sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CNA visita uma das maiores feiras de alimentos do mundo

CNA visita uma das maiores feiras de alimentos do mundo

Assessoria de Comunicação da CNA

A comitiva da CNA, em missão na China, visitou nesta quinta-feira, 15/11, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, a Food and Hospitality China (FHC 2012), no centro financeiro de Xangai


À noite, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, reuniu-se com importadores chineses presentes à feira para apresentar o agronegócio brasileiro e seu potencial de comércio e de investimentos. “Queremos inicialmente focar em quatro produtos: carnes, café, suco de laranja e laticínios”, disse a senadora. Segundo ela, após a vista à feira, os produtos lácteos também foram incluídos na pauta prioritária de comércio da CNA na China.

“Até 2021, a China quer incrementar sua classe média em 521 milhões de pessoas, mais do que o dobro da população brasileira”, destacou a presidente da CNA, ressaltando a importância deste crescente mercado consumidor para o agronegócio do País. “O Brasil tem condições de produzir, de forma sustentável, para abastecer esse importante mercado consumidor”, afirmou.

Em apresentação aos empresários chineses, o presidente do Instituto CNA, Moisés Gomes, afirmou que “a China ocupa a primeira posição como compradora em duas das cadeias em que somos competitivos, soja e produtos florestais”. E desafiou os presentes a liderarem também as importações em outros segmentos do agronegócio.

A presidente da CNA disse, ainda, que “não visamos apenas as exportações de um produto, mas inovação, produtos com valor agregado, como a China está fazendo”. Esclareceu que, na última década, o uso da tecnologia aumentou muito no Brasil e a intenção é continuar desenvolvendo e aplicando-a nos nossos produtos.

O incremento da relação comercial entre China e Brasil foi a tônica de todos os encontros e compromissos da agenda da missão da CNA, em Pequim e Xangai, concluída com a visita à FHC 2012. O principal deles foi a inauguração do escritório da CNA em Pequim, que servirá de plataforma para ampliar as relações com o país asiático. “Queremos construir um relacionamento com a China de médio e de longo prazos”, afirmou a presidente da CNA, na solenidade que contou com a presença do embaixador brasileiro na China, Clodoaldo Hugueney.

Agenda para 2013 - Para abril de 2013, a presidente da CNA já anunciou a realização de um seminário, em Pequim, sobre os investimentos em infraestrutura e logística no Brasil, com a participação de ministros e empresários brasileiros. Também recebeu a confirmação da visita de uma missão técnica liderada pela Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) ao Brasil, no primeiro semestre do ano que vem, com a participação de importadores.

Durante reunião com a Associação de Cadeias de Lojas e Franquias da China (CCFA), em Pequim, ficou acertada, para maio de 2013, a realização de um seminário de compras voltado às demandas do segmento. A CNA quer participar, ainda, de feiras de alimentos na China, como FHC 2013 (Food and Hospitality China) e a Sial China 2013 (Feira internacional de alimentos e da indústria de bebidas), que acontecerá em maio.

No final do ano, em novembro, o Ministério da Agricultura chinês liderará uma missão de empresários ao Brasil. O grupo recebeu a visita da comitiva da CNA durante esta visita a Pequim. Outro encontro considerado produtivo pela CNA foi a reunião, durante café da manhã, com representantes do Banco de Desenvolvimento Chinês (CDB, na sigla em inglês). O destaque foram as demandas apresentadas pela senadora Kátia Abreu para o complexo de portos e hidrovias do Norte do Brasil, projeto que visa baratear o escoamento da produção brasileira. Eles informaram que estão dispostos a organizar encontros com empresas que poderiam se interessar por estes processos.

Um grupo de trabalho do banco está em viagem ao Brasil ainda no mês de novembro, e a CNA quer reforçar, também no Brasil, os laços com o CDB, instituição financeira sob administração direta do Conselho de Estado chinês, responsável pelo financiamento de projetos em infraestrutura e indústria de base. No Brasil, já financiou iniciativas em áreas como tecnologia da informação, petróleo e gás e aquisições de aeronaves brasileiras.

Publicado em: 15/11/2012.



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Exóticas e invasoras - Xico Graziano

Exóticas e invasoras

Xico Graziano

Existe uma repulsa dos ambientalistas brasileiros contra as plantas chamadas exóticas. Sua posição, radical, idolatra a vegetação nativa


O assunto virou tabu: espécie exótica é do mal; nativa, do bem. Polarização falaciosaEspécies exóticas, sejam plantas ou animais, consideram-se as originadas nos ecossistemas de regiões distintas da local, ou seja, estrangeiras. São exóticas no Brasil, por exemplo, as árvores típicas da Europa, como o cipreste italiano. Da mesma forma, vieram de longe para a arborização urbana a enorme tipuana (argentina), o lindo flamboyant (africano), a falsa-seringueira (asiática) e o álamo (canadense). Apenas a sibipiruna ou os coloridos ipês são nativos do Brasil. Nenhum cidadão discrimina a sombra fresca que todas oferecem ao calor do asfalto.

Imperam também, dentre as frutas encontradas na mesa dos brasileiros, as variedades importadas. A banana, a laranja e o figo têm origem na Ásia, enquanto o abacate e o abacaxi vieram da América Central. Variadas origens caracterizam a fruticultura, como no caso da melancia (africana), da manga e da jaca (indianas), da maçã (siberiana), do caqui e do pêssego (chineses), da uva (do Oriente Médio), do moranguinho (europeu).

O mamão é americano. Latino-americanas são a pitanga e a goiaba. Brasileira, mesmo, fica a jabuticaba.Assunto curioso. Veja o caso de verduras e legumes. Nesses vegetais se destacam as exóticas cebola e alface (asiáticas), a berinjela e o pepino (indianos), a cenoura, a beterraba e a couve (mediterrâneas), o cará, o maxixe e o quiabo (africanos). Restam como latino-americanos o chuchu, a abóbora e o pimentão. Sul-americano, sabidamente, apenas o tomate.

Interessante é saber que exótica é também boa parte dos grãos que alimentam o povo, a começar do arroz, da soja (asiáticos) e do trigo, cujas origens se encontram na Europa e na Ásia. Amendoim, girassol, batata e milho, por sua vez, surgiram originalmente nas montanhas andinas da América. O café, bebida adorada pelos brasileiros, nasceu na África, a cana-de-açúcar veio da Índia e o feijão, típico do prato nacional, tem origem difusa em vários continentes. Verde-amarela, essa, sim, resta a mandioca, aqui relatada desde Pero Vaz de Caminha.

Normalmente as pessoas desconhecem a origem dos alimentos. Isso, entretanto, não as impede, nem aos próprios ecologistas radicais, de consumi-los com apetite, independentemente da procedência. Saborosos e nutritivos, todos têm sido fundamentais para a qualidade de vida dos povos. Fruto do trabalho da agronomia, caíram no gosto popular e se tornaram cosmopolitas. Viajaram o mundo.

Existe um sentido mais restrito para o conceito de planta exótica. Também é considerado dentro de um mesmo país, ou região, para se referir às espécies que, embora do mesmo país, tenham origem num bioma distinto do local. Assim, no território de São Paulo, situado no bioma da Mata Atlântica, considera-se exótica a seringueira, eis que nativa do bioma da Amazônia. Vejam outros casos. No Nordeste, ao contrário do que muitos pensam, o praiano caju é exótico, pois sua origem está na Floresta Amazônica; idem o cacau, que, embora seja também amazônico, adorou viver nas terras de Ilhéus. O coco-da-baía, destarte, ostenta no nome a terra de Jorge Amado, mas chegou da África, trazido pelas correntes marinhas. Inusitado.

Na recente discussão sobre o Código Florestal, o assunto da vegetação exótica tomou destaque. Propunha-se que, sob certas condições, plantações frutíferas ou silvícolas pudessem ser utilizadas para ajudar na recomposição de áreas de preservação permanente, mormente as próximas dos cursos dágua. Além de proteger as beiradas dos córregos, teriam função produtiva. Ganha a natureza, ganha o agricultor.

Houve, porém, forte restrição dos puritanos ambientais. O temor ecológico contra as plantas exóticas advém, primeiro, do fato de que, sendo estranhas à flora nativa, elas não participam das cadeias produtivas alimentares, pouco auxiliando na vida silvestre. Segundo, as espécies retiradas de seu ecossistema nativo se livram de predadores e parasitas naturais, que lá controlam sua população. Livres de competidores, podem se multiplicar exageradamente, prejudicando a flora e a fauna locais.

Esse fenômeno, que caracteriza as chamadas plantas "invasoras", é tido pelos estudiosos como a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo somente para a exploração humana na destruição dos hábitats naturais. A gravidade da contaminação biológica causada por espécies exóticas motivou a ONU a criar, em 1997, um programa específico para enfrentá-la. A matéria, complexa, caiu nas graças dos ecoterroristas, os que pregam a catástrofe planetária.

Em muitos casos, providências, algumas drásticas, precisam ser tomadas para impedir a invasão dos ecossistemas. Mas, embora exóticas, as plantas podem servir ao bem. Basta monitorar, se necessário controlar, pôr a técnica acima do preconceito ecológico. Nas áreas degradadas, algumas espécies florestais podem servir como "pioneiras", sombreando as mudas nativas para que cresçam melhor, favorecendo o processo de recuperação ambiental. Por essa razão, o novo Código Florestal acabou permitindo, de forma restrita, o uso das exóticas em sistemas misturados com espécies nativas.

Na Serra do Mar paulista, entre Mogi das Cruzes e Bertioga, surpreendente recuperação da Mata Atlântica se verifica nas sombras dos antigos eucaliptais, raleados, mantidos pela Suzano, empresa de celulose. A silvicultura inteligente cria uma segunda natureza, que ajuda, e não atrapalha, a civilização humana.





segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho 

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

Discurso do presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette durante cerimônia de encerramento da edição 2012 do Agrinho

A premiação do Concurso Agrinho é o ápice de um trabalho intenso e responsável, do qual participam não apenas os técnicos e funcionários que o formulam e administram, mas principalmente diretores,professores e alunos de nosso ensino básico, aos quais rendo minhas homenagens e agradecimentos.

Todos os anos, há 17 anos, esta cerimônia de repete, sempre com a mesma alegria , com a mesma empolgação e, sobretudo, com o reconhecimento do esforço desses professores e de seus alunos.
Para mim esta data é uma renovação de um momento de emoção de ver aqui reunidos inteligências e força de vontade de uma geração que dentro em breve será a responsável pelo nosso Estado..
O Programa Agrinho tem orgulho em saber que participa ativamente da formação desta geração e a encaminha para vias do conhecimento e da ética.
O Agrinho ajuda, sim, a formar uma nova mentalidade para que esses jovens e crianças se tornem cidadãos responsáveis e conscientes, que saibam cuidar melhor de si que é a melhor receita para saber como cuidar dos outros e de sua importância na sociedade.
É inegável que o Agrinho, que a cada ano alcança cerca de um milhão e meio de jovens e crianças do ensino básico, tem sido um sucesso.
Mas este sucesso tem sido possível graças aos nossos parceiros: o Governo do Estado, por meio da sua Secretaria da Educação, que juntamente com as secretarias municipais nos abrem as portas das escolas.Também com a participação das secretarias da Agricultura, da Justiça e do Meio Ambiente.
Conta também com a valiosa participação do INSS -Previdência Social, da Receita Federal, do Ministério do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, do Banco do Brasil, da Itaipu Binacional e da empresa Dow AgroScience.
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O Agrinho é parte da face social do Senar Paraná.
Mas ao Senar Paraná cabe, além de ajudar a formar cidadãos dignos, a contribuir para o desenvolvimento da agropecuária e do agronegócio.Sua missão principal, inscrita em lei, é capacitar a mão de obra do campo,concorrendo para a sua profissionalização, sua integração na sociedade,melhoria da qualidade de vida e para o pleno exercício da cidadania.
Os números do Senar são gigantescos. Desde 1993, quando iniciou suas atividades, os instrutores do Senar já capacitaram mais de 1 milhão e 100 mil trabalhadores e produtores em diversas atividades do meio rural.
O Senar Paraná é atualmente uma referência nacional na capacitação do homem do campo e certamente tem sua parte expressiva no grande avanço da agropecuárias paranaense nos últimos 20 anos.
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Meus caros alunos e caros professores que hoje recebem seus prêmios. Que continuem assim, com esforço e dedicação aos estudos e,posteriormente, dedicados e atentos nas profissões que escolherem.
Que o Agrinho seja um componente importante na formação docaráter de cada um de vocês.
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Agradeço a prestigiosa presença de nosso secretário da Educação e Governador do Estado em exercício, Flávio Arns, que com compreensão nos tem ajudado nesta empreitada.
Eu agradeço aos nossos parceiros a contribuição para essesucesso e a presença de nossos convidados que vieram compartilhar conoscoe com nossos premiados este momento de felicidade.
Muito Obrigado.
Ágide Meneguette

Geração comprometida

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12/11/2012

Geração comprometida

O propósito é educar, promover a cidadania e contribuir com a formação de uma nova geração, envolvida, responsável e comprometida.
O propósito é educar, promover a cidadania e contribuir com a formação de uma nova geração, envolvida, responsável e comprometida. Primeiramente com si mesmo, depois com sua escola e, por fim, com a sociedade e o bem comum. Enquanto a disciplina faz parte do aprendizado, o resultado, que vai muito além da sala de aula, depende do interesse e do esforço não apenas individual, como coletivo de cada um dos envolvidos.

A breve descrição é do programa Agrinho, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), do Sistema Faep/Federação da Agricultura do Paraná, que impacta diretamente mais de 1,5 milhão de pessoas, número equivalente a 15% da população do estado.

A maioria absoluta é de crianças, estudantes do ensino infantil, fundamental e especial, orientados por um batalhão de 80 mil professores, de pelo menos oito mil instituições de educação.

Contudo, por mais didático que seja o processo, é na esperança, na descoberta e na capacidade de realização de cada um dos participantes que está o segredo, o sucesso e a amplitude do projeto. Uma iniciativa que tem origem na motivação do campo, mas que também ganhou as cidades, não apenas do Paraná, onde surgiu, mas de várias outras regiões do país, em nove estados brasileiros.


A premiação da edição 2012 ocorreu na sexta-feira, em Curitiba. Mais de 1 mil pessoas participaram do evento. Eram dezenas de autoridades, do governador em exercício a deputados, senadores, lideranças políticas e empresariais. Presenças ilustres, de status e poder, que se renderam à emoção de centenas de jovens e crianças, estudantes e professores que estavam ali atrás de um sonho. O sonho de um mundo melhor, mais justo e solidário.

Uma busca que começa com o estímulo à educação, à formação, à inovação e ao empreendedorismo, um viés social que se tornou uma das principais orientações do Senar no estado.

O que o sistema identificou em 17 anos de Agrinho é que, antes de tudo, é preciso investir na formação do caráter, da personalidade e da cidadania. Até como de forma qualificar a educação e o processo de aprendizagem rural, atividade fim do Senar, que através seu quadro de instrutores esta presente em praticamente 100% dos municípios do Paraná com cursos que vão do artesanato à mecanização agrícola, oferecidos não ao homem, mas à família do produtor rural.

Outra visão interessante do projeto está no público e no ambiente em que atua. São alunos, professores e escolas são urbanas e rurais, públicas ou privadas, com a participação inclusive escolas especiais.

Uma espécie de inclusão social ao contrário. Se no poder público existe a preocupação de inserção daquele que teoricamente é menos favorecido - as cotas nas universidades são um bom exemplo , quando chama as escolas particulares a participar do programa, o Agrinho estabelece de forma natural a igualdade de condições. Estimula e privilegia a iniciativa, sem distinção.

Da temática ambiental, trabalhada inicialmente em decorrência da necessidade de se discutir e se conscientizar sobre a contaminação a partir dos agrotóxicos, a diversidade das abordagens do Agrinho levou para dentro das escolas questões de saúde, cidadania, trabalho e consumo.

De certa forma, o programa passou, então, a aplicar e praticar o princípio da subsidiaridade, de não transferir integralmente ao Estado a responsabilidade por aquilo que você mesmo pode fazer para mudar ou melhorar o mundo ou a sociedade.

Nesse caso, a partir daqueles que tem o maior potencial e legitimidade para promover essa mudança: crianças, jovens, escolas, estudantes e professores.


Gazeta do Povo Online - Curitiba/PR - COLUNISTAS - 12/11/2012 - 03:30:00

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Novas tecnologias no meio rural mudam perfil dos trabalhadores

Novas tecnologias no meio rural mudam perfil dos trabalhadores

Da Redação
o eSTADO DE sÃO pAULO

A demanda por técnicos aumenta no campo à medida que o setor se moderniza


"De dez anos para cá, a cadeia agropecuária tem se posicionado melhor em termos de rentabilidade devido aos crescentes investimentos em tecnologias", diz Daniel Carrara, secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), parte do Sistema S.

Segundo ele, o tratorista, por exemplo, não é preparado para operar as máquinas baseadas nos sistemas de georreferenciamento e computação embarcada. "O novo operador deve ter conhecimento de informática e de gestão", comenta.

A instituição vai certificar este ano 1 milhão de trabalhadores. O foco está nos cursos de formação inicial e continuada de curta duração, de 40 a 80 horas, para capacitar rapidamente um grande contingente de trabalhadores. É preciso recuperar o atraso.

O aperfeiçoamento dos profissionais se dá especialmente nas áreas de operação e manutenção de máquinas agrícolas, de ordenha higiênica do leite e de inseminação de animais na pecuária. Além disso, são oferecidos cursos de qualificação de 400 horas, mais abrangentes, sobre cadeias específicas como a pecuária de leite.

Este ano, o Senar abriu seu primeiro curso técnico de nível médio, com duração de 1.200 horas, em Araguacema, no Tocantins, para formar 50 técnicos em florestas. O projeto deve ser expandido nos próximos anos.

Todos os cursos oferecidos pelo Senar são gratuitos. A entidade, de direito privado e sem fins lucrativos, é mantida com contribuições compulsórias sobre a comercialização de produtos agropecuários. O funcionamento se dá por intermédio dos 2.150 sindicatos rurais espalhados por todo o País. Esses sindicatos captam as demandas dos municípios e montam nas propriedades rurais os cenários pedagógicos para as aulas teóricas e práticas.

De acordo com Daniel Carrara, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do governo federal criou este ano um adicional de 23 mil vagas para estudantes em cursos de formação inicial e continuada de 160 horas, em período subsequente ao ensino médio. "Essa iniciativa é importante para manter o jovem no meio rural. Muitas vezes, ele sai do ensino médio deixando de aproveitar as oportunidades de trabalho que existem no campo." Em 2013, a expectativa é que 50 mil jovens sejam capacitados dentro do Pronatec.

Atualmente, entre os trabalhadores mais requisitados pelo setor estão os operadores de máquinas agrícolas, especialistas na aplicação de adubos e defensivos e operadores em pecuária de leite. No entanto, existe demanda na maioria das 167 ocupações, desde técnicos especializados na produção de húmus até pilotos de aviões agrícolas.

"As remunerações têm aumentado em diversas categorias. Os profissionais que lidam com máquinas agrícolas são os mais valorizados. Por exemplo, os operadores de colhedoras de cana-de-açúcar chegam a receber de R$ 5 mil a R$ 6 mil", destaca o secretário executivo do Senar.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural

Notícia

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural
8/11/2012

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural

Nos próximos dias será autorizada a contratação da empresa que irá produzir imagens a ser usadas como base para o CAR, previsto no novo Código Florestal
A novidade foi apresentada ontem pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, após participar de evento da revista Exame na capital paulista sobre sustentabilidade.

"A partir da assinatura do contrato, as imagens devem ser entregues em 60 dias", informou a ministra. "Nós vamos fazer o termo de cooperação com os estados e vamos passar isso [as imagens] para eles. Quem tem seu sistema de cadastro estadual vai poder utilizar as imagens e quem não tem vai usar o sistema federal", explicou.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, o trabalho exigirá a integração de vários setores. "Nós vamos implantar o cadastro e iniciar um processo de mobilização que não é só do poder público, mas das entidades de classe", apontou. Ela informou que o prazo para elaboração do cadastro é de dois anos.

Izabella Teixeira disse que o ministério já está conversando com entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf). "Precisamos de um grande engajamento para construir o cadastro e saber, de fato, não só quais são as áreas de preservação permanente, de reserva legal, mas também a situação dos imóveis rurais no Brasil", destacou.

O novo código prevê a obrigatoriedade do Cadastro Ambiental Rural para todas as propriedades rurais. A finalidade, de acordo com o documento, é "integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento."

Durante o encontro em São Paulo, que abordou a situação da água no mundo e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos, a ministra do Meio Ambiente destacou também o papel central que as empresas devem ter para a efetivação de políticas de desenvolvimento sustentável.

"O homem de negócios hoje tem que lidar com incertezas do seu planejamento estratégico de médio e longo prazo. São incertezas não só sobre o ambiente de mercado ou linhas de financiamento, mas estão relacionadas também às próprias condições ambientais. Teremos oferta de recursos hídricos nas mesmas condições que nós temos hoje?", questionou.

Izabella Teixeira disse que os próprios consumidores devem exigir que as indústrias produzam de forma mais responsável. "[A produção com padrões sustentáveis] determina uma inserção no mercado em torno de um consumidor consciente, que está associado a um perfil de classe média, classe média alta, mas que, nos próximos dez anos, vai ser mainstream [padrão] de mercado", avalia.

A ministra acredita que uma das principais formas de permitir mudanças nos padrões de produção e consumo é pelo intermédio da gestão de recursos hídricos. "Se a gente quer falar tão diretamente sobre desenvolvimento sustentável, tem que tocar na questão da água, porque ela é estruturante para vários segmentos econômicos e para a qualidade de vida da sociedade", destaca.

Izabella Teixeira defende o aperfeiçoamento da Lei de Recursos Hídricos por meio de instrumentos legais ou normativos que interfiram, por exemplo, no tempo entre a outorga e o licenciamento ambiental dos espelhos dágua. "Eu tenho condições de dar outorga de bacia hidrográfica por inteiro e não mais por empreendimento. É só ter uma visão estratégica de planejamento e de uso do recurso de maneira integrada na bacia, mas a lei não está construída para me favorecer isso", explicou.

Camila Maciel/Agência Brasil

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A FAEP e os desafios do Código Florestal

Ágide e o Código