terça-feira, 31 de janeiro de 2012

NOTA OFICIAL

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NOTA OFICIAL 
30/1/2012

NOTA OFICIAL

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) lamenta a perda do seu vice-presidente, presidente do Sindicato Rural de Assis Chateaubriand e deputado federal Moacir Micheletto, ocorrida na tarde desta segunda feira (30), em acidente rodoviário, próximo à cidade de Assis Chateaubriand.

Catarinense de Xanxêre (SC), 69 anos, formado em Agronomia, Micheletto chegou ao Oeste do Paraná em 1968 como primeiro engenheiro agrônomo na região, e em 1973 passou a residir em Assis Chateaubriand.

Ao longo de sua trajetória sempre exerceu diversos cargos e atividades ligadas à agricultura e como deputado federal, em seis mandatos, se notabilizou nas comissões ligadas à economia rural. Recentemente presidiu a Comissão Especial  do Novo Código Florestal.

"O Paraná e o Brasil perdem um grande parlamentar que tinha consciência do que o setor agropecuário representa para a economia e nunca se omitiu na defesa dos produtores. A ausência de Moacir Micheletto ao nosso lado na diretoria da FAEP e no parlamento se constitui numa perda irreparável", disse o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette.

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A marcha do agronegócio


O Estado de S. Paulo

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A marcha do agronegócio

Da Redação

A agricultura brasileira tem se capitalizado e se mantém como uma das mais competitivas do mundo

Embora as últimas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indiquem que a produção nacional de grãos em 2012 deve ficar em 158,44 milhões de toneladas - 2,8% a menos que na safra 2010/2011 -, não há sinal de problemas no abastecimento interno ou de dificuldades nas exportações do agronegócio. A quebra da produção agrícola na Região Sul por causa da seca será em boa parte compensada pelo aumento da produção dos Estados do Centro-Oeste, onde haverá boas safras, se tudo correr como esperado. O Estado de Mato Grosso reflete bem essa situação, prevendo-se que a safra de soja que começa a ser colhida alcance 22 milhões de toneladas, um novo recorde, em uma área plantada de 65,9 milhões de hectares.

Essas projeções deixam claro, mais uma vez, que a agricultura brasileira - mesmo tendo os riscos típicos da atividade agravados pelas deficiências estruturas em termos de transporte, armazenagem, etc. - tem se capitalizado e se mantém como uma das mais competitivas do mundo.

Com a incorporação de novas zonas produtivas nas últimas décadas, o País deixou de ser dependente de fenômenos climáticos localizados, fator que ajudou a consolidar a sua posição como um dos principais fornecedores de alimentos do mundo. Além disso, as cotações elevadas obtidas pelas commodities agrícolas exportadas têm contribuído para que o setor agrícola se capitalizasse no Centro-Oeste, de modo que já não é totalmente dependente de financiamentos de bancos e de trading companies, o que tende a favorecer novos investimentos.

Embora os juros de financiamentos agrícolas sejam inferiores aos de mercado, representam sempre um ônus e muitos produtores se queixam de não ter acesso a empréstimos de bancos oficiais, devido à burocracia. Uma alternativa ao financiamento bancário é a venda antecipada da produção a tradings internacionais, antes mesmo do plantio do produto. Nesse caso, não há burocracia, mas as comissões cobradas pelas empresas são elevadas, reduzindo consideravelmente a renda dos produtores.

A capitalização que se observa no Centro-Oeste, embora longe do que seria de desejar, significa, na visão de especialistas, o ingresso da região em um novo ciclo. Como se recorda, de meados da década de 1990 até 2005, investiu-se muito em mecanização naquela região, com base em financiamentos concedidos pelo BNDES por meio do programa Moderfrota. Ao mesmo tempo, os produtores ficavam ao sabor da obtenção de empréstimos de custeio.

Esse quadro vem mudando. Segundo dados da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso, a participação de bancos oficiais e de tradings na última safra foi de apenas 18% - contra quase 50% em 2005 - evidenciando o grau de capitalização dos produtores. Como relatou um produtor local ao jornal Valor (25/1), ele adquiriu, nos últimos cinco anos, novas colheitadeiras, dois pulverizadores, quatro motores e quatro plantadeiras para sua propriedade de nove mil hectares. Investiu nisso 60% do seu próprio bolso, financiando apenas 40%. São relatados casos em que a mecanização foi feita inteiramente com recursos próprios.

Com mais dinheiro em caixa, os produtores têm mais condições para arcar com despesas de custeio, como a compra de sementes e compra de fertilizantes e defensivos, pagando à vista, o que reduz de 15% a 20% o custo de produção.

Nota-se que, com o aumento das restrições ambientais, com mais controles visando à preservação das matas nativas, e o consequente aumento do preço das terras já cultivadas, os produtores são levados a buscar mais produtividade, o que exige o uso de maior volume de adubos e defensivos. Embora as cotações das commodities agrícolas, de modo geral, não tenham retornado ao pico de 2008, ainda são atraentes. Como os preços do milho e da carne bovina estão em alta, a safrinha do milho ou milho de sequeiro, cultivado de janeiro a abril, promete ser também elevada no Centro-Oeste. Muitos produtores têm optado também por aumentar o rebanho de gado. Outras alternativas são as culturas de algodão e feijão combinadas com a da soja. Com essa diversificação, os produtores procuram defender-se da oscilação dos preços internacionais.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Acaso e competência

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Acaso e competência
24/1/2012

Acaso e competência


A agricultura brasileira tem sido celebrada, com razão, pelo dinamismo e competitividade, que se baseiam, antes de mais nada, na qualificação, empreendedorismo e tenacidade dos agricultores, características que contradizem a imagem distorcida que uma parcela da sociedade ainda tem do produtor rural. Sem reduzir os méritos do agricultor, uma avaliação da trajetória recente revela que o acaso tem dado uma mãozinha, ora prejudicando ora evitando crises cujo risco deveria ser afastado por um planejamento setorial e políticas agrícolas consistentes.
Basta examinar os movimentos de preços, taxa de câmbio e clima para intuir o papel do azar no processo; em momentos críticos, nos quais a valorização do Real poderia ter inviabilizado segmentos importantes do agronegócio, os preços internacionais alcançaram níveis recordes que permitiram a remuneração do produtor e compensaram a pesada ineficiência sistêmica que onera o sistema produtivo brasileiro. Em outros, a desvalorização do Real ajudou a evitar o pior. Trata-se de um jogo perigoso, em particular em se tratando de um setor estratégico para a economia brasileira.
A estiagem que afeta os países do Mercosul já provocou grandes e irreversíveis prejuízos para a produção agrícola brasileira. São 655 municípios em situação de emergência, aproximadamente 3 milhões de pessoas atingidas, com perdas da produção de soja, milho, feijão, leite, frutas e hortigranjeiros estimadas em R$ 10 bilhões. A situação do Rio Grande do Sul assume o grau de catástrofe, com 65% dos municípios em situação de emergência e mais de R$ 6 bilhões em prejuízos imediatos e que deverão se propagar pelas economias locais nos próximos anos.
No Paraná as perdas de mais de 4 milhões de toneladas de soja, milho e feijão serão minimizadas pela adesão dos produtores rurais aos mecanismos de proteção contra perdas climáticas, o seguro agrícola privado voltado para os médios e grandes produtores ou o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), destinado aos pequenos produtores. Vale lembrar que a estiagem que castigou a safra paranaense de 2005/06 (quebra de 5 milhões de toneladas de grãos) é equivalente à atual, mas naquele ano os produtores não contavam com o seguro agrícola, foram obrigados a absorver a maior parte do prejuízo e a renegociar as dívidas em bancos. Foi a última grande crise do setor.
O seguro agrícola privado só é viável devido ao aporte do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, que cobre 50% do custo das apólices. No Paraná, em torno de 45% dos produtores de milho e 75% dos produtores de soja teve acesso ao seguro e a adesão só não foi total porque o governo federal, por miopia, pifou no cumprimento do orçamento do programa, liberando apenas R$ 252 milhões dos R$ 406 milhões previstos para 2011. No Rio Grande do Sul a cobertura é bem menor e logo estaremos assistindo às renegociações de dívidas dos produtores rurais impossibilitados de pagar os financiamentos, às quais aderem os oportunistas e têm elevados custos para o Tesouro Nacional e para a própria imagem dos produtores rurais.
Apesar da reconhecida importância do seguro o futuro do Programa continua incerto. A Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovou apenas R$ 174 milhões para 2012, um retrocesso que representa um dos menores valores dos últimos anos e que cobriria apenas 6% da área agrícola do País.
O governo parece alimentar a expectativa de que os preços internacionais elevados compensem a perda da safra, previsão que pode ser frustrada devido à crise internacional. No mercado doméstico preços agrícolas mais elevados não garantem a remuneração do produtor mas pressionam a inflação e os custos de produção, com efeitos negativos para a competitividade e os consumidores.
Tudo indica que as ineficiências sistêmicas da agricultura brasileira poderão vir à tona neste 2012. Já é mais que hora de reduzir o papel do acaso no futuro da agricultura brasileira e levar a sério os riscos previsíveis.
Fonte: Artigo publicado no Jornal Estado de São Paulo de 24/01/2012 assinado por Antônio Márcio Buainain (UNICAMP), Pedro Loyola (Federação de Agricultura do Estado do Paraná) e Pedro Abel Vieira (Pesquisador Embrapa Negócios Agropecuários).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ágide Meneguette é reeleito para a presidência da FAEP

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Ágide é reeleito para a presidência da FAEP 
23/1/2012

Ágide é reeleito para a presidência da FAEP


Em votação realizada nesta segunda feira, durante Assembleia Geral da Federação da Agricultura do Paraná, o engenheiro agrônomo Ágide Meneguette foi reeleito para a presidência da entidade no triênio 1012/2015.

Ao agradecer a reeleição o presidente da FAEP reafirmou seu histórico compromisso de defesa do setor rural paranaense, base econômica do Estado e garantidor da balança comercial brasileira.

"Quero agradecer e lembrar que meu comportamento é o mesmo desde que assumi essa cadeira e se hoje temos o respeito do país pelas nossas ações é porque temos uma estrutura interna  e sindicatos fortes e atuantes", disse.

A Assembleia da FAEP foi prestigiada pelo governador Beto Richa e pelos secretários Norberto Ortigara, da Agricultura e Abastecimento, e Ricardo Barros, de Indústria e Comercio.

"Temos uma extraordinária relação com as entidades do agronegócio. O governo está afinado e sintonizado com as causas dos produtores", disse o governador.

Já o presidente reeleito da entidade lembrou: "Temos uma relação excelente com o governo do Estado, de mão dupla. A administração do Beto vem cumprindo os compromissos assumidos e propondo programas que irão ajudar a fortificar a agricultura e a agropecuária paranaenses".

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Na Assembleia Geral da FAEP, Governador reafirma compromisso com o campo

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Na Assembleia Geral da FAEP, Governador  reafirma compromisso com o campo 
23/1/2012

Na Assembleia Geral da FAEP, Governador reafirma compromisso com o campo

Pela primeira vez um governador do Estado participa da Assembleia Geral do Sistema FAEP que inclui a eleição da diretoria para a gestão 2012/2015 e ocorre nesta segunda feira (23), em Curitiba. Uma centena de presidentes de sindicatos rurais participam da eleição cuja chapa é  comandada pelo engenheiro agrônomo Ágide Meneguette.
O evento contou com a presença do governador Beto Richa e dos secretários Norberto Ortigara, da Agricultura e Ricardo Barros, de Indústria e Comércio. Pela primeira vez na história da FAEP um governador participa de sua Assembleia Geral. A presença do governador tem o simbolismo das boas relações existentes entre o poder público estadual e o setor rural, a partir de janeiro do ano passado.
E o presidente Ágide Meneguette lembrou desse fato ao discorrer sobre sua última gestão (2009/2012) ao agradecer a presença dessas autoridades.

O governador
Durante o evento o governador Beto Richa destacou as boas relações com a Federação e com os produtores rurais, lembrando que o crescimento do Paraná está baseado na atividade agropecuária, base da economia estadual.
"Tenho acompanhado de perto o crescimento dessa federação. O Ágide é intransigente na defesa do produtor rural e estar ao seu  lado é muito importante", disse o governador.
Richa  reforçou as boas relações de seu governo com o setor rural, lembrando que "nossos compromissos assumidos com o campo tem sido honrados".
Como exemplo ele citou a Agencia Paraná de Desenvolvimento que hoje é uma realidade e a ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) criadas no final do ano passado.
Beto fez ainda um balanço de outras medidas tomadas no primeiro ano de sua administração. Entre elas a questão do pedágio. "Estamos levantando as planilhas e os contratos e traremos um retorno ao que o Àgide nos solicitou", afirmou. Ele ressaltou a capacidade do governo para o dialogo o que tem permitido desocupações sem necessidade de uso da força policial, o que se traduz em maior tranquilidade aos produtores rurais. E anunciou a instalação de 60 patrulhas rodoviárias no Estado atendendo demanda de prefeitos e produtores rurais para a melhoria de estradas rurais.

Ortigara

O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, também falou da importância da parceria para construção de  uma agenda comum em 2011.
Ao reforçar o compromisso de trabalho conjunto com a nova gestão da FAEP, o secretário falou das ações do governo buscando proteger a renda do produtor e o desafio do seguro rural. "Estamos iniciando a participação direta na subvenção do seguro do milho safrinha e viabilizando a produção.  O agricultor é sempre credor das ações governamentais,  ele produz e  gera riquezas e precisa da atenção dos governos".

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Previdência 2012 – Tabela

  • Previdência 2012 – Tabela
    1. 18 janeiro, 2012
    2. Nova Tabela de Contribuições Previdenciárias a partir de janeiro/2012
    3. (Portaria Interministerial MPS/MF 02 de 06/01/2012 – DOU de 09/01/2012)
    4.  
    5. A Portaria Interministerial MPS/MF 02/2012 estabelece, a partir de 01/01/2012, o valor mínimo de R$ 622,00 e o valor máximo de R$ 3.916,20 para o  salário-de-contribuição e o salário-de-benefício previdenciários. (Art. 2º)
    6. A cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade,  passa a ser: (Art. 4º)
    7. ü R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80;
    8. ü R$ 22,00 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.
    9. A portaria estabelece também os novos valores de salário-de-contribuição para o INSS referente aos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos.
    10. TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO,
    11. EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO,
    12. PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2012
    13.  
    1. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

    2. (R$)
    1. ALÍQUOTA PARA FINS DE
    2. RECOLHIMENTO AO INSS
    1. até 1.174,86
    1. 8,00%
    1. de 1.174,87 até 1.958,10
    1. 9,00%
    1. de 1.958,11 até 3.916,20
    1. 11,00 %
  • terça-feira, 17 de janeiro de 2012

    Aprovação do Código Florestal vai provocar perda de áreas produtivas, afirma relator

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    Aprovação do Código Florestal vai provocar perda de áreas produtivas, afirma relator 
    17/1/2012

    Aprovação do Código Florestal vai provocar perda de áreas produtivas, afirma relator

    Deputado federal Paulo Piau afirma que ocorrerão muitas mudanças para o campo e para a cidade

    O relator do Código Florestal na Câmara dos Deputados, o deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG), afirma que a aprovação do texto gerará muitas mudanças para o campo e para a cidade. Ele aponta incluisve que haverá perdas de áreas produtivas.

    - Haverá perdas porque nós iremos resgatar áreas, como por exemplo, reserva legal. O pequeno produtor, de até quatro módulos fiscais, não precisa recompor sua reserva legal. O que estava em 22 de julho de 2008 é o que ficará. Mas o produtor médio e o grande, ele tem que recompor a sua reserva legal. Pode ser 50% com plantas exóticas ou compensando dentro do bioma, ou seja, comprando áreas fora da sua propriedade ou região. Tem ainda as APPs, que consideramos sagradas. Todos terão a obrigação de buscar de volta essas áreas - afirma.

    Segundo ele, assim que a lei for sancionada, será para valer.

    - Nós temos uma legislação ambiental hoje ligada ao campo e à cidade que não pode ser aplicada. Ela está absolutamente fora do contexto, da realidade brasileira. A grande necessidade desse novo Código Florestal é trazer clareza e saber o que cada cidadão deve cumprir para estar legal perante a lei. Recomendo a todos que procurem entender o que é a lei e verificar qual o seu compromisso para não sofrer com as penalidades - aponta.

    O texto do deputado será levado à apreciação dos deputados nos dias 6 e 7 de março.

    TIRAR O CAVALO DA CHUVA

    EXPRESSÃO – TIRAR O CAVALO DA CHUVA

    TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
    – Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!

    No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

    EXPRESSÃO – CUSTAR OS OLHOS DA CARA


    EXPRESSÃO – CUSTAR OS OLHOS DA CARA
    – Significado: Serve para designar preços exagerados em qualquer relação comercial.
    Histórico: Um costume bárbaro de tempos muito antigos deu início ao uso dessa expressão. Consistia em arrancar os olhos de governantes depostos, de prisioneiros de guerra e de pessoas que, por serem influentes, ameaçavam a estabilidade dos novos ocupantes do poder. Pagar alguma coisa com a perda da visão tornou-se sinônimo de custo excessivo, que ninguém poderia pagar.

    segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

    Câmbio alivia queda das commodities em 2011

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    Câmbio alivia queda das commodities em 2011 
    16/1/2012

    Câmbio alivia queda das commodities em 2011


    A alta do dólar frente o real não foi suficiente para proteger os produtores brasileiros da queda nos preços internacionais de algumas das principais commodities agrícolas em 2011, mas ajudou a minimizar a pressão baixista vinda das bolsas internacionais.

    Levantamento realizado pelo Valor Data mostra que os preços da soja, do açúcar, do algodão e do trigo, que sofreram recuos expressivos no mercado externo no ano passado, ficaram mais baratos também quando convertidos na moeda brasileira.

    Afetados principalmente pela crise de confiança entre os investidores e pelo desaquecimento da economia mundo afora, os mercados agrícolas registraram perdas expressivas no ano passado. Em Nova York, os contratos de algodão e açúcar amargaram baixas de 33,3% e 21,7%, respectivamente. Já os contratos em dólar de soja e trigo mergulharam 13,9% e 18,2% na bolsa de Chicago.

    Em contrapartida, também influenciado pelo ambiente de aversão ao risco, o dólar foi na direção contrária e amorteceu o impacto da queda das commodities no mercado interno. A valorização de 12,5% na comparação com o real não foi suficiente para compensar integralmente as perdas, mas aliviou o pouso.

    Convertidos em reais, os preços do algodão e do açúcar caíram 25% e 11,9%, enquanto as cotações da soja e do trigo foram reduzidos em 3,1% e 7,9%.

    Ao menos do ponto de vista da relação preço-câmbio, o milho foi o grande vencedor em 2011. Embora tenha encerrado o ano muito abaixo das máximas, a commodity foi a única a fechar 2011 no azul no mercado internacional. Nos 12 meses, os contratos em dólar avançaram 2,87% em Chicago. Convertidos em reais, o avanço ficou acima de 15,8%. Os cafeicultores também não têm do que reclamar: apesar da queda de 5% em Nova York, os preços em moeda brasileira avançaram quase 7%.

    Contudo, o câmbio teve uma influência decisiva sobre a manutenção dos níveis de preço domésticos quando se consideram apenas os últimos quatro meses do ano, depois que o cenário externo se deteriorou de modo acentuado, e as tendências observadas para o câmbio e os preços nos nove primeiros meses do ano foram revertidas.

    De janeiro a agosto, a cotação do dólar frente o real havia acumulado uma queda de 4,7%, enquanto várias commodities ameaçavam retornar aos níveis históricos (pré-crise) de 2008. A partir do mês de setembro, o cenário mudou radicalmente.

    Dali até dezembro, o dólar saltou mais de 18% e os mercados agrícolas sofreram a maior queda desde o colapso de o que se seguiu à quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008.

    A soja resume bem o efeito que o câmbio teve sobre a renda dos produtores nos últimos meses. Embora os preços de referência, em dólar, tenham caído mais de 17% desde setembro, os preços de exportação, em real, cederam pouco mais de 2%. Algodão, milho, trigo, que também sofreram perdas de dois dígitos no exterior, tiveram oscilações positivas na conversão.

    O analista de commodities da Jefferies Bache em Nova York, Vinícius Ito, observa que um dos efeitos do "bônus cambial" foi o aumento da competitividade brasileira e o estímulo às exportações.

    Os embarques de soja, que geralmente são residuais no fim de ano, deram um salto de mais de 400% nos meses de novembro e dezembro. Só no mês passado, foram despachadas 1,46 milhão de toneladas da oleaginosa, contra 292 mil toneladas um ano antes.

    "O mercado de câmbio é muito maior do que o de commodities, então é natural que o preço da soja se ajuste ao câmbio dos maiores produtores - e não o contrário", afirma Ito. Em outras palavras, "se o real não tivesse se desvalorizado, os preços em dólar provavelmente teriam se mantido em níveis mais altos", acrescenta.

    A economista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, afirma que, embora tenha dado alguma sustentação aos preços domésticos, o dólar mais alto ataca a competitividade brasileira pela via dos custos de produção. Algumas das principais matérias-primas utilizadas pela agricultura, como fertilizantes e agrotóxicos, são diretamente afetadas pelo comportamento do câmbio.

    Apesar disso, o efeito ainda não será sentido na safra 2011/12, já que os insumos do último plantio foram comprados quando o câmbio ainda se encontrava em patamares baixos. "Não houve nenhum grande descompasso na safra atual. De modo geral, o cenário foi positivo para os produtores", afirma.

    Fonte: Valor Econômico

    sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

    REGIÃO SUL TERÁ FIM DE SEMANA CHUVOSO, PREVÊ INMET

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    Região Sul terá fim de semana chuvoso, prevê Inmet 
    13/1/2012

    Região Sul terá fim de semana chuvoso, prevê Inmet

    No Rio Grande do Sul, que tem sofrido com a estiagem, devem ocorrer pancadas fortes e queda de granizo

    A frente fria que está sobre a Região Sul deixa o final de semana chuvoso. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que chova forte, com queda de granizo, até a segunda-feira (16/1).

    Nesta sexta-feira (13/1), o dia permanece encoberto com pancadas de chuva em áreas isoladas do Paraná e de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, estado mais atingido pela estiagem nos últimos meses, devem ocorrer pancadas fortes com trovoadas e queda de granizo.

    Em Santa Catarina, deve chover principalmente no início e no fim do dia nos municípios do extremo-oeste, oeste e meio-oeste. A chuva, pela manhã, será intensa por alguns momentos, com temporal isolado, queda de granizo e rajadas de vento.

    O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Epagri) ressalta que a chuva será persistente, o que favorece maior infiltração de umidade no solo. Porém, reforça que na área de estiagem não será suficiente para resolver os problemas da falta de água.

    No Paraná, o tempo continua instável. Há condições para o registro de rajadas de vento de moderadas a fortes. Boletim do serviço de meteorologia do estado (Simepar) confirma que ao longo da madrugada as precipitações ocorreram com intensidade fraca, mas de forma contínua entre o oeste e sudoeste.

    Fonte: Globo Rural

    quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

    Terras do PR estão entre as mais caras do mundo

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    Terras do PR estão entre as mais caras do mundo 
    10/1/2012

    Terras do PR estão entre as mais caras do mundo

    Áreas agrícolas do estado sobem 20% após valorização das commodities. Um hectare chega à média de R$ 25 mil em Cascavel e Maringá

    As terras agrícolas do Paraná tiveram alta de aproximadamente 20% no ano passado e, em regiões produtivas e logisticamente bem estruturadas, estão entre as mais caras do mundo, mostram os dados do setor. A valorização foi identificada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) e está relacionada aos preços dos grãos.

    Um hectare (10 mil metros quadrados) passa de R$ 30 mil em municípios como Cascavel (Oeste) e Maringá (Noroeste), patamar considerado recorde. A cotação média nessas regiões chega a R$ 25 mil/ha, considerando apenas negócios efetivados. Conforme as últimas pesquisas divulgadas pela imprensa norte-americana, as áreas produtivas não atingem média equivalente a R$ 20 mil no cinturão de produção de grãos, o Corn Belt, mesmo depois de valorização anual de 30%.

    "Não há muito segredo na variação dos preços das terras. Quando o preço da soja cai, as propriedades ficam mais baratas. Quando ocorrem altas expressivas [como aconteceu de 2010 para 2011], eles disparam", avalia Carlos Hugo Godinho, técnico do Deral. A pesquisa que acaba de ser divulgada considera os preços praticados em novembro.

    A escalada dos preços mostra que não existem tantas áreas disponíveis para a ampliação imediata da produção de grãos, avalia Daniela de Paula Rocha, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela diz que o quadro não é exclusividade dos estados do Sul, onde a agricultura se expande há mais tempo, mas de todo o Brasil.

    A estimativa do governo federal é que o país dispõe de mais de 50 milhões de hectares agricultáveis subaproveitados, sem contar florestas. No entanto, aponta Daniela, essas áreas podem estar indisponíveis à produção por problemas logísticos ou por questões ambientais.

    À frente do Paraná, São Paulo tem as terras mais caras do Brasil, conforme a FGV. A instituição identificou negócios em que o preço de um hectare "de primeira" chegou a R$ 41 mil em Limeira, no interior paulista.

    Apesar de não haver uma pesquisa nacional que adote uma metodologia padronizada de monitoramento dos preços, a FGV informa que a região de Maranhão, Tocantins e Piauí é a que mais tem registrado aumento no preço das terras, com elevações de mais de 100% em menos de dez anos. Um hectare no Piauí, no entanto, ainda vale menos de R$ 10 mil.

    Nessas regiões de terras mais baratas, a valorização é provocada não só pelo aumento nos preços das commodities. A própria especulação imobiliária estaria acelerando os preços, acrescenta Daniela.

    A previsão dos especialistas para 2012 é de reajuste menor que o de 2011 em todas as regiões. Apesar de estarem valorizadas, as cotações das commodities agrícolas não devem aumentar no mesmo ritmo que provocou os reajustes do ano passado, consideram.

    Valorização torna horticultura atividade de alto investimento

    O encarecimento da terra faz com que o agronegócio se torne uma atividade que exige capital inicial cada vez mais elevado. O produtor de soja que está entre os mais eficientes e lucra R$ 2 mil por hectare ao ano tem rendimento de 10% sobre o patrimônio. Esse efeito ocorre também em pequenas propriedades.

    João Paulo Opuckevicz, 22 anos, de Prudentópolis, planta verduras em 5 mil metros quadrados - o equivalente a meio campo de futebol -, mas relata que tem R$ 70 mil empenhados no negócio. Para aumentar a rentabilidade da propriedade familiar, fez curso de empreendedorismo e precisa ampliar constantemente a produção, com novas técnicas e alternativas de cultivo, como o pepino. Se usar apenas o dinheiro que consegue economizar na atividade, vai levar mais de dez anos para dobrar o tamanho dos canteiros.

    O valor recebido na venda das terras é apontado pelos especialistas como um fator de estímulo ao êxodo rural. Na última década, 835 mil jovens saíram do meio rural no país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, 80 mil trabalhadores entre 15 e 24 anos deixaram o campo entre 2000 e 2010.

    Os preços das áreas de mais de 10 mil hectares, por outro lado, não estão subindo tanto, conforme os especialistas. Como negócios desse porte movimentam centenas de milhões de reais, o desânimo entre fundos e investidores estrangeiros, provocado pela crise internacional, teria sido suficiente para frear os reajustes, pelo menos temporariamente.

    No entanto, os preços elevados foram suficientes para fazer com que uma fazenda de 500 hectares - tamanho que os produtores consideram viável para o cultivo de grãos no longo prazo - passasse à casa de R$ 10 milhões no Oeste do Paraná. Essa área é necessária para aproveitar bem uma colheitadeira de última geração, por exemplo, que por sua vez pode exigir investimento de mais de R$ 1 milhão.

    Código Florestal

    Impulso a novos negócios

    A votação final do novo Código Florestal, prevista para março, tende a dar novo impulso aos negócios envolvendo terras agrícolas, afirma a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Daniela Rocha. Ela considera que a regularização das áreas que não têm reserva legal ampliará o número de imóveis disponíveis.

    Atualmente, pela própria valorização das terras, a efetivação de negócios é um fato relativamente raro nas regiões produtoras de grãos. Os agricultores relatam que, quando alguém decide vender, acaba tendo de esperar um comprador com disponibilidade de recursos. E, quando há passivo ambiental, as negociações esfriam.

    As propriedades que possuem florestas em proporção maior que a exigida pela lei, valem até quatro vezes menos. As que não possuem mata suficiente, precisam compensar de alguma forma esse déficit para atraírem investidores.

    Com a regularização prevista no novo Código Florestal, no entanto, considera Daniela, mesmo terras classificadas como inaproveitáveis - pelo relevo e pela existência de mata - podem se tornar atrativas. Isso porque os agropecuaristas poderão usar essas terras para compensar a ausências de matas em imóveis rurais usados exclusivamente no cultivo agrícola.

    Fonte: Gazeta do Povo - José Rocher

    terça-feira, 10 de janeiro de 2012

    10 janeiro, 2012
    A portaria do MTE nº 2. 546 de 14 de dezembro de 2011, alterou a redação do item 31.12 ” Segurança no trabalho em Máquinas e Implementos Agrícolas” da Norma Regulamentadora nº 31 – (NR-31).
    Conheça a alteração da NR-31