segunda-feira, 13 de maio de 2013

Questão indígena afeta imagem de Dilma

Notícia

Questão indígena afeta imagem de Dilma
10/5/2013

Questão indígena afeta imagem de Dilma


A queda de braço entre o governo federal e a bancada ruralista ganhou novo capítulo no Congresso, com potencial de reeditar a polêmica aprovação do Código Florestal. Organizados, os defensores do agronegócio levaram mais de 2 mil produtores a Brasília para pressionar o Executivo, em audiência na Câmara que discutiu os novos critérios de demarcação de terras indígenas.


A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, explicou-se durante mais de seis horas de discussão em que foi cobrada por parlamentares. Tentou se equilibrar entre a pressão do mobilizado grupo de interesse - o qual evita melindrar, até porque ele é forte em seu Estado, o Paraná, onde a ministra deve disputar a eleição para governador no ano que vem - e as demandas dos índios.


No embate preliminar, os ruralistas venceram e estão conseguindo arrancar do governo o que pode vir a ser um marco regulatório ainda mais favorável do que o previsto pela proposta de emenda constitucional nº 215. A PEC estabelece que os critérios de demarcação deixem de ser definidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai), ligada ao Ministério da Justiça, e passem para o Congresso, onde o lobby do agronegócio é poderoso, como mostrou o Código Florestal.


No Parlamento, no entanto, o debate é aberto e passível de ser revertido, de algum modo, pela reação da opinião pública. Como está se desenhando, o processo de demarcação tende a ficar insulado e ainda mais favorável aos ruralistas, com a provisão de que órgãos do Executivo como a Embrapa e os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e das Cidades participem da elaboração dos critérios, ao lado da Funai.


A nova regulamentação sobre terras indígenas põe em risco, talvez mais do que o próprio Código Florestal, a imagem internacional da presidente. Afinal, o grito dos excluídos das florestas tem a capacidade de comover e criar uma rede de solidariedade capaz de viajar milhares de quilômetros. Tem a simpatia de organizações não governamentais e artistas. Depois do "Veta, Dilma", clamado pela atriz Camila Pitanga com a aprovação do Código, quem sabe o cantor Sting não acompanhe cada movimento que a presidente fizer.


Valor Online

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Presidente da CNA defende mudança de estratégia para resolver o problema da seca no nordeste




A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu nesta terça-feira (07/05), em Brasília, uma “mudança de estratégia” na definição de políticas eficazes para o Nordeste, que possam desenvolver a região e promover o enfrentando do problema da seca que há séculos vem castigando vários estados.
Ao afirmar que as estratégias adotadas até agora estão “equivocadas”, acrescentou que solucionar o problema do Nordeste é uma “questão política” e de país, que vai além dos limites da região. Ela participou de audiência pública conjunta das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado para discutir o tema, que será debatido novamente amanhã (08/05), no Plenário da Câmara.
Nesse sentido, defendeu a convocação dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Fazenda e da Integração Nacional, além dos presidentes dos bancos oficiais à comissão. A ideia é somar esforços para discutir o futuro do Nordeste brasileiro. Convocar essas autoridades foi a alternativa sugerida pela senadora para garantir a presença daqueles que ignoraram o convite  para a audiência pública. A data dessa reunião será definida posteriormente.
O Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Fazenda não mandaram sequer representantes, apesar da gravidade da situação do Nordeste. “O problema é crônico. A seca atual é desoladora, mas isso não significa que esta seja a única”, afirmou a presidente da CNA.
Para o vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba (FAEPA), Mário Antonio Pereira Borba, a ausência dos convidados é “desrespeito”. Ele afirmou que os produtores rurais da região Nordeste não têm acesso às linhas de crédito, porque os recursos não estão disponíveis nas agências bancárias. O primeiro vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), João Martins da Silva Júnior, defendeu a adoção de medidas mais efetivas por parte do Governo federal para solucionar a questão. Segundo eles, o que foi feito até agora não resolve o problema dos agricultores. Os vice-presidentes da CNA e presidentes das Federações da Agricultura e Pecuária dos Estados do Rio Grande do Norte (FAERN), José Álvares Vieira; do Ceará (FAEC), Flávio Viriato de Saboya Neto; e do Maranhão (FAEMA), José Hilton Coelho de Sousa, também participaram da audiência.
Valores - O endividamento dos agricultores do Nordeste soma R$ 14 bilhões, segundo a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos. Na região, 85 mil produtores foram incluídos na Dívida Ativa da União (DAU) nos últimos anos. Para ela, o problema do endividamento do Nordeste tem sido tratado de “forma paliativa”.
 

domingo, 5 de maio de 2013

O próximo passo do Código Florestal


O próximo passo do Código Florestal

Produtor deve estar atento para o Cadastro Ambiental Rural

O Novo Código florestal foi aprovado e agora vem a segunda etapa que é o processo de regularização dos produtores rurais nos moldes estabelecidos pela Lei nº. 12651/2012.
A implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) faz parte do processo de regulamentação do Novo Código Florestal e é obrigatório para todos os produtores rurais.

O CAR consta no artigo 29, da lei 12651 de 25 maio de 2012 e diz que:

"Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural (CAR), no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA), registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento".

O CAR na verdade, é uma fotografia atual da propriedade rural, ou seja , como ela está hoje. No CAR deverá estar informado a:
I - identificação do proprietário ou possuidor rural;
II - comprovação da propriedade ou posse;
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, também da localização da Reserva Legal, caso existente.

O CAR iniciou sua regulamentação no decreto nº. 7830 de 17 de outubro de 2012. Entretanto ele não foi implantado, ou seja, ainda não existe uma plataforma de inscrição do Cadastro.
A ministra do Meio Ambiente autorizou a aquisição das imagens de satélite em alta resolução, que serão usadas como base de informação para o CAR. E já iniciou as negociações com órgão ambiental do Estado do Paraná com para assinatura do termo de cooperação técnica para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está trabalhando em conjunto com Ibama para construir uma plataforma virtual, onde o produtor fará a inscrição.Até o final do ano o IBAMA deverá publicar portaria para regulamentar totalmente o CAR.
O MMA deverá, no início de 2013, disponibilizar o CAR a nível federal. A proposta é que o CAR garanta a regularização de mais de 5 milhões de imóveis rurais no País. A proposta é finalizar esse processo até 2014.

Quando o CAR for implantado o produtor rural deverá procurar os sindicatos rurais e se informar sobre o procedimento para a inscrição.
O setor produtivo já manteve e mantém contatos com o órgão ambiental para discutir como deve ser a regulamentação no Paraná.
O produtor rural agora deve aguardar, mas manter-se informado e esperar a implantação do CAR. A FAEP acompanha o andamento do processo de implantação desse Cadastro.

Por: Carla Beck engenheira-agrônoma do DTE/FAEP

 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

CLIMATEMPO - O CÉU FALA. A GENTE ENTENDE


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Sexta-Feira, 03 de Maio

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Notícia

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses
2/5/2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses


Por Luiz Renato Lazinski
Meteorologista Inmet/Mapa

As precipitações ocorridas em abril, continuaram seguindo e mesmo padrão irregular dos últimos meses, com totais acumulados abaixo da média para a época do ano, em todo o centro-sul do Brasil. No Paraná as precipitações ficaram abaixo da média na maior parte do estado. As precipitações foram observadas na primeira quinzena de abril, sendo que na segunda quinzena do mês, praticamente não ocorreram precipitações. Os solos no centro-sul do Brasil, que começaram o mês com bons índices de umidade, terminaram o mês com deficiência hídrica, na maior parte da região. Nas Regiões Sudeste e Centro-oeste, as chuvas também ficaram entre a média e ligeiramente abaixo do normal para a época do ano. Nas áreas produtivas de grãos da Região Nordeste, as chuvas também apresentaram uma distribuição muito irregular, com volumes abaixo da média.

As temperaturas registraram valores muito próximos à média histórica, porém com dois padrões diferentes, durante a primeira quinzena estas temperaturas ficaram abaixo da média, já na segunda quinzena os valores observados ficaram bem acima da média, acentuando os extremos em todo o centro-sul do Brasil. Nas demais regiões do Brasil, as temperaturas ficaram entre a média e ligeiramente acima.

O comportamento das temperaturas das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial, durante o último mês, não apresentou nenhuma mudança significativa, permanecendo com o mesmo padrão, seguindo tendência de neutralidade dos últimos meses, como podemos observar na figura 01. Em escala global, estas condições climatológicas continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem "El Nino" e nem "La Nina"). Observando o prognóstico dos modelos climáticos em escala global, continua a tendência desta situação de "neutralidade" para os próximos meses, como podemos observar na seqüência das figuras 02 a 05.

As precipitações para os próximos meses, devem continuar com volumes entre a média e ligeiramente abaixo do normal, seguindo este padrão de distribuição muito irregular, intercalando períodos curtos de precipitação, com períodos maiores com pouca ou nenhuma chuva, para o centro-sul do Brasil, devido a continuidade desta situação de neutralidade climática. Para as regiões Centro-oeste e Sudeste, as chuvas diminuem gradativamente nos próximos meses, devendo ficar entre a média e ligeiramente abaixo. Para as áreas produtivas do Nordeste, as chuvas devem continuar com volumes abaixo da média no decorrer dos próximos meses.

Com relação às temperaturas, as massas de ar mais frias chegam com maior intensidade ao Sul do Brasil, com chance de ocorrência de formação geadas, principalmente nas áreas mais altas do Paraná, S.Catarina e R.Grande do Sul. Nas demais Regiões do Brasil, as temperaturas seguem com os valores dentro da média.

Agricultura de precisão ainda é pouco utilizada


Agricultura de precisão ainda é pouco utilizada


Mesmo com os avanços tecnológicos das máquinas agrícolas nos últimos anos, o Brasil ainda está atrás de outros países na introdução dessas inovações, especialmente quando se trata de agricultura de precisão, um conjunto de equipamentos e técnicas que permite maior eficiência na colocação de insumos e garante maior produtividade e redução de custos.

Apesar dessas tecnologias normalmente serem desenvolvidas em outros mercados e adaptadas ao Brasil, não há "gargalo" nesta frente, na avaliação de Milton Rego, diretor da Anfavea. "Absolutamente não é o impacto de tecnologia disponível, mas da difusão de tecnologia", diz.

Conforme Rego, de 10% a 15% da área plantada total no Brasil emprega agricultura de precisão, ante 40% ou mais nos EUA. O diretor da Anfavea diz que há potencial até para dobrar o uso desse conjunto de técnica e equipamentos, um mercado ainda concentrado nos agricultores empresariais. Segundo ele, algumas regiões do país nada devem ao cinturão de milho americano, mas outras são semelhantes a países da África subsaariana. Por isso, as empresas estão investindo. "Ninguém quer perder a corrida de inovação".

Pelos cálculos de Rego, cerca de 10% das máquinas agrícolas produzidas no Brasil saem de fábrica com tecnologia de agricultura de precisão. E há um grande mercado para empresas que comercializam à parte equipamentos que podem ser acoplados a tratores e colheitadeiras.

Na americana AGCO, 50% dos tratores acima de 150 cavalos de potência vêm com tecnologias de agricultura de precisão. Em colheitadeiras, 80% têm esses itens, segundo Jak Torretta, diretor de produtos da AGCO América do Sul. Os equipamentos promovem a passagem nas linhas com exatidão e evitam sobreposição e excesso ou falta de adubos e defensivos, que pesam no bolso do agricultor. A agregação de valor de um equipamento desse é estimada entre 10% a 40% do valor do produto.

Na John Deere, essa tecnologia "embarcada" está em 70% dos equipamentos que saem da fábrica, de acordo com Rodrigo Bonato, gerente de contas estratégicas da empresa para a América Latina.

Para Torretta, a nova geração de agricultores que têm experiência internacional adotam a tecnologia mais rapidamente. O segmento canavieiro foi o primeiro a adotar o piloto automático, diante da necessidade de se evitar o pisoteamento da soqueira da cana, que reduz em até 25% a produtividade. Hoje, segundo ele, se percebe uma adoção mais forte de agricultura de precisão em grandes propriedades do Centro-Oeste. (CF)

Política Nacional de iLPF deve impulsionar adoção da tecnologia


Política Nacional de iLPF deve impulsionar adoção da tecnologia


A presidente Dilma Roussef sancionou, no dia 30 de abril de 2013, a lei que institui a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Os objetivos da legislação incluem: melhorar de forma sustentável a produtividade, a qualidade dos produtos e a renda das atividades agropecuárias, por meio da aplicação de sistemas integrados de exploração de lavoura, pecuária e floresta em áreas já desmatadas, como alternativa aos monocultivos tradicionais; mitigar o desmatamento e contribuir para a manutenção das áreas de preservação permanente e reserva legal; além de fomentar novos modelos de uso da terra, conjugando a sustentabilidade do agronegócio com a preservação ambiental.


A ILPF, de acordo com a proposta, estabelece novas atribuições para o poder público. Entre elas estão: definir planos de ação regional e nacional para a expansão e o aperfeiçoamento dos sistemas de iLPF, com a participação das comunidades locais e estimular a adoção da certificação dos produtos pecuários agrícolas e florestais oriundos de sistemas integrados.


"Essa lei será um importante instrumento para apoiar políticas públicas para a ampliação da adoção da iLPF em todo o território brasileiro", afirma o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados e presidente do Conselho Técnico da Rede de Fomento em ILPF, Luiz Carlos Balbino.


Rede ILPF

A instituição da Política Nacional é um impulso à Rede de Fomento da integração Lavoura-Pecuária-Floresta -- Rede de Fomento ILPF, uma iniciativa coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Cocamar, John Deere e Syngenta.


A Rede ILPF, formalizada, em 2012, em cerimônia realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília (DF), visa fortalecer a adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta em todas as regiões do Brasil. Com um investimento de R$ 7,5 milhões ao longo de cinco anos para a transferência da tecnologia junto aos produtores.


Segundo o presidente da John Deere no Brasil, Paulo Herrmann, a demanda mundial por alimentos tente a crescer e a produção deve garantir a oferta, mas com a preservação dos recursos naturais. "O programa ILPF é uma estratégia de produção sustentável, mas existe um vazio entre a pesquisa e a utilização efetiva no campo. Nesse sentido foi proposto o trabalho conjunto para acelerar a difusão desse conhecimento."


O presidente do Conselho Técnico da Rede, destaca que a ILPF, que foi desenvolvida por toda rede de pesquisa agropecuária brasileira, pode ser utilizada em pequenas, médias e grandes propriedades. A estratégia, segundo ele, para difundir a tecnologia é a criação de Unidades de Referência Tecnológica em todas as regiões. "A Transferência de Tecnologia se dará em todos os biomas brasileiros. Temos unidades de referência no Cerrado, Pampa, Mata Atlântica, Amazônia e até a Caatinga."

Benefícios

A tecnologia reúne em uma única propriedade a produção de grãos, carne ou leite, além de produtos madeireiros e não madeireiros ao longo de todo ano. O resultado dessa combinação é o aumento da renda do produtor rural, redução na pressão por desmatamento de novas áreas com florestas nativas e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE).


A possibilidade de triplicar a produção de alimentos, fibras e energia sem a necessidade de utilizar áreas de florestas nativas é destacada por Luiz Carlos Balbino. "Essa expansão se dará em áreas de pastagens em degradação, ou seja, já antropizadas, e, sem derrubar uma única árvore. Com esse sistema, o produtor pode, ainda, atender à legislação ambiental, realizando a adequação da área com a constituição, por exemplo, da Reserva Legal e da Área de Preservação Permanente sem comprometer a rentabilidade do negócio", acrescenta.


Os produtores podem contar também com melhorias econômicas e sociais, como incremento da produção anual de alimentos a menor custo; aumento na produção de fibras, biocombustíveis e biomassa; maior inserção social pela geração de emprego e renda no campo; aumento da oferta de alimentos seguros; estímulo à qualificação profissional; dinamização de vários setores da economia, principalmente em nível regional, entre outros.


Para obter resultados ainda melhores, a ILPF pode estar combinada também a outras tecnologias como o Sistema de Plantio Direto, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas, o uso de cultivares melhoradas e boas práticas agropecuárias.


A tecnologia faz parte dos compromissos que foram ratificados pela Política Nacional sobre Mudanças do Clima e, consolidados com a elaboração do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Segundo os especialistas, a ILPF possui grande potencial de sequestro de carbono pelos elevados acúmulos de biomassa forrageira e florestal e acúmulo de matéria orgânica no solo, o que reduz a emissão de GEE na atmosfera.


O sistema tem sido adotado em todo o Brasil, com maior representatividade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Atualmente, aproximadamente 1,6 a 2 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da estratégia ILPF. A meta do Programa ABC é de que a ILPF possa ser adotada em quatro milhões de hectares até 2020.