quarta-feira, 8 de maio de 2013

Presidente da CNA defende mudança de estratégia para resolver o problema da seca no nordeste




A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu nesta terça-feira (07/05), em Brasília, uma “mudança de estratégia” na definição de políticas eficazes para o Nordeste, que possam desenvolver a região e promover o enfrentando do problema da seca que há séculos vem castigando vários estados.
Ao afirmar que as estratégias adotadas até agora estão “equivocadas”, acrescentou que solucionar o problema do Nordeste é uma “questão política” e de país, que vai além dos limites da região. Ela participou de audiência pública conjunta das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado para discutir o tema, que será debatido novamente amanhã (08/05), no Plenário da Câmara.
Nesse sentido, defendeu a convocação dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Fazenda e da Integração Nacional, além dos presidentes dos bancos oficiais à comissão. A ideia é somar esforços para discutir o futuro do Nordeste brasileiro. Convocar essas autoridades foi a alternativa sugerida pela senadora para garantir a presença daqueles que ignoraram o convite  para a audiência pública. A data dessa reunião será definida posteriormente.
O Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Fazenda não mandaram sequer representantes, apesar da gravidade da situação do Nordeste. “O problema é crônico. A seca atual é desoladora, mas isso não significa que esta seja a única”, afirmou a presidente da CNA.
Para o vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba (FAEPA), Mário Antonio Pereira Borba, a ausência dos convidados é “desrespeito”. Ele afirmou que os produtores rurais da região Nordeste não têm acesso às linhas de crédito, porque os recursos não estão disponíveis nas agências bancárias. O primeiro vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), João Martins da Silva Júnior, defendeu a adoção de medidas mais efetivas por parte do Governo federal para solucionar a questão. Segundo eles, o que foi feito até agora não resolve o problema dos agricultores. Os vice-presidentes da CNA e presidentes das Federações da Agricultura e Pecuária dos Estados do Rio Grande do Norte (FAERN), José Álvares Vieira; do Ceará (FAEC), Flávio Viriato de Saboya Neto; e do Maranhão (FAEMA), José Hilton Coelho de Sousa, também participaram da audiência.
Valores - O endividamento dos agricultores do Nordeste soma R$ 14 bilhões, segundo a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos. Na região, 85 mil produtores foram incluídos na Dívida Ativa da União (DAU) nos últimos anos. Para ela, o problema do endividamento do Nordeste tem sido tratado de “forma paliativa”.
 

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