quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"ESCLARECIMENTOS SOBRE O ACORDO DA MONSANTO"

No último dia 21, o ministro Ricardo Villas Boas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o recurso especial da Monsanto, que pretendia ampliar a vigência da patente da soja RR1. O ministro entendeu, seguindo jurisprudência da Segunda Seção do STJ, que a patente vigorou até 31 de agosto de 2010. Ou seja a questão da validade da patente continuará sendo discutida na justiça.

Diante disso a Monsanto emitiu uma nota oficial que pode ser acessada neste site em "Outras Notícias" no ´titulo "Esclarecimento sobre o acordo da Monsanto" .

Alguns produtores ainda tem dúvidas.

Veja esses esclarecimentos


1 -O produtor deve pagar os royalties da soja RR1?

Não. A Monsanto comunicou que adiou a cobrança de royalties da soja RR1 no Brasil até que haja decisão final no Supremo Tribunal Federal. A empresa pretende continuar documentando e mantendo as informações comerciais relativas aos produtores que usam a soja RR1 durante este período de adiamento da cobrança.

2 - Assinei o acordo com a Monsanto que continha os termos de quitação geral e o de licenciamento da soja Intacta RR2. Como posso proceder?

Há três opções: manter o acordo, cancelar o acordo ou substituir pela nova versão do acordo. Essa nova versão está disponível no site www.monsanto.com.br - nas cooperativas e revendas da Monsanto. O novo acordo excluiu os termos de licenciamento da soja Intacta RR2, mantendo apenas as questões referentes a soja RR1.

Não foi definido ainda um prazo final para assinatura do acordo.

3- Se não assinar o acordo é possível entrar com uma ação judicial?

A decisão de assinar o acordo é individual, de cada produtor. Portanto, aquele que optar por não assinar, poderá entrar com uma ação judicial solicitando a devolução do que pagou após agosto de 2010.

Saiba mais: Monsanto adia cobrança de royalties

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Monsanto adia cobrança de royalties

Notícia

Monsanto adia cobrança de royalties
26/2/2013

Monsanto adia cobrança de royalties

Em nota divulgada nesta terça-feira empresa apresenta solução enquanto o prazo é discutido na justiça
São Paulo, 26 de fevereiro - A Monsanto trabalhou com diversas lideranças do setor rural do Brasil para estabelecer um caminho no que diz respeito à soja RR1 no país. Em consequência, a empresa adiará a cobrança de royalties da soja RR1 no Brasil, até que haja decisão final da justiça.
A companhia pretende continuar documentando e mantendo as informações comerciais relativas àqueles que usam a soja RR1 durante este período de adiamento na cobrança.
No Brasil, a soja RR1 é protegida por vários direitos de propriedade intelectual, inclusive patentes. De acordo com a legislação brasileira, a Monsanto busca corrigir o prazo de uma de suas patentes brasileiras para essa tecnologia até 2014. Esse assunto ainda está pendente de decisão judicial e a Monsanto recorreu da recente decisão do Superior Tribunal de Justiça. Após manifestação final do STJ, a decisão definitiva ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal.
Os agricultores que preferirem uma solução imediata e definitiva podem fazê-lo por meio de uma versão simplificada do termo de quitação geral. Os agricultores que assinaram a primeira versão desse termo poderão mantê-la, encerrá-la ou substituí-la pelo novo documento que está disponível no site: www.monsanto.com.br
A Monsanto e as lideranças rurais reconhecem que a biotecnologia tem um importante papel na agricultura brasileira ao proporcionar maior eficiência no campo e aumento de produtividade. Também reconhecem que a propriedade intelectual e o pagamento das tecnologias a cada uso viabilizam a inovação. A Monsanto continua aberta ao diálogo com os agricultores e seus representantes de forma a pavimentar o caminho para novas tecnologias na agricultura brasileira.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Chuva põe em risco qualidade da soja

Chuva põe em risco qualidade da soja


Se na temporada passada a estiagem tirou o sono dos produtores de soja da Região Sul, nesta safra a chuva tem prejudicado a colheita do grão no Mato Grosso e também em áreas isoladas do Paraná. De acordo com técnicos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as três últimas semanas foram de chuvas contínuas, o que dificultou a retirada da oleaginosa dos campos.

O excesso de água fez a umidade alcançar a marca de 30% nos grãos que estão sendo colhidos, enquanto o ideal é 14%. O problema derruba a qualidade da produção, que precisa passar por intenso processo de secagem antes de seguir para a indústria.

O obstáculo maior neste ano foi o plantio antecipado, pois os produtores pretendiam colher cedo para poder entrar com a safrinha de milho no campo. "Como o pessoal plantou cedo, o trabalho de colheita concentrou na época de chuva", explica o superintendente do Imea, Otávio Celidonio.

A solução encontrada pelos produtores que possuem armazéns é guardar os grãos avariados e, posteriormente, misturar com o de melhor qualidade. "Quem não tem armazém está entregando soja úmida e ardida", afirma Celidonio.

Paraná

No Paraná também há produtores colhendo com umidade de 30%, segundo a da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). No Oeste do estado, os relatos são de perda de produtividade em função da chuva incessante. "O pessoal aproveita as poucas janelas sem chuva para colher a soja úmida mesmo", relata o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Anderson Roberto dos Santos.

Na Fazenda São Jorge, administrada por Gentil Aparecido Teixeira, no município de Campina da Lagoa, distante 100 quilômetros de Campo Mourão, 25% da área de 1,3 mil hectares ocupada pela soja foram perdidos. E ainda existe o risco de outros 104 hectares serem abandonados.

"Nunca, nos 13 anos que trabalho aqui, perdi uma lavoura por chuva. É tanta [chuva] que a terra não está aceitando mais água e a lavoura está se transformando em banhando", conta Teixeira. Antes do período de chuva, que começou há três semanas, a colheita rendeu 55 sacas por hectare. "A produtividade vai cair, com certeza."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Paraná irá implantar novo Cadastro Ambiental Rural

Notícia

Paraná irá implantar novo Cadastro Ambiental Rural 
22/2/2013

Paraná irá implantar novo Cadastro Ambiental Rural

O Estado do Paraná irá implantar no primeiro semestre de 2013 o Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Regularização Ambiental, criados a partir do novo Código Florestal brasileiro (Lei Federal nº 12.651/2012). Para isso, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná estão se reunindo com representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.


O primeiro passo desta ação foi a publicação em Diário Oficial, em dezembro de 2012, da Resolução Conjunta Sema/IAP nº 09, que suspende por até 180 dias o cadastro e a averbação da reserva legal em propriedades rurais no Estado. Durante este período, técnicos trabalham para que a definição de um novo modelo de cadastramento estadual esteja em consonância com as novas legislações federais.


Segundo o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, a suspensão foi bastante discutida com o setor produtivo. "A suspensão é uma exigência legal formalizada nos termos de compromissos firmados com a União e foi discutida com os representantes do setor agroindustrial, como Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Sistema Ocepar e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), de forma a não prejudicar o desenvolvimento do Estado", afirmou.


No período de suspensão, os licenciamentos ambientais serão emitidos sem a obrigatoriedade do cadastro - junto ao Sistema de Manutenção, Recuperação e proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente - ou com alguma notificação, devendo constar nas condicionantes que tal obrigatoriedade será exigida após definição das novas normas. A fiscalização desta obrigatoriedade também fica suspensa no período.


Os casos de unificação e/ou desmembramento dos imóveis que não possuem as reversas legais averbadas precisam aguardar o prazo definido pela Resolução. Os que estão averbados podem seguir os procedimentos normais.


O mesmo acontece nos casos em que foram firmados Termos de Compromisso de Manutenção, Compensação e Recuperação de Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente que foram firmados com o IAP devem ser cumpridos.


CAR
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) criado com a implantação do novo Código Florestal prevê o cadastramento das reservas legais e de áreas de proteção ambiental de todas as propriedades rurais do País. O Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama, vem firmando convênios com os estados para ceder imagens de satélite e sistemas de informática para que os proprietários rurais cadastrem seus imóveis.


O Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a implantar o cadastro de averbação das áreas de proteção nas propriedades rurais em 2004 com a criação do Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (Sisleg). O Estado mantém o pioneirismo em adotar o CAR e é um dos 10 primeiros do Brasil a firmar convênio com o Governo Federal.


A preocupação do Governo do Estado é com a manutenção dos cadastros feitos por 100 mil proprietários rurais. "Não queremos perder os cadastros feitos e nem penalizar aqueles que sempre estiveram de acordo com a legislação ambiental, de forma que eles precisem fazer um novo cadastro", afirmou o presidente do IAP.

DIVERGENCIA ENTRE MOSNANTO E PRODUTORES PERTO DO FIM


ROYALTIES

 

Divergência entre Monsanto

e produtores perto do fim

 

Aproxima-se de uma solução a divergência entre Monsanto e entidades de produtores rurais sobre pontos do acordo de utilização das sementes transgênicas de tecnologia RR. Na última quarta-feira (20.02) a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) publicou nota oficial rejeitando a minuta do acordo apresentado pela empresa, afirmando que não eram os mesmos “termos da Declaração de Princípios firmada entre as partes”.

ACORDO - A FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que na última quinta feira (21.02) a Monsanto “concordou com os argumentos expostos pela entidade para refazer o acordo individual existente entre os produtores e a empresa”. A conciliação foi selada em encontro ocorrido na sede da CNA em Brasília.

A divergência era em relação a uma parte da minuta na qual, além da renúncia a qualquer ação judicial em relação à RR1, o produtor rural aceitava também os termos de licenciamento que a Monsanto propunha em relação à nova semente transgênica Intacta RR2, a ser lançada em breve.

RR2 - O ponto do acordo que foi refeito pela Monsanto é o artigo 5º, que trata da questão especifica da RR2: “Este documento não constitui licença de uso para outras tecnologias em soja que venham a ser disponibilizadas pela Monsanto. Em a Monsanto lançando comercialmente no Brasil soja contendo outras tecnologias, e na hipótese do Produtor optar pela utilização dessa soja, o Produtor concorda que será necessária assinatura prévia de um Acordo com a Monsanto para licenciamento de uso das referidas tecnologias”.

A empresa, através de sua assessoria de imprensa, reafirmou sua disposição de chegar a um acordo na questão. “A Monsanto mantém o diálogo aberto com a CNA e com as Federações de Agricultura e entregou na quarta-feira (20.02) um documento que visa atender às solicitações das entidades, alinhado com os pontos da Declaração de Princípios”, afirma nota divulgada pela assessoria. (Agrolink)

O que você precisa saber sobre o acordo com a Monsanto

Notícia

 
21/2/2013

O que você precisa saber sobre o acordo com a Monsanto


1 - Por que a FAEP assinou o acordo comum com a Monsanto, CNA e outras 10 federações da Agricultura?
A FAEP considera que o acordo possibilita uma opção que representa um ganho imediato para o produtor, que é deixar de pagar pelos royalties da soja RR1 nas safras 2012/13 e nas safras futuras. A FAEP acredita que o acordo evita uma ação judicial incerta e onerosa contra a Monsanto, uma vez que a decisão final da Justiça sobre a validade da patente da tecnologia RR1 deve demorar. Além disso, as partes assinaram um acordo que estabelece as bases para o lançamento de novas tecnologias em soja, o que contribuirá para o aumento da produtividade da cultura.

2 - O acordo assinado pela FAEP, CNA e outras federações obriga o produtor a assinar o acordo individual com a Monsanto?
Não. O acordo firmado não obriga os produtores a assinarem o acordo individual. A decisão é individual, de cada produtor,

3 - Quais as alterações na nova versão do acordo individual que o produtor pode assinar com a Monsanto?
A nova versão individual do acordo ficou mais simplificada e foram excluídos os termos de licenciamento da soja INTACTA RR2 PRO, que vinha gerando questionamento dos produtores por se tratar de uma tecnologia ainda não disponível comercialmente. Entretanto, o agricultor que no futuro optar por plantar uma nova tecnologia terá de assinar um termo de licenciamento referente a esta tecnologia.

4 - O produtor que já assinou o acordo com a Monsanto com os termos de licenciamento da Soja Intacta RR2 PRO poderá assinar a nova versão do acordo que excluiu esses termos?
Sim. Esse documento que os produtores assinaram contendo os termos de licenciamento da tecnologia (INTACTA RR2 PRO) poderá ser substituído com a assinatura do novo acordo. Nesse caso, os produtores terão até o dia 31 de março de 2013 para assinar o novo acordo. Para os agricultores que já assinaram o termo anterior e querem estar licenciados para plantar INTACTA RR2 PRO, não há necessidade de assinar um novo acordo.

5 - Onde estará disponível a nova versão do acordo individual do produtor com a Monsanto ?
O produtor deve procurar o novo acordo para assinatura nos Pontos de Vendas da Monsanto onde adquiriu suas sementes, sua cooperativa ou multiplicador. Pode também imprimir da internet, no portal da Monsanto (www.monsanto.com.br) ou ainda nos sindicatos rurais.

6 - Quais os procedimentos para assinar o acordo ?
Como preencher:

O agricultor deverá preencher as seguintes informações do acordo:
- Nome;
- CPF;
- Endereço;
- CEP;
- Cidade / Estado.

O preenchimento de forma legível é fundamental para identificar os dados do produtor.
Reconhecer firma e enviar para a Monsanto. Recomendável fazer uma cópia e o produtor guardar uma via para si.
Após preenchimento, o agricultor deverá assinar e reconhecer sua firma em cartório, enviar uma cópia eletrônica para o email acordo.soja@monsanto.com ou via Fax (11) 3383-8733, e posteriormente o documento original para Caixa Postal: 29231 - CEP: 04578-910 - Cidade: São Paulo - SP, ou ainda, entregar no ponto de venda de suas sementes com tecnologia RR.
"SOMENTE SERÃO VÁLIDOS ACORDOS COM FIRMA RECONHECIDA."
Em caso de dúvidas entrar em contato com:
Central de Interação Monsanto (CIM) pelo telefone 0800 940 6000 ou Representante Técnica de Vendas (RTV) Monsanto da sua região.

7 - Qual o prazo final para quem ainda não tinha assinado o acordo ser beneficiado pela isenção de pagamento de royalties da safra 2012/13 e posteriores?
O prazo final depende da forma como o produtor efetua o pagamento de royalties.
- Para Boleto e pagamento antecipado na semente
O prazo final é 28 de fevereiro de 2013. Esse prazo vale para o produtor que ainda não pagou o boleto que vence em 28/02/13.
Caso o produtor tenha pago o boleto de 28/02 ou pago o royalty antecipadamente na semente, poderá ainda assim assinar o acordo até 31 de março e será ressarcido desses valores pela Monsanto.
- Para pagamento na produção (moega) - semente salva/boletos não pagos
Caso o sojicultor não tenha assinado o acordo nem pago o boleto, a partir do dia 1º de março de 2013 será feito o desconto no momento da comercialização.
- Quem não pagou, mas está para entregar a produção nos próximos dias (fev/març) ?
Nesse caso, o agricultor pode: pagar o boleto até o dia 28/02/13 ou assinar o acordo antes da comercialização dos grãos.

8 - Caso o produtor assine o acordo e entregue sua produção de soja em mais de um estabelecimento, como deverá proceder?
Nesse caso recomendamos que o produtor mantenha uma cópia do acordo assinado e com firma reconhecida. O sistema da Monsanto demora no máximo 3 dias para registrar o produtor que assinou o acordo. Caso tenha assinado o acordo num estabelecimento e entregue a produção na mesma semana em outros estabelecimentos, é recomendável manter cópia do acordo.

9 - Caso tenha assinado o acordo com os termos de licenciamento da soja INTACTA RR2 PRO e não tenha interesse em assinar o novo acordo, quais as implicações?
A assinatura dos acordos não obriga o produtor a plantar a nova tecnologia INTACTA RR2 PRO. Nesse caso o produtor estará concordando com os termos de licenciamento da soja INTACTA RR2 PRO, uma tecnologia ainda não lançada no mercado. A decisão é individual, de cada produtor.

10 - Como será o sistema de cobrança de royalties na moega da INTACTA RR2 Intacta?
Um dos termos do acordo assinado pela CNA, federações, inclusive a FAEP, é de estabelecer melhorias, de comum acordo, no sistema de cobrança pelo uso da tecnologia não paga antecipadamente. Será discutido se o sistema atual é o mais eficiente ou se há alternativas.

11 - Há dúvidas sobre a continuidade da soja RR1 no mercado. Qual o compromisso da Monsanto em relação a manter a oferta de soja RR1 e de variedades convencionais de soja e milho, quando de lançamentos de novas tecnologias como a INTACTA RR2?
Informações prestadas diretamente pela Monsanto: "Assim como a Monsoy, marca da Monsanto, é atualmente a líder de mercado no segmento de soja convencional, a Monsanto tem como estratégia oferecer um amplo leque de produtos e tecnologias para que o agricultor tenha opção de escolha no momento do plantio. Além disso, a tecnologia RR1 é oferecida tanto pela Monsanto quanto por diversas empresas licenciadas, detentoras de suas próprias variedades. É importante ressaltar que a tecnologia INTACTA RR2 PRO exige o plantio de área de refúgio, que é uma área a ser plantada sem a tecnologia INTACTA RR2 PRO."

12 - Como está a ação judicial impetrada no MT no caso da validade da patente da soja RR1?
Informações prestadas diretamente pela Monsanto: "Produtores de soja do Mato Grosso e respectivas entidades representativas estão questionando na Justiça o prazo de vigência da patente da tecnologia chamada RR1 que, segundo afirmam, teria se extinguido em 2010. A primeira decisão da justiça em outubro de 2012 foi favorável a essa tese. A Monsanto contestou a ação afirmando que esse prazo se encerra em 2014 e reverteu a decisão a seu favor. Com isso os pagamentos correspondentes estão sendo efetuados em juízo ou diretamente a Monsanto, até julgamento final de mérito. Essa ação civil data de setembro de 2012, tramitando ainda nas primeiras instâncias judiciais de Mato Grosso e deve levar ainda alguns anos para uma decisão final no Supremo Tribunal em Brasília."

Saiba Mais: A Faepreage e a Monsanto recua

Esclarecimento sobre o acordo com a Monsanto

Notícia

22/2/2013

Esclarecimento sobre o acordo com a Monsanto

Decisão do STJ referente à patente da RR1

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná - FAEP, juntamente com a CNA e outras federações, assinaram uma Declaração de Princípios com a Monsanto pelo qual produtores rurais poderiam deixar de pagar royalties pelo uso de semente de soja transgênica RR1, cuja patente está sub júdice.

No primeiro acordo apresentado aos produtores a Monsanto incluiu os termos de uso para a nova tecnologia RR2, o qual não tinha sido objeto das deliberações entre as entidades, razão pela qual a FAEP reivindicou alteração dos termos desse acordo individual dos produtores junto a Monsanto.

Na manhã da última quinta-feira (21/02/2013) na sede da CNA, as partes chegaram a termo e alteraram o acordo individual a ser disponibilizado ao produtor, excluindo os termos de licenciamento da RR2.
Portanto, o novo acordo está restrito ao não pagamento dos royalties da RR1 a partir da safra 2012/13, em contrapartida o produtor dá quitação para a Monsanto, renunciando definitivamente a quaisquer reclamações ou ações relacionadas a questões anteriores à data deste acordo.

Entretanto, decisão veiculada no final do dia 21/02/2013, o ministro Ricardo Villas Boas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o recurso especial da Monsanto, que pretendia ampliar a vigência da patente da soja RR1. O ministro entendeu, seguindo jurisprudência da Segunda Seção do STJ, que a patente vigorou até 31 de agosto de 2010.

A Monsanto informou que vai recorrer dessa decisão. Significa dizer que a questão da validade da patente continuará sendo discutida na justiça.

Por essa razão, a FAEP reitera que a declaração de princípios firmada pelas entidades não obriga os produtores a assinarem o acordo. A decisão é individual, de cada produtor, salientando apenas que aqueles que optarem por não assinar estão sujeitos à cobrança da Monsanto nas safras 2012/13 e 2013/14, salvo no caso de entrar com uma medida judicial que o abstenha do pagamento dos royalties.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Novo Cadastro Ambiental Rural ser implantado no Paraná

Rural Centro

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Novo Cadastro Ambiental Rural ser implantado no Paraná

Da Redação

O Estado do Paraná irá implantar no primeiro semestre de 2013 o Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Regularização Ambiental, criados a partir do novo Código Florestal brasileiro (Lei Federal nº 12.651/2012)


Para isso, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná estão se reunindo com representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama. O primeiro passo desta ação foi a publicação em Diário Oficial, em dezembro de 2012, da Resolução Conjunta Sema/IAP nº 09, que suspende por até 180 dias o cadastro e a averbação da reserva legal em propriedades rurais no Estado. Durante este período, técnicos trabalham para que a definição de um novo modelo de cadastramento estadual esteja em consonância com as novas legislações federais.

Segundo o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, a suspensão foi bastante discutida com o setor produtivo. “A suspensão é uma exigência legal formalizada nos termos de compromissos firmados com a União e foi discutida com os representantes do setor agroindustrial, como Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Sistema Ocepar e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), de forma a não prejudicar o desenvolvimento do Estado”, afirmou.

No período de suspensão, os licenciamentos ambientais serão emitidos sem a obrigatoriedade do cadastro - junto ao Sistema de Manutenção, Recuperação e proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente - ou com alguma notificação, devendo constar nas condicionantes que tal obrigatoriedade será exigida após definição das novas normas. A fiscalização desta obrigatoriedade também fica suspensa no período.

Os casos de unificação e/ou desmembramento dos imóveis que não possuem as reversas legais averbadas precisam aguardar o prazo definido pela Resolução. Os que estão averbados podem seguir os procedimentos normais.

O mesmo acontece nos casos em que foram firmados Termos de Compromisso de Manutenção, Compensação e Recuperação de Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente que foram firmados com o IAP devem ser cumpridos.

CAR – O Cadastro Ambiental Rural (CAR) criado com a implantação do novo Código Florestal prevê o cadastramento das reservas legais e de áreas de proteção ambiental de todas as propriedades rurais do País. O Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama, vem firmando convênios com os estados para ceder imagens de satélite e sistemas de informática para que os proprietários rurais cadastrem seus imóveis.

O Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a implantar o cadastro de averbação das áreas de proteção nas propriedades rurais em 2004 com a criação do Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (Sisleg). O Estado mantém o pioneirismo em adotar o CAR e é um dos 10 primeiros do Brasil a firmar convênio com o Governo Federal.

A preocupação do Governo do Estado é com a manutenção dos cadastros feitos por 100 mil proprietários rurais. “Não queremos perder os cadastros feitos e nem penalizar aqueles que sempre estiveram de acordo com a legislação ambiental, de forma que eles precisem fazer um novo cadastro”, afirmou o presidente do IAP.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Marketing rural

Notícia

Marketing rural  
19/2/2013

Marketing rural



Duas fantásticas homenagens fo­ram recentemente prestadas aos agricultores. A primeira foi em New Orleans, nos Esta­dos Unidos, durante o intervalo do Super Bowl, a final do cam­peonato de futebol americano. A segunda desfilou na passarela do carnaval carioca. Ambas atin­giram, em todo o mundo, milhões de pessoas.

O longo comercial veiculado nos EUA aproveitou a maior au­diência da televisão para repro­duzir imagens retratando a vida no campo, sob a narração, es­plêndida, de um texto elaborado em 1978 pelo radialista Paul Harvey. O vídeo é emocionan­te. Oferecida ao agricultor exis­tente "dentro de cada um de nós", quase uma oração, intitulada E Deus fez o agricultor, pren­deu a atenção dos ouvintes.

A seguir, sua tradução livre.

E no oitavo dia, Deus olhou pa­ra seu paraíso e disse: "Preciso de alguém que cuide desse lugar".

Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse: "Preciso de alguém disposto a levantar antes do ama­nhecer, tirar leite, trabalhar o dia inteiro, tirar leite novamente, jantar e ir até à cidade e ficar até depois da meia-noite numa reu­nião de conselho escolar".

Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse: "Preciso de alguém disposto a passar a noite acorda­do cuidando de um potro recém-nascido, vê-lo morrer e enxugar os olhos e dizer "talvez ano que vem". Preciso de alguém que pos­sa transformar um tronco de ár­vore num cabo de machado, ferre um cavalo com um pedaço de pneu usado, que possa fazer um arreio com pedaços de arame, sa­cos de ração e sapatos velhos. Al­guém que, durante a época de plantio e de colheita encerre suas 40 horas de trabalho semanais na terça-feira ao meio-dia e pas­se mais 72 horas penando em ci­ma do trator".

Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse, "Preciso de alguém forte o suficiente para derrubar árvores e empilhar fardos, mas ainda gentil 0 suficiente para apa­rar cordeiros recém-nascidos, des­mamar porcos e cuidar de gali­nhas, que seja capaz deparar seu trabalho por uma hora para cui­dar de perna quebrada de passa­rinho. Deve ser alguém capaz de arar fundo, reto e sem moleza. Alguém que semeie, capine, alimen­te, crie, e dome, e are, e plante, e transforme lã em linha e coe leite. Alguém que mantenha uma famí­lia unida com a partilha de laços fortes. Alguém que sorria, e de­pois olhe e agradeça com um sor­riso nos olhos quando seu filho di­ga que quer passar 0 resto da vi­da fazendo 0 que seu pai faz".

Então, Deus fez 0 agricultor.

Os EUA jamais deixaram de prestigiar seus agricultores, os colonizadores. Ruralismo, por lá, soa positivo, mesmo que bu­cólico em certas situações. Sem­pre se cultivou nos EUA o hábi­to de venerar a origem da nação, os empreendedores de outrora. Não difere muito do que ocorre na Europa, onde os produtores rurais são protegidos, fartamen­te subsidiados, para que mante­nham bela a paisagem, protejam o modo de vida, defendam a cultura originária e estimulem o turismo campestre. Nos países desenvolvidos a moderna socie­dade curte o berço do passado.

Carnaval do Rio de Janeiro. Na madrugada da folia, em ple­na Marquês de Sapucaí, a escola de Vila Isabel desfila sob o inusi­tado enredo A Vila canta 0 Brasil celeiro do mundo - Água no fei­jão que chegou mais um. O públi­co se levanta, aplaude, dança, se entusiasma. Incrível. A agricul­tura brasileira, homenageada, indiretamente se sagrou cam­peã do carnaval carioca.

O lindo samba, de autoria de Arlindo Cruz, Martinho da Vila, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel, ganhou os corações citadinos enaltecendo a lide rural. A letra fala por si.

O galo cantou/ com os passari­nhos no esplendor da manhã/ agradeço a Deus por ver o dia raiar/ O sino da igrejinha vem anunciar/ preparo o café, pego a viola, parceira de fé/ caminho da roça e semear o grão/ saciar a fo­me com a plantação/ é a lida.../ arar e cultivar o solo/ ver brotar o velho sonho/ alimentar o mundo, bem viver/ a emoção vai florescer

Ô muié, o cumpadi chegou/ puxa o banco, vem prosear/ bota\ água no feijão, já tem lenha no fo­gão/ faz um bolo de fubá

Pinga o suor na enxada/ a ter­ra é abençoada/ preciso investir, conhecer/ progredir, partilhar, proteger.../ cai a tardei acendo a luz do lampião/ a lua se ajeita, en­feita a procissão/ de noite, vai ter cantoria/e está chegando o povo do samba/ é a Vila, chão da poe­sia, celeiro de bamba/ Vila, chão da poesia, celeiro de bamba

Festa no arraiá,/ é pra lá de bom/ ao som do fole, eu e você/ a Vila vem plantar felicidade no amanhecer.

Aqui, no Brasil, ao contrário dos EUA, os agricultores costu­mam ser tratados com certo desdém pela sociedade urbana que enxerga os homens do cam­po, depreciativamente, como "caipiras". Vem de longe tal desprestígio, cujas razões nun­ca foram devidamente explica­das. Certamente o rápido e ma­ciço êxodo rural contribuiu pa­ra gerar essa imagem negativa. O modemo erguia-se na cidade e agricultura virou sinônimo de atraso.

O ambientalismo recente tem dado lenha para essa visão distorcida sobre o campo. Co­meça pelo desmatamento. An­tes, desmatar era sinônimo de progresso e todas as nações ri­cas ocuparam a totalidade das suas áreas agriculturáveis. Ago­ra, porém, a preocupação com a biodiversidade rema contra a expansão agrícola. O Brasil, que ainda dispõe de muita terra boa para explorar, ficou na contra­mão do relógio da História. Der­rubou, leva bordoada.

Futebol americano, carnaval, agricultura, a criação divina. Misturados com boas doses emoção e alegria, esses díspa­res elementos resultaram em es­petaculares lances de marke­ting rural, valorizando os agri­cultores, seu labor, sua cultura. Oxalá a comunicação entre os mundos urbano e rural flua mais fácil a partir de agora.

Caipira, sim, com muito orgu­lho. E respeitado.

Por Xico Graziano - Estadão - 19/02/2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Notícia

Ciclo de Palestras discute clima e mercado no Show Rural, em Cascavel
6/2/2013

Ciclo de Palestras discute clima e mercado no Show Rural, em Cascavel

Analistas apresentaram panorama de como o clima ainda irá influenciar a produção de grãos e os preços na safra 2012/13
Apesar de enfrentar problemas climáticos pontuais de Norte a Sul do país, o Brasil deve colher no ciclo 2012/13 uma grande safra de verão, segundo o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que integra o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse foi um dos pontos abordados pelo analista durante o Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, promovido pela Gazeta do Povo nesta manhã no Show Rural Coopavel.

Lazinski ainda falou sobre o excesso de chuva na região Centro-Norte e Centro-Oeste do país, enquanto no Sul as chuvas estão irregulares, mas dentro da média histórica. "A umidade vinda da Amazônia está sendo retida a metade Norte do Brasil, as precipitações não chegam até o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul", comentou.

Segundo ele, o produtor desses estados deve ter cuidado com veranicos, já que os maiores volumes estarão concentrados em poucos dias e a chuva pode ficar suspensa por duas ou três semanas. Ele ainda ressaltou que em anos neutros como esse, o frio chega mais cedo.

O outro palestrante do dia foi Vinícius Xavier, analista da consultoria FCStone, que falou sobre "O mercado de olho no clima". O palestrante abordou a questão dos estoques mundiais de soja e sua influência sobre os preços e comercialização. Segundo ele, ainda há muita especulação sobre a safra americana de grãos, porém, é preciso aguardar até o mês de setembro para se ter certeza sobre a produção.

Xavier falou tratou ainda da produção de grãos na Argentina, onde o clima está tornando a produção incerta. Na sua avaliação, os resultados da safra do país vizinho serão fundamentais para definir os rumos do mercado brasileiro nos próximos meses. As lavouras argentinas iniciaram a temporada debaixo de muita chuva e, agora, enfrentam estiagem. Se conseguirem se recuperar, devem pressionar as cotações da soja. Caso contrário, tendem a manter o mercado sustentado.

O Ciclo é realizado em parceria com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

Fonte: AI
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