quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Vendas de fertilizantes podem alcançar 30,5 milhões de toneladas em 2013

Capitalização do produtor rural e elevação dos das commodities são fatores que estimulam o segmento.

AP Photo/Gosia Wozniacka
 
 
 
Compras poderão ser antecipadas para o primeiro semestre, quando a demanda pelo insumo é menor
O setor de fertilizantes tem expectativa de crescimento de mais de 4% neste ano, podendo chegar a venda de 30,5 milhões de toneladas, conforme dados de consultorias. A maior capitalização do produtor rural e a elevação dos das commodities são fatores que estimulam o segmento. Mais compras poderão ser antecipadas para o primeiro semestre, quando a demanda pelo insumo é menor.

– Se tudo se concretizar da forma como se espera, se as variáveis de 2012 mantiverem-se, teremos chance de ter mais um recorde setorial – aponta o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Davi Roquetti Filho.

Com aumento de área cultivada, a soja deve liderar a produção de adubo neste ano. De forma geral, no primeiro semestre, as vendas correspondem a 35% do total. Mas este quadro vem se alterando e mais fertilizantes têm sido adquiridos no período. O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil), Carlos Florence, acredita que o agricultor possa antecipar ainda mais as compras.

– Uma que hoje você tem uma safrinha muito mais intensa. Tem também a cultura da cana, que consome muito fertilizantes no primeiro semestre, e o terceiro é um problema de infraestrutura, que é a mesma de 10, 15 anos atrás. É cada vez mais difícil atender toda essa demanda no último momento – considera.

Em culturas como soja e milho, por exemplo, o produto está mais caro em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2012, um composto para a oleaginosa custava em média R$ 933,00 por tonelada, agora está a R$ 1,05 mil. Para o milho, o preço passou de R$ 1,12 mil para R$ 1,19 por tonelada. Mas o agricultor está precisando comprometer menos produção. Na soja, a relação de troca estava em 22,8 sacas para uma tonelada no início de 2012, agora está em 18,2. No milho, passou de 44,2 sacas para 41,7 na mesma comparação.

– O produtor não pode perder essa oportunidade, visto que você tem uma perspectiva de queda no preço da soja no mercado internacional. Na América do Sul, no Cone Sul, você tem a expectativa de uma produção muito avantajada e isso é sinal de queda de preço. Se o preço do fertilizante não seguir a mesma tônica, você acaba perdendo a oportunidade de obter uma boa relação de troca – indica o analista de mercado da Informa Economics FNP, Aedson Pereira.

Outro fator importante dessa conta é o câmbio. O dólar comercial iniciou 2013 na casa dos R$ 2,04. Nesta semana, a cotação chegou a R$ 1,98, o que não acontecia desde maio do ano passado. A queda do dólar normalmente é positiva quando se trata de fertilizantes porque o Brasil é dependente de importações. O dólar mais baixo torna mais baratas as compras do exterior.

Na avaliação da indústria de fertilizantes, porém, a situação do câmbio é uma incerteza. Repassar uma eventual redução de custos para o agricultor é uma possibilidade, mas ela não depende apenas da cotação do dólar.

– Depende de cada empresa, de cada momento que efetuou a compra, do volume de estoque de cada uma e, especialmente, do tempo de manutenção dessa paridade do câmbio – afirma o diretor-executivo da Anda.

– O preço no mercado internacional, no caso do nitrogenado, oscila muito, mas os outros produtos, como cloretos e fosfatados, estão estáveis –  aponta Florence.




Problemas climáticos podem elevar novamente os preços da soja nas próximas semanas


Estoques baixos do grão nos Estados Unidos deve fazer com que a demanda mundial se volte para países da América do Sular

Divulgação/SXC
 
 
 
 
Exportações norte-americanas de soja estão 32,3% maiores no acumulado do ano
Com o atraso da colheita da soja em algumas regiões da América do Sul, causado por problemas climáticos, os preços do grão podem voltar a subir na Bolsa de Chicago nas próximas semanas.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no acumulado do ano as exportações norte-americanas de soja estão 32,3% maiores em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento o país exportou 25,87 milhões de toneladas da oleaginosa, ante 19,55 milhões de toneladas no mesmo período da última safra.
Com a quebra da safra norte-americana no ciclo anterior, os estoques do país estão baixos e a perspectiva é de que o declínio da oferta faça com que demanda mundial se volte para os países da América do Sul, como Brasil, Argentina e Paraguai.
SCOT CONSULTORIA

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FAEP lança manifesto contra taxação de qualquer produto agropecuário

Notícia

FAEP lança manifesto contra taxação de qualquer produto agropecuário
30/1/2013

FAEP lança manifesto contra taxação de qualquer produto agropecuário



Ouça a opinião do presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, sobre a taxação da exportação de soja e milho. Para ouvir o aúdio, basta clicar em "aúdios" logo abaixo cotações.

DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO: NOVA RENEGOCIAÇÃO ATÉ AGOSTO


DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO: NOVA RENEGOCIAÇÃO ATÉ AGOSTO

Dívidas de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União – DAU até outubro de 2010 poderão ser renegociadas ou liquidadas até agosto de 2013.

 

A Lei nº 12.788, de 14 de janeiro de 2013, concedeu novo prazo para liquidação e renegociação de operações de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União – DAU. De acordo com a Lei poderão ser renegociadas ou liquidadas, com descontos, até a data de 31 de agosto de 2013 operações que foram inscritas até 31 de outubro de 2010.

A concessão de novo prazo para as renegociações de DAU foi um pedido recorrente da FAEP desde o encerramento da última renegociação ocorrida em junho de 2011.
A solicitação para reabertura da renegociação fez parte do documento Propostas para o Plano Agrícola e Pecuário e Plano Safra 2012/13.

No caso da liquidação até 31 de agosto os descontos são dados pela Lei 11.775 conforme abaixo:

TABELA 1 – Descontos em caso de liquidação

Soma dos saldos devedores na data da renegociação
(R$ mil)
Desconto
 
(em %)
Desconto de valor fixo, após o desconto percentual.
(R$)
Até 10
70
-
Acima de 10 até 50
58
1.200,00
Acima de 50 até 100
48
6.200,00
Acima de 100 até 200
41
13.200,00
Acima de 200
38
19.200,00

Para liquidação o desconto percentual da TABELA 1 incidirá sobre a soma dos saldos devedores ajustados na data da renegociação sendo em seguida aplicado o desconto de valor fixo.

Para renegociação das operações até 31 de agosto os seguintes descontos serão concedidos conforme a Lei  11.775:

TABELA 2 - Descontos em caso de renegociação 

Total dos saldos devedores na data de renegociação
(R$ mil)
Desconto
Desconto fixo, após o
(em %)
desconto percentual
 
(R$)*
Até 10
65
-
Acima de 10 até 50
53
1.200,00
Acima de 50 até 100
43
6.200,00
Acima de 100 até 200
36
13.200,00
Acima de 200
33
19.200,00

 * A fração do desconto de valor fixo será obtida mediante a divisão do respectivo desconto
 fixo pelo número de parcelas resultante da renegociação.
 

Na renegociação da DAU, o prazo de pagamento é de até 10 (dez) anos, com amortizações em parcelas semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas do mutuário.

Produtores interessados em fazer a renegociação de DAU devem se programar financeiramente até agosto, pois o pagamento da primeira parcela da renegociação será feita imediatamente, ou seja, no momento da negociação.

É importante lembrar que o não pagamento das parcelas obtidas na renegociação resultará em perda dos benefícios, ou seja, os descontos serão perdidos e o saldo devedor retornará a condição anterior á renegociação.

A FAEP consultou a Procuradoria da Fazenda Nacional no Estado do Paraná – PGFN/PR sobre quais os procedimentos para efetuar a renegociação ou liquidação, porém ainda não foram definidos.

 

A FAEP informará os endereços e telefones assim que tiver definição da PGFN.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cursos que seram realizados no Sindicato Rural Patronal de São Jorge do Ivaí.






O Sindicato Rural Patronal de São Jorge do Ivaí esta divulgado os seguintes cursos durante este ano de 2013. Interessados entrar em contato e especificar o curso que deseja estar realizando.



-Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos (MOPP).
- Atualização de Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos.
-Artesanato de Tecidos (confecção básica de vestuário corte e costura).
-JAA - Jovem Agricultor Aprendiz  - técnicas de comunicação oratória para jovens.
-Jardineiro  implementação e manutenção.
- Operação e Manutenção de Guincho sobre Caminhão (Munk).
-Operação e Manutenção de Pá Carregadeira.
-Qualidade de Vida idosos.
-Trabalhador em Turismo Rural acolhida no meio rural.
-Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris - inclusão digital                básico 16 h.
-Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos tratorizado.
-Trabalhador na Operação e na Manutenção de Carregadoras   pá carregadora (carregadora sobre rodas).
-Trabalhador na Operação e na Manutenção de Colhedoras Automotrizes - colhedora axial CASE básico em CASE.
-Trabalhador na Operação e na Manutenção de Roçadeiras atualização na operação e na manutenção de roçadeiras.
-Armazenista -armazenista - 40 h.
-Georreferenciamento piloto básico em GPS.
-Gestão de Pessoas desenvolvimento comportamental.
-Produção Artesanal de Alimentos beneficiamento e transformação caseira de mandioca -básico em mandioca.
-Programa Agricultura de Baixo Carbono dejetos, biogás e bioenergia.
-Trabalhador em Reflorestamento (matas homogêneas) cultivo de eucalipto.
-Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris-empreendedor rural.
-Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris -               mercado futuro.
-Trabalhador na Agricultura de Precisão                conceitos e tecnologias.
-Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos formigas cortadeiras.
-Trabalhador na Segurança no Trabalho                 CIPATR - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural.
-Trabalhador na Avicultura de Corte projeto capacitação operação e manutenção de equipamentos de aviário.
-Trabalhador na Classificação de Produtos de Origem Vegetal classificação de grãos soja.
-Trabalhador na Floricultura básico em floricultura.
-Armazenista secagem de grãos.
-Cozinha Comunitárias boas práticas de cozinha comunitária.
-Gestão de Pessoas mulher atual.
-Produção Artesanal de Alimentos panificação.
-Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris de olho na qualidade.
-Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris Software Rural Pro.
-Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos tratorizado autopropelido - NR 31.
-Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos tratorizado turbo pulverizador.
-Trabalhador na Fruticultura Básica clima tropical básico clima tropical.
-Mecânico de Tratores e Máquinas Pesadas motor.
-Formação Pedagógica metodologia de ensino - 40 h.
-Produção Artesanal de Alimentos derivados de leite.
-PRONATEC - Trabalhador na Operação de Tratores Agrícolas.

-Trabalhador no Cultivo de Plantas Medicinais    plantas medicinais, aromáticas e condimentares.
-Artesanato de Sementes, Cascas, Folhas e Flores piloto em artesanato de bucha vegetal.





Pivôs de irrigação são alternativa para produtores de soja enfrentarem estiagem

Em uma fazenda no oeste da Bahia, pivôs praticamente salvaram a safra no ano passado

Áureo Lantmann/especial

 Luís Eduardo Magalhães (BA)


 
Pivôs de irrigação são boa alternativa para minimizar os riscos de perdas decorrentes da falta de chuvas
No oeste da Bahia, os impactos provocados pela seca nas lavouras de soja estão causando quebra de produtividade, aumento do custo de produção e perda de rentabilidade. Mas alguns agricultores driblaram a estiagem com o uso de pivôs de irrigação. O equipamento é apontado como uma boa alternativa para quem quer minimizar os riscos de perdas decorrentes da falta de chuvas.
Há quase três décadas, o produtor Odacil Ranzi trocou o Rio Grande do Sul pelo oeste baiano. Alguns anos depois, já estava plantando soja, atividade que até hoje é a principal fonte de renda do produtor. As lavouras do grão ocupam 5,7 mil hectares, divididos em várias fazendas. Em uma delas, seis pivôs de irrigação garantem o desenvolvimento das plantas, mesmo em épocas de seca.
Os equipamentos atendem 600 hectares. A diferença entre as plantas é nítida. As irrigadas, semeadas no início de outubro, estão carregadas. A quantidade de vagens impressiona. Já na lavoura ao lado, cultivada em novembro, o desenvolvimento é bom, mas o potencial produtivo não deve ser tão grande. Para alcançar produtividades elevadas, os pivôs precisam ser ligados várias vezes por semana durante os períodos mais secos. A decisão de quando acionar as bombas é responsabilidade do coordenador técnico da fazenda  Maurício Francisco, que avalia diariamente a umidade do solo.
O custo aproximado de implantação de cada pivô gira em torno de R$ 1,2 milhão. Pelas contas de Ranzi, o investimento total pode ser diluído em seis ou sete safras. Depois, as despesas se resumem à manutenção e ao consumo de energia. Um custo que, dependendo do ano, pode ser considerado mínimo, diante dos benefícios gerados pela estrutura.
No ano passado, os pivôs praticamente salvaram a safra de soja na fazenda. A estiagem prolongada, durante a fase final do ciclo, derrubou a produtividade das áreas de sequeiro. O rendimento médio foi de apenas 38 sacas por hectare, quatro a menos que o custo estimado de produção. Já nas áreas irrigadas, a história foi diferente. O agricultor conseguiu colher 82 sacas por hectare, garantindo a rentabilidade do negócio.
Além da maior produtividade, a irrigação tem outra grande vantagem, permite o plantio de duas a três safras anuais. Algo que em condições normais é praticamente impossível no oeste baiano, onde geralmente os agricultores fazem apenas uma safra por ano em função da estiagem rigorosa durante o inverno.
De acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, no oeste do Estado existem 982 pivôs instalados em lavouras de café e de soja.