quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Preços da soja despencam no Brasil

O bom desenvolvimento das lavouras no Brasil e o avanço do cultivo na Argentina deram o tom baixista

Ernesto de Souza
As cotações de soja e derivados recuaram com força nos últimos dias (Fotos: Ernesto de Souza)
As cotações de soja e derivados recuaram com força nos últimos dias no mercado interno, segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Esalq/USP (Cepea). Apenas no porto de Paranaguá que não há sinalização de preços efetivos, com valores apenas nominais. Com isso, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) vem apresentando o mesmo valor, em moeda nacional, desde o dia 25 de setembro de 2012.

O indicador finalizou a R$ 75,73 por saca de 60 quilos na sexta-feira (11/1). Em dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, fechou a US$ 37,20 por saca de 60 quilos nessa sexta, com ligeira alta de 0,11% entre 4 e 11 de janeiro. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no
Indicador Cepea/Esalq, finalizou a R$ 64,87 por saca de 60 quilos na sexta-feira, com forte queda de 3,94% no mesmo período.

O bom
desenvolvimento das lavouras no Brasil e o avanço do cultivo na Argentina deram o tom baixista. Também pesaram os cancelamentos de contratos de exportação norte-americana por parte da China, assim como a restrição de compras no mercado interno. Agentes de mercado passaram a precificar a possibilidade efetiva de a América do Sul ter safra recorde nesta temporada 2012/2013.

No PR, produtividade da soja está maior que a da safra passada


Colheita da soja começou na região oeste do estado.

Primeiros resultados têm agradado os agricultores.


As máquinas aceleram nas lavouras e os produtores colhem a safra de soja que foi plantada em meados de setembro do ano passado.
A área plantada de soja nesta safra é a maior da história do Paraná, com quase 5 milhões de hectares.  A colheita promete ser das boas.
A previsão é colher 15 milhões de toneladas, quase 5 milhões a mais do que foi plantado na safra de 2011/ 2012.
O produtor Alceno Franke está satisfeito, comparando com o ano passado, ele está colhendo 30 sacas a mais por hectare. Mal terminou a colheita, mas ele nem pensa em descanso. “Agora é só esperar que o tempo colabore, a gente vai colocar a semente na terra e depois pode vir a chuva”, diz Alceno.
De acordo com a Secretaria de Agricultura do Paraná, a colheita da soja no estado deve se estender até março.
   

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Novas frentes para a cana-de-açúcar

Notícia

14/1/2013


Com quatro décadas de uma experiência que desperta curiosidade global, a ousada aposta brasileira nos biocombustíveis como forma de reduzir a dependência da gasolina está perto de iniciar uma nova fase. Os pesquisadores da Embrapa Agroenergia, acompanhados de perto pela iniciativa privada, estão empenhados em continuar elevando a produtividade da cana-de-açúcar, com outras variedades e métodos inovadores para se extrair ainda mais álcool do vegetal.

Além da produção de etanol de segunda geração, obtido a partir de um processo extra de refino, novas matérias-primas, como o sorgo sacarino, estão sendo testadas para aproveitar os quase seis meses ociosos das usinas.

"A cana continua imbatível como energético e não enfrenta os dilemas da questão alimentar, como o milho nos Estados Unidos. Além disso, podemos dobrar a produção apenas incorporando pastagens e campos ociosos", avisa o chefe geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior.

Em paralelo, o país continua investindo em pesquisa para não perder a revolução do etanol extraído de qualquer fibra vegetal. Para ele, a diversificação de fontes de biomassa é elemento-chave para garantir também o futuro do Programa Nacional de Biodiesel, concentrado 80% na soja.

ICMS

Do ponto de vista conjuntural, Souza defende uma unificação do ICMS nos estados como forma de garantir a sustentabilidade econômica ao etanol de cana. O país dever colher uma safra recorde de 580 milhões de toneladas em 2013, conforme previsões da Organização Internacional do Açúcar. Metade vai para o etanol.

Após encontrar-se com a presidente Dilma Rousseff, na última quinta-feira, Rubens Ometto, presidente da empresa Cosan, maior produtora de etanol do mundo, informou que prevê melhora significativa nos números da safra de cana, com o começo da colheita previsto para abril, referente a 2013 e 2014. Segundo os cálculos dele, serão moídas 600 milhões de toneladas ante os 570 milhões do período anterior.

Apesar disso, Ometto não acredita que os volumes derrubarão os preços do combustível, pois já estão defasados em razão das pressões para baixo da gasolina.

A crescente demanda de eletricidade para o Brasil poderia ser suprida por um proporcional aumento da participação do bagaço da cana na matriz energética. A capacidade média de produção atual só das usinas de São Paulo gira em torno de 1,3 mil megawatts (MW). Segundo o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em Ribeirão Preto (SP), Sergio Prado, esse volume poderia subir para 15,3 mil MW em uma década. "É o equivalente a uma Itaipu", comentou, citando a maior hidrelétrica em operação no país.
(Colaborou Sílvio Ribas)

O peso do flex
Relatórios oficiais mostram que a tecnologia flex tirou eficiência energética do etanol nas bombas de combustíveis. Enquanto nos anos 1990 o chamado preço relativo de indiferença entre o álcool hidratado de cana-de-açúcar e gasolina era, na média, de 80,67% na frota movida apenas com a opção renovável, o motor bicombustível, que hoje domina as vendas de carros novos, é, na prática, favorável ao refino de petróleo, abaixo de 70%.


Por ROSANA HESSEL
Clipping do Ministério do Planejamento

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

FAEP ALERTA SOBRE LINHA ESPECIAL DO PRONAF


FAEP ALERTA SOBRE LINHA ESPECIAL DO PRONAF

O Banco do Brasil acolherá propostas até dia 18 de janeiro

O Conselho Monetário Nacional – CMN autorizou por meio da Resolução 4.179, o aumento de      R$ 500 milhões nos recursos da linha especial de crédito de investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

A linha criada em julho de 2012, com a finalidade de atender agricultores familiares afetados pela estiagem da safra 2011/12, nos municípios em que foi declarada situação de emergência, tem limite de crédito de até R$ 10 mil por beneficiário, com taxa de juros de 1% ao ano e prazo de financiamento de até 10 anos, incluídos até 03 anos de carência.

Além dessas condições o produtor pode ter bônus de adimplência de 20% sobre cada parcela paga até o vencimento.

Apesar da ampliação dos recursos o prazo para contratação permaneceu marcado para 31 de janeiro. Com isto o Banco do Brasil do Paraná informou que acolherá propostas até 18 de janeiro, pois até o final do mês as propostas além de acolhidas precisam ser formalizadas.

Os produtores interessados devem procurar as instituições financeiras com atenção às datas determinadas.

 

Consulte as Resoluções do CMN sobre esta linha de crédito:


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Governo federal altera regras para pulverização aérea nas lavouras

Notícia

 Governo federal altera regras para pulverização aérea nas lavouras
7/1/2013

Governo federal altera regras para pulverização aérea nas lavouras


As aplicações aéreas de produtos agrotóxicos que contem Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil para as culturas de algodão e de soja serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do país. A partir de agora, a aplicação será permitida apenas para algumas culturas, cujo uso da aviação agrícola é essencial, preservando o máximo possível o período de visitação das abelhas. Antes, existia um prazo fixo para todos os estados.

Em 3 de outubro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizaram e regulamentaram a aplicação do uso desses quatro produtos de forma excepcional e temporária para as culturas de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo, até 30 de junho de 2013.

A regulamentação foi publicada nesta sexta-feira, dia 4 de janeiro, no Diário a Oficial da União (DOU) em Ato conjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa) e o Ibama.

De acordo com o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Rangel, a utilização dos aviões é fundamental para o processo de produção dessas culturas.

"Identificamos que o período crítico de controle de percevejos na soja é logo após a floração, quando ocorre a formação e o enchimento dos grãos. Criamos regras de aplicação segura que contam com a restrição no momento de visitação das abelhas, mas permitem o controle dos percevejos, no caso da soja. Construímos junto com o Ibama as exceções e consideramos as necessidades do agricultor. O Mapa apóia fortemente a medida que visa proteger o Meio Ambiente e os polinizadores", explicou.

Condições

A aplicação aérea para controle de pragas agrícolas desses produtos deve seguir uma série de condições. Antes da aplicação, os produtores rurais deverão notificar os apicultores localizados em um raio de 6 km com antecedência mínima de 48h.

A cultura do algodão foi incluída na exceção aprovada pelo governo, somando-se às culturas da soja, cana-de-açúcar, trigo e arroz para o uso desses produtos por meio da aviação agrícola. Essas empresas ficam responsáveis por comunicar o Mapa, mensalmente, sobre a aplicação dos produtos. A fiscalização dessa modalidade de uso será intensificada no período de validade da restrição do Ibama.

Assessoria de Comunicação Social do MAPA

Metade das unidades do Paraná não têm plano de manejo

Notícia

Metade das unidades do Paraná não têm plano de manejo
7/1/2013

Metade das unidades do Paraná não têm plano de manejo

Documento exigido pela lei nacional rege as áreas de conservação, mas está presente em apenas 36 das 68 unidades protegidas no estado
O plano de manejo é um instrumento que dita as regras de uso de uma unidade de conservação, área delimitada para garantir a preservação de um ecossistema. Porém, o documento, exigido pela legislação, é ignorado pelos órgãos responsáveis. Entre as unidades federais, 68% não têm planos. E entre as estaduais, 47% não contam com o instrumento.

O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão do governo federal responsável pela gestão das unidades de conservação, informou que das 310 áreas distribuídas pelo país, 98 têm planos de manejo. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) possui 68 unidades de conservação criadas ao longo dos últimos 50 anos. Dessas, apenas 36 possuem o documento.

O artigo 27 da lei 9.985, de 2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, estabelece que todas as unidades devem dispor de um plano de manejo.
A mesma lei prega que o plano de manejo deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data da criação da unidade de conservação. Até que ele seja elaborado, a proteção da unidade deve ser assegurada.

O decreto 4.340, de 2002, determina o roteiro dos planos de manejo. Entre as exigências, ele cita que a partir da criação da unidade de conservação, e antes da implantação do plano, devem ser feitas e colocadas em prática ações de proteção e de fiscalização da unidade criada.

O plano de manejo deve estar disponível para consulta de qualquer pessoa na sede da unidade da conservação e no órgão responsável pela unidade.

Desde 2000, os planos passaram a ser exigidos por uma lei que preconiza a confecção do documento em até cinco anos após a criação da unidade. Mas, das 32 áreas que não possuem um plano de manejo no Paraná, 84% foram criadas antes de 2007 e já extrapolaram o prazo limite para implantação dos planos. É o caso da Estação Ecológica de Fernandes Pinheiro, nos Campos Gerais, que foi criada em 2001 e tem floresta de araucárias.

O governo estadual, responsável pelas unidades, pretende regularizar a situação em no máximo cinco anos. Entre as causas para a inexistência dos planos está a falta de regularização fundiária das áreas, o processo demorado para a execução dos planos, os custos, que oscilam em torno de R$ 200 mil por documento, e o fato de a maioria das unidades ter sido criada antes da legislação e já ter planos que precisam ser revisados de acordo com o decreto de 2002, que determina como o estudo deve ser conduzido.

Para o coordenador jurídico da Liga Ambiental, Rafael Filippin, a falta de planos mostra que não há compromisso com a efetiva gestão sustentável das unidades. Ele considera que os prejuízos não ficam restritos ao meio ambiente, mas à sociedade. "As pessoas que moram no entorno das unidades que não têm planos não têm clareza naquilo que podem e que não podem fazer", diz. Além disso, lembra Filippin, sem o plano de manejo não é possível planejar adequadamente os investimentos que serão feitos na área.

A chefe do departamento de unidades de conservação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Maria do Rocio Lacerda Rocha, diz que o volume de trabalho é grande porque muitos planos precisam ser revisados. O litoral paranaense, por exemplo, terá novidades no início de 2013. O plano de manejo do Parque Estadual da Ilha do Mel, criado em 2002, está quase pronto, assim como a revisão do plano de manejo da Estação Ecológica da Ilha do Mel, que foi criada em 1982.

O que pode ou não fazer dentro de uma unidade de conservação. Qual sua história. Quais as espécies de animais, plantas e peixes que existem na unidade. O que os moradores do entorno da unidade podem fazer. Estas são algumas das informações incluídas nos planos de manejo. "Sem ele, é como se a unidade de conservação não existisse", resume o coordenador jurídico da Liga Ambiental, Rafael Filippin.

O parque estadual de Vila Velha, localizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, é uma unidade de conservação estadual e um exemplo de como o plano de manejo é importante. A unidade ficou fechada entre os anos de 2002 e 2004 para ser revitalizada.

Com a reabertura do parque, em janeiro de 2004, as visitas passaram a ser monitoradas e foram proibidos os acampamentos e a alimentação na área de preservação. O número de visitantes foi limitado a 816 por dia e o horário de abertura do parque é restrito. Os turistas que querem fotografar as formações areníticas não podem sair da trilha.

Dependendo da categoria da unidade de conservação, as regras são ainda mais rígidas. "O local tem que estar ali como uma amostra do ecossistema para comprovar como era aquele ambiente primitivamente", acrescenta a chefe do departamento de unidades de conservação do IAP, Maria do Rocio Lacerda Rocha.

Gazeta Online

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Notícia

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses
2/1/2013

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses


As precipitações observadas durante o mês de dezembro continuaram seguindo o mesmo padrão de distribuição dos meses anteriores, muito irregulares. Apesar dos volumes totais ficarem próximos da média histórica na maior parte do centro-sul do Brasil, as chuvas ficaram mais concentradas na primeira quinzena de dezembro, durante a segunda quinzena as chuvas foram mais localizadas e os volumes observadas foram menores.

De uma maneira geral, os totais observados em dezembro foram ligeiramente superiores aos registrados no mês anterior. Com isto, a umidade no solo vem mantendo-se em níveis razoáveis a bom, na maior parte do centro-sul do Brasil, favorecendo o bom desenvolvimento da maioria das lavouras na região.

Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e nas áreas produtoras de grãos do Nordeste, as chuvas observadas vêm mantendo uma certa regularidade, com volumes muito próximos à média histórica, favorecendo também, o bom desenvolvimento da maioria das lavouras na região.

As temperaturas registraram valores acima da média, para a época do ano, principalmente durante a segunda quinzena de dezembro. Vale ressaltar a onda de calor que atingiu a região Sul do Brasil no final do mês, onde, em algumas localidades, foram observados valores próximos aos recordes de temperatura máxima.

Durante o último mês, não foi observada nenhuma mudança significativa no padrão do comportamento das temperaturas das águas superficiais, no Oceano Pacífico Equatorial. Estas temperaturas das águas superficiais continuam com uma tendência de neutralidade, seguindo o mesmo padrão do último mês.

Estas condições, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem "El Nino" e nem "La Nina"). Os prognósticos dos modelos climáticos globais, também indicam a continuidade desta situação de "neutralidade" para os próximos meses.

Analisando os modelos de prognóstico climáticos, a tendência para o verão (2012/2013) é de que as precipitações continuem com este padrão de distribuição muito irregular, intercalando períodos curtos com muita chuva com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade desta situação de neutralidade climática.

Os volumes de chuva podem ficar ligeiramente abaixo da média, para a região centro-sul do Brasil. Para as regiões Centro-oeste, Sudeste e áreas produtivas do Nordeste, as chuvas devem continuar com este padrão mais regular e registrar volumes dentro do esperado para a época do ano.

Com relação às temperaturas, devem voltar aos padrões normais, diferente das temperaturas observadas no mês de dezembro, as quais ficaram muito acima da média.

Luiz Renato Lazinski
Meteorologista
INMET/MAPA