quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FEBRE AFTOSA NO PARAGUAI

FEBRE AFTOSA NO PARAGUAI

A confirmação dos focos de febre aftosa no Paraguai é uma oportunidade para testarmos nosso sistema de defesa agropecuário. Apesar das deficiências, o momento que estamos passando é distinto daquele da ocorrência dos focos de 2005 no noroeste do estado. Embora ainda existam deficiências de estrutura humana no DEFIS temos mais técnicos, mais veículos entre outros recursos para prevenir a entrada do vírus no Paraná.
Os Conselhos de Sanidade Agropecuária - CSA estão ativos, e agora é o momento de dar resposta a este novo desafio que está surgindo. É fundamental que os Conselhos se reúnam em seus municípios e regiões para definir estratégias e para conscientizar produtores quanto ao risco que o transporte de máquinas. Implementos, veículos, pessoas e animais podem significar para todo o Brasil.
Realizar reuniões, dar entrevistas em rádios locais, orientar produtores que tem propriedades no Paraguai no sentido de evitar ao máximo o deslocamento para aquele país são algumas das ações que o CSA pode desenvolver neste momento. As informações oficiais indicam que o foco é na cidade de San Pedro, distante apenas 250 km da fronteira com o Paraná. Em função da alta contagiosidade e poder de propagação do vírus chegando a se deslocar até 15 km pelo ar, é fundamental que toda a sociedade esteja em alerta. As aglomerações de animais devem ser evitadas ao máximo e o transito de equipamentos deve seguir rigorosos cuidados sanitários. O transporte de animais do Paraguai para o Paraná deve ser evitado a todo custo. Lembrem que a tendência dos preços de gado no Paraguai é de baixa, o que aumentará a pressão de transito de animais para o Brasil. Portanto esta é a hora dos CSA´s e suas lideranças fazerem a diferença contribuindo com as autoridades sanitárias e com toda a sociedade de nosso estado.
Vale lembrar que o último episódio de febre aftosa no Paraná gerou um prejuízo à economia de estado de aproximadamente R$ 4 bilhões, sendo que as cadeias produtivas de bovinocultura de corte e de suinocultura foram aquelas que mais acumularam tais prejuízos.
O sistema de defesa sanitária envolvendo técnicos do MAPA e do DEFIS estão tomando todas as providências necessárias para prevenir a entrada da doença no Paraná. É necessário, no entanto, que os produtores, através dos CSA´s, colaborem com os técnicos do DEFIS atendendo suas recomendações e principalmente ajudando no controle do transito de animais, maquinário agrícola etc. e evitando a aglomeração de animais.
ALERTA - O governo faz um alerta a todos os produtores paranaenses para que se envolvam nessa mobilização da vigilância sanitária. As comunidades, através dos Conselhos Municipais de Sanidade (CSAs), devem auxiliar no processo de vigilância e orientação aos produtores para que evitem ou denunciem casos de trânsito irregular de animais, sem o acompanhamento da Guia de Trânsito Animal (GTA) - documento emitido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Outro alerta é dirigido diretamente às pessoas que transitaram pelo Paraguai, nas áreas de foco da febre aftosa, para que evitem contato com animais em solo brasileiro.

O último foco de febre aftosa registrado no Paraná foi em 2005 e, desde então, a doença não mais se manifestou no Estado. Para manter o controle da vigilância, duas campanhas de vacinação contra a doença são realizadas todos os anos.

A Secretaria da Agricultura está adotando todos os procedimentos técnicos para pleitear nos próximos anos, junto ao Ministério da Agricultura e à OIE, o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.

Fonte: Agência de Noticias

Este é o momento do setor produtivo do Paraná demonstrar capacidade de mobilização, coordenação, tranquilidade e firmeza com o objetivo de superar as dificuldades evitando a reintrodução do vírus em nosso estado.

Ágide Meneguette
Presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec)

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