos Estados Unidos estão acostumados com seca, doenças e pragas. Agora, eles estão enfrentando um problema diferente: a falta de gás propano.

Chuvas fortes e mais frequentes deixaram as lavouras de milho deste ano mais encharcadas que o normal. Os agricultores estão com dificuldade para conseguir propano suficiente para abastecer os fornos gigantes que secam o milho antes que ele seja armazenado para evitar que apodreça. A demanda pelo gás tem puxado os preços do propano nos EUA ao maior valor dos últimos 18 meses e está postergando a colheita do milho - que já está atrasada por causa do clima úmido durante o plantio.

Cerca de 59% da safra dos EUA foram colhidos até agora, o que está abaixo da média histórica de 62% para esta época do ano, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) semana passada.

"Até que alguém surja com uma solução para esse problema de propano - ou a gente tenha um sol forte - simplesmente não podemos fazer nada", disse Richard Syverson, um agricultor do Minnesota. Ele suspendeu sua colheita porque não pode comprar os cerca de 5.700 litros de propano que usa por dia para colocar seu secador de milho para funcionar. "Tenho contas para pagar e gostaria de terminar essa colheita para saber em que pé estão minhas finanças", disse Syverson.

Os agricultores estão colhendo o que se estima que seja uma safra recorde nos EUA. A falta de gás propano é mais aguda de Dakota do Norte a Wisconsin porque, no mês passado, choveu até seis vezes a mais no norte do Meio-Oeste do que o normal.

Esse clima está gerando repercussões de longo alcance, forçando agricultores a diminuir o ritmo de suas colheitas até a chegada de caminhões transportando propano de centenas de quilômetros de distância. Governadores de todo o Meio-Oeste assinaram ordens para amainar regulamentos de transporte via caminhão e acelerar as entregas.

Em última análise, dizem especialistas, a oferta de milho nos EUA provavelmente será suficiente para manter os preços estáveis. Mas, se os agricultores tiverem que deixar o milho no campo ou armazenar os grãos úmidos, a qualidade pode diminuir ou o produto pode apodrecer, reduzindo seu valor.

"Vai custar caro e vai ser uma dor de cabeça para os produtores", diz Tomm Pfitzenmaier, sócio da Summit Commodity Brokerage, em Des Moines, no Iowa. "Isso vai atrasar as coisas, mas não vai parar a colheita."

Os futuros do milho para entrega em dezembro na Bolsa de Chicago caíram um centavo de dólar, ou 2%, na sexta-feira. No ano, o preço caiu 39%, devido às previsões de uma safra recorde apenas um ano depois de os preços atingirem a maior alta de todos os tempos por causa da pior seca em décadas.

Já o preço do gás no atacado subiu de US$ 1,008 por galão, em 2012, para US$ 1,171 na segunda-feira da semana passada, fechando na maior alta em 18 meses, conforme a agência de informação sobre energia dos EUA. O combustível, que é feito do processamento de petróleo e gás natural, é usado para tudo nos EUA, de cozinhar a secar roupa. Além disso, os preços subiram porque as refinarias americanas estão exportando o gás em maior quantidade.

Valor Econômico

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cadastro Ambiental Rural será lançado no Paraná até o final de novembro

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Cadastro Ambiental Rural será lançado no Paraná até o final de novembro
25/10/2013

Cadastro Ambiental Rural será lançado no Paraná até o final de novembro



A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu que lançará o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Paraná até o final de novembro de 2013. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (24), em Brasília, em encontro com o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida. Com isso, em dezembro inicia-se o prazo de um ano para o cadastramento de todos os imóveis rurais no Paraná, afirmou Izabella Teixeira.

"Depois de concluído o cadastro é que abriremos o debate para recuperação e compensação florestal", explicou a ministra. Segundo ela, a normalização caberá aos estados, por meio de Lei, decreto ou resolução. A ministra disse que o CAR já pode ser considerado uma mudança na história ambiental do país.

O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, e tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP) das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país.

Criado pela Lei nº 12.651, de 2012, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima), o CAR se constitui em base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Os órgãos ambientais em cada Estado disponibilizarão programa de cadastramento na internet, destinado à inscrição no CAR e também à consulta e acompanhamento da situação de regularização ambiental dos imóveis rurais.

PARANÁ SEM LIXÕES - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos também apresentou à ministra do Meio Ambiente, em reunião nesta terça-feira (23), os resultados iniciais do programa Paraná sem Lixões e entregou a ela o Plano para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado que acaba de ser concluído pelo Paraná. A elaboração do plano - de acordo com a Lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/10) - é condição para que os municípios possam ter acesso a recursos da União, destinados a serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por financiamentos de entidades federais.

Como o gerenciamento e o tratamento dos resíduos sólidos é responsabilidade constitucional dos municípios, as cidades paranaenses de pequeno porte dependem de financiamentos para eliminar os lixões até agosto de 2014, conforme determina a lei federal. O secretário Cheida conta que a ministra acenou positivamente com o andamento da política estadual de resíduos sólidos. A ministra nos apontou alternativas concretas, tendo em vista que o Paraná cumpriu todas as etapas necessárias para ter acesso aos recursos federais, declarou Cheida. A missão do Governo do Estado é auxiliar as prefeituras na implementação de programas de educação ambiental, coleta seletiva e, especialmente, na substituição dos lixões por aterros consorciados. É isso que estamos buscando, respaldados pela lei e por resultados, aqui em Brasília, declarou Cheida.

CONFERÊNCIA - O encontro com a ministra ocorreu um dia antes da Conferência Nacional do Meio Ambiente , que reúne 1.352 representantes de todos os Estados para propor ações prioritárias para a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Tenho notícias excelentes sobre a participação dos municípios do Paraná para esta conferência de meio ambiente e também das ações e do diálogo aberto para solucionar o problema da disposição dos resíduos no Estado. Foi uma das maiores mobilizações realizada no pais para debater contribuições para a destinação de resíduos sólidos no campo e nas cidades, disse Izabella Teixeira.

Segundo ela, entre os temas que serão abordados na Conferência Nacional estão o processo de inclusão social dos catadores, a indústria da reciclagem e a desoneração tributária, unidades de conservação e os resíduos sólidos, a modernização do processo de produção e consumo, novas tecnologias, o papel do cidadão de consumir conscientemente, o engajamento do setor produtivo e as soluções para que os municípios possam resolver o problema da destinação do lixo de forma econômica.

DADOS - O Plano de Regionalização e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Paraná - que também inclui um diagnóstico sobre o cenário atual da disposição de resíduos nos 399 municípios - dividiu o estado em 20 regiões e apontou ações, prazos e soluções para eliminar os 214 lixões a céu aberto existentes no Paraná. O documento também traz uma estimativa dos recursos necessários para serem aplicados em cada uma das regiões do Plano ao longo dos próximos 20 anos. Entre as alternativas economicamente viáveis para eliminar os lixões está a construção de 40 aterros sanitários consorciados.

Recentemente, 11 municípios da Região Centro-Sul assinaram o protocolo de intenções para a formação de um consórcio de gerenciamento dos resíduos sólidos. O Paraná gera uma média per capita de 0,9 quilos de resíduos/habitante/dia, totalizando 3.450.000 toneladas de resíduos gerados por ano. Deste total, 56,5% dos resíduos gerados é matéria orgânica, 26% são resíduos recicláveis e apenas 17,5% são considerados rejeitos. Entre os municípios paranaenses, 40% declararam ter seus planos municipais de gerenciamento de resíduos sólidos elaborados. Porém, muitos precisam ser atualizados. Além disso, o estudo mostra que 47,9% das cidades paranaenses possuem serviço de coleta seletiva porta a porta, 38,3% não possuem o serviço, 13% não têm informação e 0,8% fazem a coleta seletiva de forma diferenciada. As diretrizes do Plano visam a não geração de resíduos, a redução dos resíduos gerados, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos e a disposição final adequada dos rejeitos (material que não pode ser reciclado).

FUNASA - O secretário Luiz Eduardo Cheida também esteve na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), um dos órgãos federais que financia programas de saneamento ambiental no Brasil. A coordenadora dos programas de resíduos sólidos e catadores da Funasa, Liege Castelani, disse que o Paraná está atendendo as exigências legais para financiamentos na área de resíduos de forma muito avançada. Este planejamento demonstra que o Paraná está à frente e tem condições de implementar uma política modelo para destinação de resíduos sólidos, avaliou Liege. Ela deixou claro que o repasse de investimentos federais para destinação de resíduos vai priorizar consórcios públicos já formados - com CNPJ em dia - e municípios que possuem programas de reciclagem e de inclusão social dos catadores. As propostas do Paraná podem ser conferidas no site www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/propostas.pdf Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Paraná e Santa Catarina se unem para discutir Cadastro Ambiental Rural

18/10/2013

Paraná e Santa Catarina se unem para discutir Cadastro Ambiental Rural


Paraná e Santa Catarina estudam parceria para compensação ambiental nas bacias hidrográficas comum aos dois estados, para garantir a preservação ambiental em áreas prioritárias do bioma Mata Atlântica. Na quarta-feira (16), Representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) catarinese e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) discutiram, em Curitiba, a implantação do Código Florestal e do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Na "I Reunião de Intercâmbio de Conhecimentos Técnicos entre os Estados do Paraná e Santa Catarina", foram apresentadas as propostas de trabalho e de homologação do CAR, que irá mapear as áreas e indicar a necessidade de compensação ambiental e recuperação de área degradada de propriedades.

"Pretendemos criar normas e maneiras para incentivar a preservação e recuperação nas áreas prioritárias para conservação em bacias comuns", explicou o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

PEQUENAS
A porcentagem de propriedades menores que quatro módulos ficais é de 93% no Parana e em Santa Catarina e o trabalho dos governos estaduais terá que ser especial para pequenos produtores rurais.

A partir da data do lançamento do CAR pela presidente Dilma Rousseff, o cadastro deverá ser realizado em todas as propriedades rurais em um ano, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. "Ainda não temos certeza de qual modelo de programa para o cadastro será disponibilizado pelo Governo Federal. O Paraná tem 532 mil propriedades rurais e teremos que aprovar as informações cadastradas", apontou a diretora de monitoramento e restauração da biodiversidade, Mariese Muchailh.

As dúvidas e dificuldades em comum serão encaminhadas para o Ministério do Meio Ambiente, Ibama e para a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). "É importante fazermos um documento em conjunto e encaminhar essas questões também para a Abema, pois nossos questionamentos também podem ser de outros Estados", disse o presidente da Fatma, Luiz Antônio Garcia Correa.

Representaram Santa Catarina o presidente da Fatma, o gerente de licenciamento ambiental do órgão, Carlos Augusto Volpato, o gerente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento sustentável e presidente do conselho Estadual do Meio Ambiente em Santa Catarina, Bruno Henrique Beilfuss. Participaram também da reunião a chefe de gabiente, Ana Cecília Nowacki, o diretor de controle de recursos naturais, Mauro Scharnik, a responsável pelo geoprocessamento, Cyntia Costa, e a engenheira florestal do Departamento de Monitoramento, Claudia Sonda, todos técnicos do IAP.

CAR
O Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado com o Novo Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012), é obrigatório e prevê o cadastramento das reservas legais e de áreas de proteção ambiental de todas as propriedades rurais do país.

Após o cadastramento de cerca de 532 mil propriedades rurais, caberá ao IAP a aprovação dos dados compilados e o estabelecimento de termos de compromisso nos casos em que houver a necessidade de restaurar áreas de preservação permanente ou reserva legal. Para auxiliar os proprietários rurais no cadastramento, o IAP está firmando parcerias com a Secretaria do Estado de Agricultura e Abastecimento, Emater, Incra, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) e Ocepar. O objetivo das parcerias capacitar 1,5 mil técnicos na capital e no interior para auxiliar o produtor rural no cadastramento de suas propriedades.

Mantega recebe ruralistas para tratar de problemas na cadeia produtiva do leite

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Mantega recebe ruralistas para tratar de problemas na cadeia produtiva do leite
17/10/2013

Mantega recebe ruralistas para tratar de problemas na cadeia produtiva do leite

A reunião vai tratar de problemas relacionados à política tributária da cadeia do leite
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) desistiu ontem (16) de tentar aprovar novo requerimento convocando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), acertar, para a próxima terça-feira (22), um encontro do ministro com representantes do colegiado.

A reunião vai tratar de problemas relacionados à política tributária da cadeia do leite, que motivou a aprovação, na semana passada, de requerimento de convocação de Mantega. A convocação, no entanto, foi anulada ontem (15) pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sob o argumento de que houve desrespeito ao regimento durante a votação da proposta.

Onyx Lorenzoni acusa o governo de represar créditos tributários e de se apropriar indevidamente de créditos das empresas da cadeia produtiva do leite.

Segundo Lorenzoni, apesar de a legislação prever a possibilidade de compensação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na produção de outros derivados do leite, muito produtores que trabalham somente com o leite UHT (conhecido como longa vida), não estão podendo fazer essa compensação.

Universo Agro

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nota de repúdio à invasão da sede da CNA em Brasília

Nota de repúdio à invasão da sede da CNA em Brasília

Assessoria de Comunicação da CNA

A CNA entende esta invasão como uma grave violação ao Estado de Direito. Por isso, lamenta o episódio e se mantém firme na defesa da reforma do processo de demarcação





A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) repudia e lamenta a violenta invasão de sua sede na tarde de ontem, 3 de outubro, em Brasília, por indígenas liderados e incitados por militantes não índios e representantes de organizações, como o Conselho Missionário Indigenista (Cimi). O Cimi e a chamada Mídia Ninja transmitiram e noticiaram a invasão em tempo real, nas redes sociais.

A presença e atuação de representantes de ONGs internacionais e até de falsos indígenas foram identificadas, comprovando de forma irrefutável a manipulação desses povos por entidades, como a Fundação Nacional do Índio (Funai), que deveria protegê-los.

Não índios pintados e paramentados como se indígenas fossem estavam ali com o objetivo de intimidar não só os funcionários da instituição, como cada um dos mais de 5 milhões de produtores rurais que, neste instante, trabalham no campo para produzir alimento para todos os brasileiros. Invasões, infelizmente, são, hoje, a realidade de centenas de pequenas propriedades e fazendas produtivas do Brasil.

A CNA entende esta invasão como uma grave violação ao Estado de Direito. Por isso, lamenta o episódio e se mantém firme na defesa da reforma do processo de demarcação, que deve ser aprimorado e decidido pelo Poder Legislativo como representante de todos os brasileiros, índios e não índios. A CNA entende que o Congresso é o fórum apropriado para mediar as demandas do conjunto da sociedade, considerando a violação de direitos que tem atingido os produtores rurais em diversos estados.

Reafirmamos nossa disposição para o diálogo direto com os indígenas, sem a intermediação perniciosa de organismos que usam estes brasileiros como massa de manobra, com objetivos ideológicos e/ou comerciais.

Informamos que estamos analisando as fotografias e filmagens, realizadas ao longo de uma hora de invasão para tomar as medidas cabíveis, inclusive recorrendo ao Poder Judiciário e à Polícia Federal. A segurança jurídica é imprescindível ao bom desempenho de qualquer setor da economia, sobretudo o agropecuário, que é responsável por 22,4% do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos e 37% das exportações brasileiras.

Publlicado em: 04/10/2012.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Indígenas arrombam portão e invadem sede da CNA, em Brasília

Indígenas arrombam portão e invadem sede da CNA, em Brasília

Assessoria de Comunicação da CNA

Invadiram o saguão de entrada, ameaçando e intimidando, não só a segurança e os funcionários, como também os visitantes que participavam de reuniões técnicas nas dependências da CNA





A sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi invadida na tarde desta quinta-feira em Brasília, por cerca de 500 índios de várias etnias e militantes da causa indígena. Armados com bordunas e arco e flecha, eles arrombaram um dos portões que dá acesso ao prédio pouco depois das 16 horas. Em seguida, invadiram o saguão de entrada, ameaçando e intimidando não só a segurança e os funcionários da Casa, como também os visitantes que participavam de reuniões técnicas nas dependências da CNA.

Aos gritos de “fora Kátia Abreu”, eles passaram a bater os pés e tocar chocalho, entoando cânticos de guerra enquanto davam voltas em torno do hall de entrada da sede da entidade. A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, encontrava-se em agenda oficial em Palmas, no Tocantins. Só ao final de uma hora de manifestação dentro do prédio, que teve seus elevadores desligados pela segurança para evitar acidentes, os manifestantes se convenceram da ausência da senadora e desocuparam a CNA.

Publlicado em: 03/10/2013.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Porque não é preciso correr atrás do Cadastro Ambiental Rural, o CAR

Notícia

27/9/2013

Porque não é preciso correr atrás do Cadastro Ambiental Rural, o CAR



O produtor rural não precisa correr atrás do Cadastro Ambiental Rural, o CAR, cuja ferramenta eletrônica é o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR). Essa a melhor tradução das explicações oferecidas pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao lançar no sábado, dia 28, em Porto Alegre, esse Cadastro que servirá de monitoramento de todas as propriedades rurais do país.

Explique-se.

Numa atitude correta, a ministra entendeu a necessidade de existir um período de preparação, de treinamento, que ocorrerá de outubro a dezembro, para o pleno entendimento do SISCAR. Ela própria vai percorrer o país em contatos pessoais oferecendo as explicações necessárias e deverá vir ao Paraná no final de outubro ou início de novembro.

Inicialmente o SISCAR estará off-line, isto é o Ministério do Meio Ambiente vai disponibilizar Cds com as instruções para o preenchimento do SISCAR em todo o país. Essa ferramenta só estará on line (na Internet) após a publicação em Diário Oficial do decreto da Presidente da República, o que está previsto para ocorrer até o final do ano. Portanto, oficialmente, será a partir deste decreto com as normas, prazos e instruções, que o produtor deverá buscar se cadastrar pelo SISCAR.

Assim, nos últimos três meses deste ano haverá tempo necessário para que se tirem as dúvidas naturais que ocorrerão em relação ao cadastramento ambiental. Já no início deste mês, a engenheira agrônoma Carla Beck, responsável pela área ambiental da FAEP, coordenará fases de treinamentos para multiplicadores do nosso Estado.


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Proprietários rurais têm até hoje para pagar o ITR

Proprietários rurais têm até hoje para pagar o ITR

Daniel Lima

O prazo para a entrega da Declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) do exercício de 2013 termina hoje (30)



O prazo para a entrega da Declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) do exercício de 2013 termina hoje (30). Um guia com perguntas e respostas está disponível na página da Receita Federal na internet.

A instrução normativa que aprovou o programa de computador destinado ao preenchimento da declaração foi publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de agosto. Para instalar o programa, o proprietário rural terá que ter outro aplicativo conhecido como máquina virtual Java (JVM), na versão 1.6.0 ou superior.

São três as versões com instaladores específicos do programa gerador da declaração. As versões são compatíveis com os sistemas operacionais Windows, Linux e Mac OS X.

O programa de computador para o preenchimento da declaração poderá ser encontrado na página da Receita na internet. Para transmitir a declaração, é necessário instalar também no computador o programa Receitanet, disponível no site. Após 30 de setembro de 2013, a declaração deve ser apresentada pela internet ou em mídia removível, como pendrive ou disco rígido externo, nas unidades da Receita, durante o horário de expediente.

O imposto devido poderá ser pago por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento feito no Brasil; Título da Dívida Agrária (TDA) do tipo escritural, ou seja, custodiado em uma instituição financeira, correspondente a até 50% do valor devido; transferência eletrônica de fundos mediante sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela Receita Federal a operar com essa modalidade de arrecadação.

Devem apresentar a declaração do ITR o proprietário, o titular do domínio útil ou possuidor, a qualquer título, de imóvel rural, exceto o imune ou isento. Também deve apresentar o titular do domínio útil ou possuidor, a qualquer título, de imóvel rural, imune ou isento, para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural.

A multa para quem perder o prazo é 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido - não podendo o seu valor ser inferior a R$ 50,00 no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, além de multa e juros. No caso de imóvel rural imune ou isento, a não apresentação da declaração no prazo implica multa de R$ 50,00.

Fonte Original: Agência Brasil

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Embrapa espalha segredos da lagarta Helicoverpa na internet

Embrapa espalha segredos da lagarta Helicoverpa na internet26/9/2013

Embrapa espalha segredos da lagarta Helicoverpa na internet


O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a tática mais eficiente para combater insetos como a Helicoverpa armigera, mas antes de mais nada é necessário conhecer seus hábitos e características. Com essa perspectiva, a Embrapa resolveu espalhar na internet, pelo site www.embrapa.br/alerta-helicoverpa, os segredos da lagarta. Difundido às vésperas do plantio da safra 2013/14, o site especial tenta reforçar a defesa das plantas.

Perguntas e respostas, notícias em texto e vídeo, palestras em módulos e informações científicas estão no endereço eletrônico. Para os sojicultores, há dados reunidos em www.embrapa.br/helicoverpa-soja.

Alvo
A lagarta Helicoverpa armigera ataca principalmente as estruturas reprodutivas de uma série de plantas: soja, milho, algodão, feijão, tomate.

Esconderijo
Posiciona-se nas flores e vagens da soja, onde multiplica-se muito rapidamente. É facilmente confundida com outras espécies como a Helicoverpa zea.

Manejo
O monitoramento das lavouras deve ser constante. As lagartas suspeitas devem ser levadas a laboratórios. O controle químico exige orientação técnica.

Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Logística reversa: a expressão soa difícil, mas contém um bom princípio

Lição ambiental

Xico Graziano

Logística reversa: a expressão soa difícil, mas contém um bom princípio


Logística reversa: a expressão soa difícil, mas contém um bom princípio. Introduzido na gestão ambiental, estabelece uma corresponsabilidade: quem gera resíduo também deve cuidar da sua reciclagem. Tarefa para a verdadeira sustentabilidade.

Alguns exemplos ilustram o assunto. Veja na iluminação doméstica. Desde as ameaças do apagão de 2001, as antigas lâmpadas incandescentes, aquelas com filamentos que produzem luz (e calor) quando acesas, foram condenadas por causa do seu elevado consumo de energia. Acabaram substituídas por novos produtos, mais econômicos e bem mais longevos, embora mais caros: as lâmpadas florescentes. Os cidadãos se sentiram mais "ecológicos" ao promover a troca da tecnologia.

Acontece que, embora menos perdulárias em energia, as lâmpadas fluorescentes apresentam metais pesados em seu conteúdo vaporoso, característica que as toma inimigas do meio ambiente. Essa toxicidade exige que seu descarte seja cuidadoso, evitando especialmente contaminar as águas, superficiais ou subterrâneas. Por isso, quando uma lâmpada dessas parar de funcionar, ela deve ser levada a um ponto certo de coleta, para ser corretamente reciclada, Pergunto: você conhece algum lugar amigável desses?

De minha parte, nunca vi. Ninguém liga para o recolhimento de lâmpadas usadas. A situação é grave, pois a cada ano se fabricam 250 milhões de unidades fluorescentes e somente 6% delas, no descarte, entram no circuito da reciclagem. As demais se misturam com o lixo comum, enterradas nos aterros sanitários depois de terem os seus vapores mercuriais vazados no estouro dos invólucros envidraçados. Poluição somada ao desperdício.

Noutros ramos de consumo se detecta facilmente semelhante problema. O Brasil tornou-se recordista mundial na geração per capita do chamado "lixo eletrônico". Joga-se a ermo, anualmente, cerca de milhão de toneladas de celuLres televisores, aparelhos de som, computadores, juntamente com seus transformadores, codificadores, placas, circuitos e tantos componentes mais. Além do volume, estupendo, nos circuitos eletrônicos utilizam-se metais como cádmio, chumbo, berílio e também compostos químicos que, se queimados, liberam toxinas perigosas. Pergunto novamente: onde dispor corretamente os velhos aparelhos?

Difícil. Aqui e acolá, é verdade, se descobrem lugares para o descarte ambientalmente correto de baterias. Com aparelhos velhos, uma ou outra loja os aceitam. Tudo o que se faz, porém, representa pouco pe-rante o tamanho da problemática, que só faz crescer. Basta vasculhar as gavetas das escrivaninhas domésticas para se encontrar porcaria eletrônica encostada, principalmente carregadores de celular, petrechos que nunca se acoplam no telefone novo recém-adquirido. Dá até dó ver aquela bagunça eletrônica emaranhada.

Embalagens de eletrodomésticos, cheias de isopores, recipientes plásticos de cosméticos e xampus, vasilhames de produtos alimentares, vassouras e rodos de limpeza domiciliar, por onde se observa se percebe essa incrível geração de resíduos sólidos, típica da sociedade de consumo. Os poderes públicos, com honrosas exceções, pouco atuam na coleta seletiva, entregando o problema às cooperativas de catadores, aos coitados moradores de rua. Desse dilema nasceu a Logística reversa.

Incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010), a legislação brasileira consolidou-a como boa prática ambiental. Mas, como sempre, a sistemática demora a sair do papel. As empresas resistem a montar estratégias e estruturas para retirar do mercado os restos das mercadorias que fabricam.

Existe, todavia, uma exceção: trata-se do setor de agrotóxicos. É surpreendente.

Fruto de profícuo entendimento na cadeia produtiva, intermediado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, empresas, produtores Rurais, di stribuidores comerciais, sindicatos, cooperativas e associações apoiaram a Lei 9.974 (2000), que estabeleceu a obrigatoriedade das empresas fabricantes de recolherem as embalagens dos produtos vendidos aos agricultores. Pouco tempo depois, as multinacionais criavam o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade destinada a gerenciar o sistema, avançando pioneiramente na agenda da Logística reversa. Pasmem: dos agrotóxicos.

Antes, a situação no campo andava complicada. Sem saber como proceder com os frascos vazios, os produtores Rurais os enterravam, queimavam, jogavam nas bibocas, e até inadvertidamente os reutilizavam como recipientes para servir água aos animais, pondo em risco a saúde dos bichos, a sua própria e a do meio ambiente. Construída a solução, articulados com as cooperativas e com os revendedores, a ela aderiram. Em massa.

Hoje os agricultores compram seus pesticidas e os utilizam, fazem a chamada "tríplice lavagem" dos recipientes vazios - necessária para eliminar resíduos tóxicos - e os retornam para as 414 unidades de recolhimento espalhadas pelo território nacional. Estas direcionam as embalagens usadas para nove centrais de reciclagem, incluindo uma fábrica de aproveitamento ("ecoplástieo") de resina, montada em Taubaté (SP). Marcha à ré na rota da poluição no campo.

Exemplar, a experiência brasileira bateu o recorde mundial no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos, recolhendo, em 2012, 94% do volume de recipientes. Esse índice supera longe o de países desenvolvidos, como Alemanha (76%), França (66%), Japão (50%), Austrália (30%) e Estados Unidos (30%). Feito sensacional da moderna Agricultura brasileira.

A lição ambiental que vem da roça serve para a cidade. Basta querer fazer. Lâmpadas queimadas, ou lixo eletrônico, deveriam ser entregues na porta dos vendedores. Ou dos fabricantes. Eles que se virem.

Agrônomo, Foi Secretário de Agricultura e Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo




Quebra de safra nos EUA beneficia sojicultores do País

Notícia

 Quebra de safra nos EUA beneficia sojicultores do País
13/9/2013

Quebra de safra nos EUA beneficia sojicultores do País

Relatório do USDA elevou a estimativa de produção norte-americana de milho de 349,6 milhões de toneladas para 351,6 milhões
O relatório de setembro Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de oferta e demanda mundial de grãos, divulgado ontem, colocou o Brasil novamente na primeira posição da produção de soja da safra 2013/14, o que pode favorecer os preços de comercialização e exportações dos produtores paranaenses.


De acordo com os dados do USDA, a produção norte-americana da oleaginosa caiu para 85,7 milhões de toneladas, sendo que a previsão inicial era de 90 milhões de toneladas. A produção brasileira saltou de 85 milhões para 88 milhões de toneladas, sendo 42,4 milhões de toneladas direcionadas às exportações. O País deverá manter a posição de primeiro produtor e exportador mundial.


De acordo com a economista Federação Paranaense do Estado do Paraná (Faep), Gilda Bozza, que realizou uma análise do cenário e a compilação dos dados do USDA, o resultado é consequência da forte estiagem que atingiu os Estados Unidos nos últimos meses. A produtividade em solo americano deve ficar em 2,7 mil quilos por hectare."Acredito que é uma quebra razoável e deve influenciar o mercado mundial. Os preços da soja devem reagir com esse novo relatório."


Para o chefe de conjuntura do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretária de Agricultura do Paraná (Seab), Marcelo Garrido, o aumento das cotações deve ser momentâneo. Garrido acredita que o Brasil pode ganhar ainda mais espaço com essa quebra, caso ela se consolide ao longo da próxima safra.


O plantio começará no Paraná no próximo dia 20 de setembro e o volume de produção poderá atingir 22,6 milhões de toneladas, cerca de 3,6% menos que no mesmo período da safra passada (2012/13), que chegou a 23,4 milhões de toneladas. "O Brasil pode se beneficiar, mas ainda é cedo para dizer. Temos que aguardar como será a colheita da soja americana. Em relação aos preços, eles podem aquecer neste momento, mas não acredito que deve permanecer assim", comentou.


Já para o milho, o USDA elevou a estimativa de produção norte-americana de 349,6 para 351,6 milhões de toneladas, o que acabou surpreendendo o mercado, que esperava queda. Para o Brasil, a produção foi mantida em 72 milhões de toneladas e as exportações retificadas em 18 milhões de toneladas. Com a produção prevista, o Brasil fica na terceira posição, atrás dos EUA e da China. "Como o milho norte-americano foi plantado atrasado, o grão acabou sofrendo menos com a seca", salientou a economista da Faep, Gilda Bozza.


Por fim, a produção de trigo nos EUA permaneceu em 57,54 milhões de toneladas, com exportações previstas na casa de 29,9 milhões de toneladas. Em território nacional, a produção prevista é de 4,7 milhões de toneladas - a mesma do relatório de agosto - e importações estimadas em 7,7 milhões de toneladas.


Folha de Londrina


terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Comissão de Agricultura aprova revogação de exigência de georreferenciamento rural

10/9/2013

A Comissão de Agricultura aprova revogação de exigência de georreferenciamento rural


A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural revogou a exigência de certificação georreferenciada de imóveis rurais em todas as situações em que o memorial descrito altere o registro. A revogação está no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 913/13, que revoga partes do Decreto 4.449/02.

Pela a Lei de Registros Públicos (6.015/73), essa exigência é restrita às hipóteses de desmembramento, loteamento, remembramento e transferência da propriedade.

O georreferenciamento é um procedimento em que são feitas medições do imóvel, utilizando inclusive vistas aéreas, de acordo com o Sistema Geodésico Brasileiro, conforme parâmetros estabelecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

De acordo com o autor do texto, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), o "normativo infralegal alarga o regime de certificação para além das situações previstas na lei, abrangendo, indevidamente, todos os demais atos registrais dos imóveis rurais".

O relator, deputado Lira Maia (DEM-PA), concorda com Caiado. "A imposição regulamentar ultrapassou o comando legal quando passou a exigir a descrição georreferenciada a toda e qualquer situação em que o memorial descritivo altere o registro", afirma.

Prazos

O Decreto 4.449/02 fixou também prazos dentro dos quais o proprietário deve apresentar o georeferenciamento dos imóveis rurais. O texto prevê intervalos de 90 dias a 20 anos, de acordo o tamanho das propriedades - de 5 mil hectares ou mais até menos de 25 hectares.

Transcorridos os prazos, caso o produtor rural não cumpra essa exigência, ficará proibido de desmembrar, parcelar ou remebrar, assim como transferir o imóvel. Essa parte também é revogada pelo projeto.

Tramitação

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e terá de ser votada em Plenário.

Para ler a íntegra da proposta: PDC-913/2013

Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Marketing da discórdia- Xico Graziano - O Estado de S. Paulo

O Estado de S. Paulo

Marketing da discórdia

Xico Graziano

Toni Ramos que se cuide. Ao virar garoto-propaganda da Friboi, o ator meteu-se numa encrenca que mobiliza o setor de carne bovina no Brasil


Toni Ramos que se cuide. Ao virar garoto-propaganda da Friboi, o ator meteu-se numa encrenca que mobiliza o setor de carne bovina no Brasil. Os pecuaristas vislumbram, com temor, a formação de poderoso cartel entre os frigoríficos. Ruim para a boiada, péssimo para o churrasco.

Começou há meses esse embaraço. Articulada com o apoio da conceituada ONG Amigos da Terra, uma série de reportagens do Fantástico (TV Globo) mostrava, com imagens horríveis, a triste situação dos abatedouros municipais no País. Moscas, ratos, urubus misturavam-se à sujeira sanguinolenta, atestando absoluta falta de higiene no descame das reses. As matérias induziam o telespectador a descobrir a origem da carne que consumiam. Cuidado com a carne clandestina.

A tese está correta. O serviço de inspeção veterinária é fundamental para verificar a existência, no animal abatido, de certas zoonoses, como tuberculose e cistieèrcose, potencialmente transmissíveis aos humanos. Ademais, somente profissionais habilitados conseguem avériguar as adequadas condições de asseio, impedindo a contaminação local da carne. A morte do bicho ainda deve seguir as regras do abate humanitário, amenizando seu sofrimento. Nenhum frigorífico poderia funcionar sem obedecer a tais exigências.

Ao que tudo indica, porém, houve um jogo combinado. Logo na sequência daquele impactante jornalismo, começou a ser veiculada umaforíe campanha de marketing enaltecendo a excelência da camè oriunda da Friboi. As peças publicitárias sugerem ao consumidor que somente o produto dessa empresa garante a qualidade do bife. Foi essa mensagem que irritou profundamente a senadora Kátia Abreu (PR-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em discurso na tribuna do Senado, a líder ruralista denunciou um "marketing enganoso" no ramo de comércio da carne bovina. Reforçando sua posição em artigo publicado na Folha de S.Paulo (Arquitetura do monopólio, 19/8), a parlamentar acusou o Grupo JBS, dono da marca Friboi, de se aproveitar de vultosos empréstimos obtidos no BNDES (acima de R$ 7 bilhões) para buscar o monopólio do setor. Com respaldo do poder público, estaria ocorrendo um "massacre publicitário" contra as demais empresas frigoríficas do País.

Apolêmica avolumou-se. Roberto Smeraldi, sério ambientalista, responsável pela ONG Amigos da Terra, safou-se do conluio em favor do monopólio da carne. Disse apenas lutar, honestamente, pelo direito do consumidor de usufruir um produto sadio, mostrando ter servido de inocente útil na jogada do poderio econômico. O núcleo da questão reside no seguinte: seria saudável apenas a carne oriunda de grandes frigoríficos, ou os pequenos abatedouros também conseguiriam assegurar a qualidade de seu produto?

A legislação sobre a inspeção sanitária de produtos de origem animal no Brasil vem desde 1950. Atualizada em 1989,estabeleceu três níveis, crescentemente rigorosos, para o trabalho de fiscalização. Funciona assim: para a venda apenas dentro de cada município, vale o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), a cargo das prefeituras; a distribuição em nível intermu-nicipal exige o Serviço de Inspeção Estadual (SIE), mantido pelos governos; sendo o negócio nacional ou internacional, manda o Serviço de Inspeção Federal (SIF), exercido pela União. Em qualquer um deles, a inspeção é obrigatoriamente realizada por médico veterinário pertencente ao quadro público. Um serviço estatal.

Esse modelo de inspeção, territorial e estatizante, vem sendo questionado há tempos. Em contraposição, défende-se um sistema integrado com as empresas processadoras, imputando a estas a responsabilidade de garantir a qualidade de seus produtos. Nesse caso, caberia ao Estado, com poder de polícia, verificar o cumprimento da legislação. Haveria vantagens para a produção artesanal, que seria certificada num processo distinto do industrial, e as barreiras geográficas seriam substituídas por requisitos tecnológicos. Assim se procede em quase todo o mundo.

Hoje se toma como princípio, equivocado, que o rigor na inspeção é exclusividade do SIF, sobrevalorizando o âmbito federal. Sim, é verdade, suas normativas são bastante exigentes. Mas, infelizmente, acabam definindo um padrão, oneroso e burocrático, incompatível com o processamento de pequena escala, favorecendo os grandes frigoríficos. O problema atinge outros setores. Boa parte, por exemplo, do queijo fresco, típico do interior, elaborado historicamente pelos agricultores familiares, é jogada na clandestinidade pelas normas que, em nome da qualidade, beneficiam sempre os maiores laticínios. A legislação conspira contra os singelos.

O atributo da carne na panela, ou do queijo na goiabada, não se mede necessariamente pela escala do negócio. Mais importante que fechar os abatedouros vagabundos, cabe ao poder público ajudar na transformação tecnológica dos pequenos e médios empreendimentos, que precisam ser melhorados, devidamente fiscalizados. Não é justo, nem realista, supor que as periferias metropolitanas e o interior do Brasil venham a ser abastecidos somente pelos grandes conglomerados da alimentação.

Não se pode recriminar Toni Ramos nem seus colegas artistas por ganharem seu pão. Nem mesmo a Friboi deve ser condenado por investir em sua imagem. Errado, isso sim, opera um sistema que, seja na política do BNDES, seja no esquema da inspeção sanitária, atua em favor dos poderosos. Existem cerca de 1.300 frigoríficos espalhados pelo País que contribuem, bem ou mal, para oferecer a proteína e o gosto da carne na mesa das famílias. Seria bom vê-los aprimorados, não engolidos pela truculência capitalista.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Notícia

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses
2/9/2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses


Os volumes de precipitações apresentaram uma grande variabilidade no sul do Brasil. As chuvas foram muito irregulares e ficaram acima da média entre o sul do Paraná, S.Catarina e norte do R.G.do Sul, nas demais regiões ficaram abaixo da média para a época do ano, sendo que no norte e oeste do Paraná, praticamente não choveu ao longo do mês. O solo vem mantendo bons níveis de água para o bom desenvolvimento das lavouras nas áreas central, sul e leste do Paraná, porém, no oeste e norte do estado, o solo apresenta grande deficiência hídrica. Nas Regiões Sudeste e Centro-oeste praticamente não chove nesta época do ano, sendo assim, as chuvas ficaram dentro da média na maior parte destas regiões.

Durante o mês de agosto, tivemos a passagem de três massas de ar frias, uma no começo do mês, com intensidade moderada e outras duas muito fortes, que provocaram geadas generalizadas na maior parte da Região Sul do Brasil. Uma em meados do mês e a outra no final de agosto, que foi a mais intensa, com formação de geadas inclusive no sul de S.Paulo e centro-sul do M.G.do Sul. As temperaturas, em geral, ficaram dentro da média, mas as observações mostraram os extremos, massas de ar quentes intercaladas com massas de ar muito frio, causando quedas acentuadas nas temperaturas no decorrer do mês.

Quanto ao comportamento das temperaturas das águas superficiais, no Oceano Pacífico Equatorial, bem como os padrões de circulação de grande escala, não apresentaram grades mudanças nos últimos meses e, continuam mantendo o mesmo padrão próximos à média, seguindo a tendência de neutralidade. As temperaturas da superfície do mar, nas áreas mais a leste do Oceano Pacífico, continuam apresentando valores um pouco mais baixos que o normal e nas áreas central e oeste mantiveram-se dentro da normalidade, como podemos observar na figura 01. As condições climáticas em escala global, observadas ao longo de agosto continuam indicando uma situação de "neutralidade climática" (nem "El Nino" e nem "La Nina"), para os próximos meses, conforme podemos observar na sequência das figuras 02 a 05.

Com os prognósticos climáticos indicando uma tendência de neutralidade para os próximos meses, continuamos com a tendência de chuvas muito irregular, intercalando períodos curtos que concentram chuva acima da média com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, para o centro-sul do Brasil. Para as regiões Centro-oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar dentro da média, nos próximos meses. Vale ressaltar que nestas regiões as chuvas começam a ocorrer gradativamente a partir de meados de setembro.
As temperaturas também não mudam muito seu comportamento, para o centro-sul do Brasil, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperaturas, a exemplo do que ocorreu no decorrer do mês de agosto. Os extremos de temperatura se acentuam. Nas demais Regiões do Brasil, as temperaturas seguem com os valores dentro da média.

Luiz Renato Lazinski
Meteorologista
INMET/MAPA

Presidente da Faep avalia cenário atual do agronegócio paranaense - Diário do Noroeste - Publicação dia 01/09/2013

Notícia

Presidente da Faep avalia cenário atual do agronegócio paranaense
2/9/2013

Presidente da Faep avalia cenário atual do agronegócio paranaense


As fortes geadas que atingiram o Paraná nos últimos meses provocaram grandes prejuízos no campo. A primeira, em julho, resultou em mais de R$ 1,2 bilhões em perdas, segundo números da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Café, trigo e milho foram as culturas mais prejudicadas, apontou Ágide Meneguette, presidente da Faep.


Ele esteve ontem em Paranavaí e participou da cerimônia de posse da presidência do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Norte e Noroeste do Paraná (Nurespar). Na ocasião, concedeu entrevista ao Diário do Noroeste e fez uma avaliação da atual situação do agronegócio paranaense.


Meneguette disse que apesar das perdas provocadas pelas ondas de frio deste inverno, muitos produtores estavam protegidos por algum tipo de seguro. A estimativa do presidente da Faep é que 90% dos agricultores e pecuaristas tenham direito a receber reembolso.


Além das variações climáticas, outra preocupação dos produtores rurais é com o investimento em novas tecnologias. O presidente da Faep disse que alguns setores estão mais avançados do que outros, mas afirmou que todos têm buscado melhorias, para aumentar a competitividade.


Por causa disso, o Paraná está entre os estados mais desenvolvidos do Brasil quando o assunto é produtividade, com destaque para a produção de frango, trigo, soja e pecuária de leite. A diversificação é favorável. "O agronegócio tem sustentado a economia do país. No nosso estado não é diferente, principalmente por causa de mix de culturas", avaliou Meneguette.

A Faep reúne 187 sindicatos rurais de todo o Paraná e 72 mil produtores. Entre as entidades que compõem a Faep, 25 integram o Nurespar, que desde ontem é presidido por Ivo Pierin Junior, de Paranavaí.


Ele assumiu o lugar de Guerino Guandalini, de Astorga, e ficará à frente da entidade por dois anos. A intenção de Pierin Junior é incrementar as discussões voltadas para a promoção do desenvolvimento regional. "Queremos estabelecer ações conjuntas com todos os sindicatos, buscar novas experiências e técnicas de produção que deram certo em outras regiões do Paraná e em outros estados".

Diário do Noroeste
Publicação dia 01/09/2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CNA não pleiteou e não pleiteia o aumento da contribuição sindical

Canal do Produtor

CNA não pleiteou e não pleiteia o aumento da contribuição sindical

Assessoria de Comunicação da Cna

Tendo em vista matéria sobre contribuição sindical publicada hoje (27/8) no Jornal Valor Econômico, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informa:





Tendo em vista matéria sobre contribuição sindical publicada hoje (27/8) no Jornal Valor Econômico, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil informa:

1. A CNA não pleiteou e não pleiteia o aumento da contribuição sindical.

2. A CNA jamais tomou a iniciativa de propor um projeto de lei visando ao aumento da contribuição sindical rural. A proposta inicial, que hoje tramita na Câmara, foi apresentada em 2010 pelo senador Gerson Camata (PMDB-ES). Apensado a ela está o Projeto de Lei 1491/2011, de autoria do deputado federal Laércio Oliveira (PR-SE).

3. A CNA não avalizou a tabela de reajuste da contribuição sindical que consta do projeto.

4. O Conselho Jurídico da CNA, reunido em 17 de abril passado para avaliar o impacto deste projeto, concluiu que a proposta, tal como foi apresentada, é “inviável para o sistema rural”, conforme registro em Ata.

5. Também consta na Ata desta reunião do Conselho Jurídico sugestão de retirada de pauta do projeto, “diante da realidade enfrentada pelo país, principalmente pelo Nordeste, em razão da seca”.

6. Parecer técnico da CNA, encaminhado ao relator do projeto, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), em 6 de agosto deste ano, alertou que “os pequenos e médios produtores seriam drasticamente prejudicados” pela proposta de reajuste da contribuição mínima, hoje fixada em R$ 26,03.

7. Neste documento, a CNA propôs a exclusão da Pessoa Física rural da tabela de aumento, para que seja mantido o valor mínimo atual de R$ 26,03, atualizado pela última vez em 2004.

8. Para não sujeitar o produtor rural à regra geral do aumento, o Conselho sugeriu a inclusão, no artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de tratamento diferenciado para o setor.

9. Em e-mail enviado ao relator, a assessoria institucional da CNA admitiu a possibilidade de acompanhar apenas a contribuição anual de R$ 141,53 para Pessoa Jurídica, tal como foi proposto no substitutivo do deputado Roberto Santiago.

Brasília, 27 de agosto de 2013


Publicado em: 27/08/2013.



 




SI - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

SI - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Após recuo em cotações, soja vale o triplo do milho

Após recuo em cotações, soja vale o triplo do milho

José Rocher e Cassiano Ribeiro

O placar que abre a safra de grãos 2013/14 - num momento de cotações um terço abaixo das registradas um ano atrás - dá para a saca de soja valor de três a quatro vezes maior que o da saca de milho (o normal é 2 x 1)







O placar que abre a safra de grãos 2013/14 – num momento de cotações um terço abaixo das registradas um ano atrás – dá para a saca de soja valor de três a quatro vezes maior que o da saca de milho (o normal é 2 x 1). De um lado, os negócios no mercado internacional anunciam desvalorização das commodities agrícolas. De outro, cresce o abismo entre os preços dos dois principais produtos da agricultura do Brasil.

O corte de 9,23 milhões de toneladas na previsão de safra dos Estados Unidos, há uma semana, não foi suficiente para mudar a tendência de desvalorização de soja e milho no longo prazo, conforme os especialistas. O mercado mostrou-se inicialmente surpreso, mas logo se conformou. As notícias de problemas climáticos no cinturão de produção e sobre vendas volumosas para a China forçam altas na Bolsa de Chicago, mas com efeito temporário.


Plantio de verão começa pelo milho, nos próximos dias

A alta próxima de 20% no dólar impede uma queda maior nos preços da soja em real. No milho, a supersafra de inverno – que rende 45 milhões de toneladas, com expansão de 15%, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – anula o efeito cambial e mantém a saca abaixo de R$ 10 em Mato Grosso. Nem os leilões do governo conseguem animar as vendas.

O quadro acentua a tendência de os produtores brasileiros optarem pela oleaginosa no verão, analisa Robson Mafioletti, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Os preços cobrem os custos, mas as margens de 45% estão em forte declínio.

Porém, um grande ponto de interrogação desafia os especialistas. Poucos arriscam apontar este como um momento bom para vendas antecipadas, e o mercado segue em compasso de espera. Mato Grosso e Paraná, líderes em produção, venderam perto de 10% e 25% da produção de soja, apontam as consultorias privadas. Esses índices estão dentro das médias históricas, mas o atraso de 20 (PR) e 25 pontos (MT) pode representar perdas de bilhões de reais.

“Estamos num período de altas no mercado de soja em Chicago pelo risco de queda na produtividade. O movimento dura até a primeira quinzena de setembro”, aponta Stefan Tomkiw, que atua em Nova Iorque pela Jefferies & Company. “Se não ocorrer o pior, a tendência é que as previsões da colheita sejam elevadas, como ocorreu no ano passado, após a seca histórica”, pondera Mafioletti.

A redução da previsão de safra dos Estados Unidos, pelo Departamento de Agricultura do país (Usda), funcionou como um paraquedas para os preços, avalia o consultor Étore Baroni, da FC Stone, especializado em comércio internacional. Ele acredita que os números darão incremento de US$ 1 por bushel no preço médio da oleaginosa, tornando menos provável o risco de queda abaixo de US$ 10/bushel em janeiro de 2013, quando a colheita brasileira estará engrenando.

3 sacas de milho são necessárias comprar uma saca de soja. Tradicionalmente, a relação é de 2 por 1. Em Mato Grosso, o placar chega a 4 por 1.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VEJAM O QUE MARINA SILVA PENSA DOS PRODUTORES RURAIS

Vejam o que Marina Silva pensa dos produtores rurais

Assessoria de Comunicação da CNA

Em artigo, ela ataca o direito de propriedade dos produtores brasileiros





Leiam o artigo completo

"O espantalho"

Marina Silva

"Suponha que um dia, por negociação dos líderes partidários, fosse aprovada uma lei determinando que todos os títulos de propriedade de terras, das menores fazendas às grandes "plantations" do agronegócio, só seriam válidos depois de analisados, um a um, pelo Congresso Nacional.

Veríamos os donos da terra brasileira invocando o direito humano e divino de que seriam beneficiários desde os primórdios da civilização. Muitos deles já o fazem, com grande alarde, sempre que uma porção de terra é destinada a atender uma demanda social ou tem sua exploração subordinada a um critério ambiental. Para eles, o direito à propriedade privada é ancestral, sagrado, e se sobrepõe aos direitos e funções sociais, considerados menores e periféricos.

O que estão fazendo com os direitos dos índios, especialmente com seu acesso à terra, consagrado na Constituição como direito originário, é a relativização política de um imperativo ético que fundamenta a noção de pátria, submetendo aos interesses de alguns aquilo que é um bem da nação e dos povos que constituem sua diversidade étnica.

A abertura da terra indígena à exploração mineral, cuja promoção prática se tenta legitimar mudando a lei, é típica da sangria de um continente definido por Galeano com as "veias abertas". Os mitos do progresso na sociedade do consumo uniram-se a uma espécie de nacionalismo torto, anti-indígena, para gerar um espantalho em que o povo brasileiro não se reconhece.

A PEC 215 e o projeto de lei nº 227 agridem a Constituição. Extinguir os direitos indígenas, substituindo-os pela negociação política economicamente monitorada, é crime de lesa-humanidade. De todos os retrocessos socioambientais, o caso indígena é mais trágico, pois resulta em fatal ameaça à sua existência física e simbólica.

Foi preciso que os índios dessem um susto nos deputados, invadindo o plenário da Câmara em abril, para que esses projetos fossem retardados e tivessem um prazo para análise e debate público. Passado o susto, a esperteza volta a fazer manobras para aprovar o que lhe dita o setor mais atrasado do agronegócio.

Assassinatos, agressões, suicídio, fome... nada comove os que fabricam o espantalho. A Funai mostra imagens de índios isolados e um representante do atraso diz que eles foram "implantados" lá onde se refugiam. A ministra da Casa Civil anuncia a suspensão de demarcações e diz que não há índios onde até as pedras sabem que há. Depois se espantam com a crítica das ruas. E os que desistiram dos jovens pateticamente apelam para que os jovens não desistam deles.

Quantas vezes os guaranis-kaiowás de todas as aldeias e cidades precisarão dizer e assinar de próprio punho que o Brasil verdadeiro ama os índios e se reconhece neles?"

Fonte Original: Folha de São Paulo

Publicado em: 16/08/2013.