quarta-feira, 20 de julho de 2011
CRÉDITO RURAL: MAIOR APLICAÇÃO EM DEZ ANOS - mapa
Notícia Download da imagem 19/7/2011
CRÉDITO RURAL: MAIOR APLICAÇÃO EM DEZ ANOS
Por Tânia Moreira, economista da FAEP
AGRICULTURA EMPRESARIAL
Com uma produção nacional estimada em 162,5 milhões de toneladas de grãos, fibras, leguminosas e oleaginosas, área plantada de 49,5 milhões de hectares segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab e preços mais elevados em comparação à média histórica a contratação de crédito rural na safra 2010/2011 também bateu recorde considerando os últimos dez anos, com aplicação total de R$ 94,1bilhões.
Nas operações de custeio e comercialização foram aplicados R$ 71,3 bilhões do total de R$ 75,5 bilhões programados, dos quais 77% foram tomados a juros de 6,25% a 6,75% ao ano. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação cresceu 9,8%. As aplicações do PRONAMP, linha de crédito de apoio ao médio produtor rural teve a maior alta, registrando 60,7% mais operações que na safra anterior.
Segundo o Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central, que considera o ano civil e não o ano safra, os financiamentos com as lavouras de milho, soja, café, cana-de-açúcar, arroz, trigo e algodão responderam por 83% das operações de custeio para 2010. Sendo as regiões Sul e Sudeste as principais regiões que contrataram crédito para este fim, com destaque para o Estado do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respectivamente.
As operações de investimento cresceram 32,5% com a aplicação de R$ 13,5 bilhões dado a programação de R$ 18 bilhões. Tiveram destaque as operações com recursos obrigatórios, operações do Pronamp e Procap-Agro, linha destinada às cooperativas, que ultrapassou o valor programado e registrou crescimento acima de 100% .
As operações da linha Moderfrota, destinada ao financiamento de tratores agrícolas e implementos, com taxa de juros de 9,5% ao ano, atingiu apenas 1,2% do total programado, registrando a maior queda entre as demais linhas de investimento.
A linha especial de crédito de sustentação do investimento BNDES PSI - BK para financiamento de bens de capital superou o valor programado com a aplicação de R$ 5,8 bilhões, e crescimento de 29,2%. De julho de 2010 a maio deste ano, o programa operou a maior parte dos meses com taxa de juros de 5,5% ao ano. A partir de fevereiro a taxa subiu para 6,5% ao ano.
Segundo o Anuário Estatístico - BC das operações de investimento agrícola contratadas em 2010 o Paraná respondeu por 20% do valor contratado para o financiamento de tratores nacionais, sendo o segundo estado com maior valor contratado depois do Rio Grande do Sul. Respondeu também por 19,67% do valor contratado para colheitadeiras nacionais e 5,6% para fins de florestamento e reflorestamento sendo o quarto estado com maior importância de valor.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 2009 a 2010 a aplicação em operações de investimento no Paraná cresceu 75%, com destaque para o grupo Outros Programas, que inclui financiamentos do BNDES PSI - BK, e Produsa que será incluído no Programa ABC. As operações do Moderfrota e Moderinfra tiveram as maiores perdas.
Os financiamentos para safra de verão 2011/2012 já tiveram início sendo programados R$ 107,2 bilhões para operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura comercial. Um aumento de 7,2% em relação à safra 2010/2011.
Para próxima safra é possível que as operações do Pronamp tenham aumento devido às modificações do Plano Agrícola e Pecuário que permitem a ampliação de enquadramento do médio produtor a taxas de juros menores. O Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura - Programa ABC que incorporou o Programa Propflora e Produsa também deve ter aplicação maior, pois tem taxas de juros menores de 5,5% ao ano e irá absorver as contratações das duas linhas incorporadas que antes tinham taxas de juros de 5,75% a 6,75% ao ano.
RECURSOS PROGRAMADOS - BRASIL
Financiamento - R$ bilhões
2010/2011
2011/2012
Variação
CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO
75,6
80,2
6,08%
Juros controlados
60,7
64,1
5,60%
Juros livres
14,9
16,1
8,05%
INVESTIMENTO
18
20,5
13,89%
Total BNDES
10,5
10,5
0,00%
LINHAS ESPECIAIS
6,4
6,5
1,56%
Total
100
107,2
7,20%
Fonte: MAPA Elaboração: DTE/FAEP
AGRICULTURA FAMILIAR
Para agricultura familiar, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- PRONAF foram aplicados R$ 11,3 bilhões dos R$ 16 bilhões programados para a safra 2010/2011 ou 71% do total dos recursos programados. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação caiu 0,7%.
Segundo dados do Anuário Estatístico do Crédito Rural o Paraná respondeu por 13% do valor total financiado no PRONAF em 2010, ocupando o quarto lugar entre os estados que mais utilizaram este tipo de crédito, entre eles: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, respectivamente.
Para safra 2011/2012 está programado o mesmo volume de recursos utilizado na safra anterior, R$ 16 bilhões, de acordo com Plano Safra da Agricultura Familiar. Deste total R$ 2,4 bilhões devem ser destinados ao Paraná.
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CRÉDITO RURAL: MAIOR APLICAÇÃO EM DEZ ANOS
Por Tânia Moreira, economista da FAEP
AGRICULTURA EMPRESARIAL
Com uma produção nacional estimada em 162,5 milhões de toneladas de grãos, fibras, leguminosas e oleaginosas, área plantada de 49,5 milhões de hectares segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab e preços mais elevados em comparação à média histórica a contratação de crédito rural na safra 2010/2011 também bateu recorde considerando os últimos dez anos, com aplicação total de R$ 94,1bilhões.
Nas operações de custeio e comercialização foram aplicados R$ 71,3 bilhões do total de R$ 75,5 bilhões programados, dos quais 77% foram tomados a juros de 6,25% a 6,75% ao ano. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação cresceu 9,8%. As aplicações do PRONAMP, linha de crédito de apoio ao médio produtor rural teve a maior alta, registrando 60,7% mais operações que na safra anterior.
Segundo o Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central, que considera o ano civil e não o ano safra, os financiamentos com as lavouras de milho, soja, café, cana-de-açúcar, arroz, trigo e algodão responderam por 83% das operações de custeio para 2010. Sendo as regiões Sul e Sudeste as principais regiões que contrataram crédito para este fim, com destaque para o Estado do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respectivamente.
As operações de investimento cresceram 32,5% com a aplicação de R$ 13,5 bilhões dado a programação de R$ 18 bilhões. Tiveram destaque as operações com recursos obrigatórios, operações do Pronamp e Procap-Agro, linha destinada às cooperativas, que ultrapassou o valor programado e registrou crescimento acima de 100% .
As operações da linha Moderfrota, destinada ao financiamento de tratores agrícolas e implementos, com taxa de juros de 9,5% ao ano, atingiu apenas 1,2% do total programado, registrando a maior queda entre as demais linhas de investimento.
A linha especial de crédito de sustentação do investimento BNDES PSI - BK para financiamento de bens de capital superou o valor programado com a aplicação de R$ 5,8 bilhões, e crescimento de 29,2%. De julho de 2010 a maio deste ano, o programa operou a maior parte dos meses com taxa de juros de 5,5% ao ano. A partir de fevereiro a taxa subiu para 6,5% ao ano.
Segundo o Anuário Estatístico - BC das operações de investimento agrícola contratadas em 2010 o Paraná respondeu por 20% do valor contratado para o financiamento de tratores nacionais, sendo o segundo estado com maior valor contratado depois do Rio Grande do Sul. Respondeu também por 19,67% do valor contratado para colheitadeiras nacionais e 5,6% para fins de florestamento e reflorestamento sendo o quarto estado com maior importância de valor.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 2009 a 2010 a aplicação em operações de investimento no Paraná cresceu 75%, com destaque para o grupo Outros Programas, que inclui financiamentos do BNDES PSI - BK, e Produsa que será incluído no Programa ABC. As operações do Moderfrota e Moderinfra tiveram as maiores perdas.
Os financiamentos para safra de verão 2011/2012 já tiveram início sendo programados R$ 107,2 bilhões para operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura comercial. Um aumento de 7,2% em relação à safra 2010/2011.
Para próxima safra é possível que as operações do Pronamp tenham aumento devido às modificações do Plano Agrícola e Pecuário que permitem a ampliação de enquadramento do médio produtor a taxas de juros menores. O Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura - Programa ABC que incorporou o Programa Propflora e Produsa também deve ter aplicação maior, pois tem taxas de juros menores de 5,5% ao ano e irá absorver as contratações das duas linhas incorporadas que antes tinham taxas de juros de 5,75% a 6,75% ao ano.
RECURSOS PROGRAMADOS - BRASIL
Financiamento - R$ bilhões
2010/2011
2011/2012
Variação
CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO
75,6
80,2
6,08%
Juros controlados
60,7
64,1
5,60%
Juros livres
14,9
16,1
8,05%
INVESTIMENTO
18
20,5
13,89%
Total BNDES
10,5
10,5
0,00%
LINHAS ESPECIAIS
6,4
6,5
1,56%
Total
100
107,2
7,20%
Fonte: MAPA Elaboração: DTE/FAEP
AGRICULTURA FAMILIAR
Para agricultura familiar, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- PRONAF foram aplicados R$ 11,3 bilhões dos R$ 16 bilhões programados para a safra 2010/2011 ou 71% do total dos recursos programados. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação caiu 0,7%.
Segundo dados do Anuário Estatístico do Crédito Rural o Paraná respondeu por 13% do valor total financiado no PRONAF em 2010, ocupando o quarto lugar entre os estados que mais utilizaram este tipo de crédito, entre eles: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, respectivamente.
Para safra 2011/2012 está programado o mesmo volume de recursos utilizado na safra anterior, R$ 16 bilhões, de acordo com Plano Safra da Agricultura Familiar. Deste total R$ 2,4 bilhões devem ser destinados ao Paraná.
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
Brasil, um exemplo de quê? - Carlos Alberto Sardenberg - O Estado de S. Paulo
O Estado de S. Paulo
Brasil, um exemplo de quê?
Carlos Alberto Sardenberg
Hillary Clinton andou elogiando o sistema tributário brasileiro, pela ampla capacidade de arrecadação de impostos
Hillary Clinton andou elogiando o sistema tributário brasileiro, pela ampla capacidade de arrecadação de impostos, como definiu, e o modo como o governo gasta o dinheiro em programas sociais que tiram pessoas da pobreza. O comentário serviu para o momento político nos EUA.
O governo democrata de Barack Obama, ao qual pertence Hillary, como secretária de Estado, está justamente numa guerra fiscal com os republicanos, que dominam o Congresso. Os democratas querem um programa de ajuste que aumente os impostos - mas só para os mais ricos, ressalva Obama - sem prejudicar programas sociais. Os republicanos querem um forte e amplo corte de gastos públicos e se opõem a qualquer aumento de imposto.
Faz sentido falar em aumentar imposto nos EUA? Sim, se a comparação se dá entre os países desenvolvidos. Nesse grupo, excetuando o Japão, os EUA têm a mais baixa carga tributária, em torno dos 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos demais, essa carga está acima dos 35% e passa dos 40% em muitos europeus, como na França.
Mas há diferenças enormes no modo de organização da sociedade. Nos europeus, o governo precisa de mais dinheiro porque presta mais serviços diretamente à população. Os serviços de saúde, por exemplo, são basicamente públicos na Europa e privados nos EUA. Idem para o sistema de aposentadoria e de escolas.
Na verdade, porém, todo mundo paga. Os americanos recolhem menos impostos, mas precisam pagar quando vão ao médico ou às universidades. Os europeus são atendidos de graça (ou fortemente subsidiados), mas pagam mais caro pelos produtos que compram por causa dos impostos.
E, curiosamente, tanto os EUA como muitos países europeus estão com o mesmo problema: déficit no orçamento dos governos e dívidas públicas muito elevadas.
Por outro lado, entre os emergentes, o Brasil ostenta, disparado, a maior carga tributária, em torno dos 35% do PIB. Na China, por exemplo, os impostos levam apenas 20% da renda nacional. Na América Latina é a Argentina que arrecada mais impostos, depois do Brasil, mas não chega aos 30%. No México está em torno dos 20%.
Embora arrecade mais, o setor público brasileiro deve mais do que na maior parte dos emergentes, especialmente quando se considera a dívida bruta. E opera com déficit nominal no orçamento total do governo (federal, estadual e municipal.)
Resumindo, o governo brasileiro arrecada mais e toma mais dinheiro emprestado. Gasta mais, portanto, e bastante em programas sociais, como disse Hillary Clinton.
Por exemplo, um quarto da população brasileira recebe os pagamentos mensais do Bolsa-Família. Mas também um quarto da população mexicana está no Oportunidades, o Bolsa-Família deles e que, aliás, é anterior ao nosso. Também no Chile, que recolhe ainda menos impostos que no México, há o Solidariedade, distribuição de renda tão ampla e eficiente quanto os outros dois.
Considerando padrões como saúde e educação, os indicadores brasileiros de qualidade e eficiência não são superiores aos dos demais emergentes. Ao contrário, nossos alunos, nos testes internacionais, perdem de colegas de países onde a arrecadação e o gasto por estudantes é menor do que aqui.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é admirado em alguns países da América Latina, pela sua ampla capacidade de atendimento. Mas o pessoal talvez não saiba que, além de recolher os impostos que financiam o SUS, cerca de 45 milhões de brasileiros pagam planos de saúde privados. (E que Hugo Chávez vai ser tratado num hospital privado, onde se trataram, aliás, José Alencar e Dilma Rousseff).
De todo modo, um tema frequente aqui na região é, como na proposta de Hillary, aumentar impostos para financiar saúde e educação - e melhorar esses indicadores. Dizem: já que a carga tributária ainda é baixa...
Ora, isso, em si, já mostra como algo deu errado no Brasil. Nossos impostos já estão lá em cima e não se nota desempenho notável dos serviços públicos prestados. Mas a aposentadoria pública funciona bem, especialmente para os mais pobres, no caso do INSS, e para os funcionários públicos. Só que é também uma fonte enorme de déficit. Ou seja, aqui, paradoxalmente, a arrecadação de impostos e contribuições não é suficiente.
Entre os ricos também há comparações interessantes: o ensino médio europeu, basicamente público e gratuito, é superior ao americano, público e privado. Mas as universidades dos EUA, privadas e pagas, mesmo quando pertencem a governos, são muito superiores às da Europa, públicas em geral.
Somando dinheiro público e privado, os EUA são os que mais gastam (per capita) em saúde, com resultados contraditórios. Há setores da população que não conseguiam nenhuma assistência - objeto do novo programa de Obama - e setores atendidos com medicina de alto nível.
Transporte e infraestrutura nos EUA, mais privados, igualam ou superam muitos europeus, públicos.
Dá o que pensar, não é mesmo? Leva a uma conclusão que a muitos parece tão simples que não pode ser isso. Mas considerem: a questão central não está no tamanho da carga tributária e do gasto, mas na eficiência de uma e de outro. E, olhando por esse lado, o elogio de Hillary ao modelo brasileiro foi apenas uma fala para a política interna, ou resulta de falta de informação, ou as duas coisas. O governo, aqui, arrecada muito, complica e encarece a vida do contribuinte e não entrega serviços e obras na proporção esperada.
Claro que, com pouco dinheiro, governos podem fazer pouco. Mas não decorre daí que, com muito, farão mais e melhor. O Brasil é exemplo disso. Nosso caso, aqui, é como reduzir impostos e aumentar a eficiência do gasto.
JORNALISTA
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br
Brasil, um exemplo de quê?
Carlos Alberto Sardenberg
Hillary Clinton andou elogiando o sistema tributário brasileiro, pela ampla capacidade de arrecadação de impostos
Hillary Clinton andou elogiando o sistema tributário brasileiro, pela ampla capacidade de arrecadação de impostos, como definiu, e o modo como o governo gasta o dinheiro em programas sociais que tiram pessoas da pobreza. O comentário serviu para o momento político nos EUA.
O governo democrata de Barack Obama, ao qual pertence Hillary, como secretária de Estado, está justamente numa guerra fiscal com os republicanos, que dominam o Congresso. Os democratas querem um programa de ajuste que aumente os impostos - mas só para os mais ricos, ressalva Obama - sem prejudicar programas sociais. Os republicanos querem um forte e amplo corte de gastos públicos e se opõem a qualquer aumento de imposto.
Faz sentido falar em aumentar imposto nos EUA? Sim, se a comparação se dá entre os países desenvolvidos. Nesse grupo, excetuando o Japão, os EUA têm a mais baixa carga tributária, em torno dos 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos demais, essa carga está acima dos 35% e passa dos 40% em muitos europeus, como na França.
Mas há diferenças enormes no modo de organização da sociedade. Nos europeus, o governo precisa de mais dinheiro porque presta mais serviços diretamente à população. Os serviços de saúde, por exemplo, são basicamente públicos na Europa e privados nos EUA. Idem para o sistema de aposentadoria e de escolas.
Na verdade, porém, todo mundo paga. Os americanos recolhem menos impostos, mas precisam pagar quando vão ao médico ou às universidades. Os europeus são atendidos de graça (ou fortemente subsidiados), mas pagam mais caro pelos produtos que compram por causa dos impostos.
E, curiosamente, tanto os EUA como muitos países europeus estão com o mesmo problema: déficit no orçamento dos governos e dívidas públicas muito elevadas.
Por outro lado, entre os emergentes, o Brasil ostenta, disparado, a maior carga tributária, em torno dos 35% do PIB. Na China, por exemplo, os impostos levam apenas 20% da renda nacional. Na América Latina é a Argentina que arrecada mais impostos, depois do Brasil, mas não chega aos 30%. No México está em torno dos 20%.
Embora arrecade mais, o setor público brasileiro deve mais do que na maior parte dos emergentes, especialmente quando se considera a dívida bruta. E opera com déficit nominal no orçamento total do governo (federal, estadual e municipal.)
Resumindo, o governo brasileiro arrecada mais e toma mais dinheiro emprestado. Gasta mais, portanto, e bastante em programas sociais, como disse Hillary Clinton.
Por exemplo, um quarto da população brasileira recebe os pagamentos mensais do Bolsa-Família. Mas também um quarto da população mexicana está no Oportunidades, o Bolsa-Família deles e que, aliás, é anterior ao nosso. Também no Chile, que recolhe ainda menos impostos que no México, há o Solidariedade, distribuição de renda tão ampla e eficiente quanto os outros dois.
Considerando padrões como saúde e educação, os indicadores brasileiros de qualidade e eficiência não são superiores aos dos demais emergentes. Ao contrário, nossos alunos, nos testes internacionais, perdem de colegas de países onde a arrecadação e o gasto por estudantes é menor do que aqui.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é admirado em alguns países da América Latina, pela sua ampla capacidade de atendimento. Mas o pessoal talvez não saiba que, além de recolher os impostos que financiam o SUS, cerca de 45 milhões de brasileiros pagam planos de saúde privados. (E que Hugo Chávez vai ser tratado num hospital privado, onde se trataram, aliás, José Alencar e Dilma Rousseff).
De todo modo, um tema frequente aqui na região é, como na proposta de Hillary, aumentar impostos para financiar saúde e educação - e melhorar esses indicadores. Dizem: já que a carga tributária ainda é baixa...
Ora, isso, em si, já mostra como algo deu errado no Brasil. Nossos impostos já estão lá em cima e não se nota desempenho notável dos serviços públicos prestados. Mas a aposentadoria pública funciona bem, especialmente para os mais pobres, no caso do INSS, e para os funcionários públicos. Só que é também uma fonte enorme de déficit. Ou seja, aqui, paradoxalmente, a arrecadação de impostos e contribuições não é suficiente.
Entre os ricos também há comparações interessantes: o ensino médio europeu, basicamente público e gratuito, é superior ao americano, público e privado. Mas as universidades dos EUA, privadas e pagas, mesmo quando pertencem a governos, são muito superiores às da Europa, públicas em geral.
Somando dinheiro público e privado, os EUA são os que mais gastam (per capita) em saúde, com resultados contraditórios. Há setores da população que não conseguiam nenhuma assistência - objeto do novo programa de Obama - e setores atendidos com medicina de alto nível.
Transporte e infraestrutura nos EUA, mais privados, igualam ou superam muitos europeus, públicos.
Dá o que pensar, não é mesmo? Leva a uma conclusão que a muitos parece tão simples que não pode ser isso. Mas considerem: a questão central não está no tamanho da carga tributária e do gasto, mas na eficiência de uma e de outro. E, olhando por esse lado, o elogio de Hillary ao modelo brasileiro foi apenas uma fala para a política interna, ou resulta de falta de informação, ou as duas coisas. O governo, aqui, arrecada muito, complica e encarece a vida do contribuinte e não entrega serviços e obras na proporção esperada.
Claro que, com pouco dinheiro, governos podem fazer pouco. Mas não decorre daí que, com muito, farão mais e melhor. O Brasil é exemplo disso. Nosso caso, aqui, é como reduzir impostos e aumentar a eficiência do gasto.
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Sol com algumas nuvens. Não chove. 16ºC 30ºC 0mm 0%
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Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite. 19ºC 30ºC 5mm 80%
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
Lançado Plano Safra da Agricultura Familiar
Notícia Download da imagem 12/7/2011
Lançado Plano Safra da Agricultura Familiar
Presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões aos pequenos produtores. Evento no Sudoeste do Paraná, reuniu cerca de 8 mil pessoas
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), lançou nesta terça-feira (12), em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012. Ela confirmou que o governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões para a agricultura familiar e ressaltou a importância desses trabalhadores para acabar com a miséria no país.
Aproximadamente 8 mil pessoas estiveram presentes, no Parque de Exposições Jaime Canet Junior, em Francisco Beltrão. O evento estava marcado para começar às 11 horas, mas começou com quase duas horas de atraso. Dilma discursou por 23 minutos e disse que "o Brasil deve se orgulhar muito de seus produtores".
Para a presidente, com o apoio dos pequenos produtores é possível "acabar com a miséria extrema no nosso país". Ela confirmou que o valor disponibilizado este ano (R$ 16 bilhões) é o mesmo do ano anterior, mas nem todos os recursos foram utilizados na última safra. A estimativa é que, dos R$ 16 bilhões, R$ 5 bilhões tenham "sobrado".
Para que a situação não se repita, o governo vai simplificar as operações de crédito rural. Um exemplo é a redução e unificação das taxas anuais de juros, que agora serão 1% para empréstimos destinados a investimentos até R$ 10 mil e 2% para valores acima de R$ 10 mil. Na safra atual, as taxas variam de 1% a 4%.
A presidente ainda afirmou que, se houver necessidade, o governo federal irá disponibilizar mais recursos para essa atividade familiar. Dos R$ 16 bilhões, R$ 7,7 bilhões são para investimentos e R$ 8,3 bilhões para custeio.
Dilma também quer que a comercialização entre os produtores seja facilitada. Só no Paraná, dos 370 mil produtores rurais, cerca de 85% são de agricultura familiar.
A presidente destinou um total de R$ 300 milhões para a Política de Garantia de Preços Mínimos para a Agricultura Familiar (PGPM-AF). A presidente ressaltou ainda que pediu ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que inclua no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) áreas rurais onde a atividade familiar é atuante.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), esteve no aeroporto de Francisco Beltrão para recepcionar a presidente e também discursou. Richa ressaltou que as divergências partidárias precisam ser esquecidas nestas horas e disse que o governo do Paraná tem uma relação de cooperação com o governo federal.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Wagner Rossi, também acompanharam a presidente na viagem.
O ministro Afonso Florence destacou que a PGPM-AF irá comprar diretamente dos agricultores com declaração de aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A presidente atribuiu ao seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avanços na política agropecuária nacional e voltou a dizer que recebeu uma "herança bendita" da gestão anterior. A expressão já havia sido usada pela presidente nesta segunda-feira (11), em cerimônia de entrega do Prêmio Anísio Teixeira, em uma resposta aos que avaliam que a presidente está se afastando nas últimas semanas do seu padrinho político. "Eu recebi uma herança bendita no que se refere a toda política de desenvolvimento familiar e de toda a atividade agropecuária do Brasil", afirmou.
Agricultores, membros de movimentos sociais, deputados estaduais e cerca de 100 prefeitos estiveram presentes no lançamento do Plano Safra no Sudoeste do estado. Às 15h, Dilma retornou para Brasília.
O lançamento estava marcado para o dia 1º de julho, mas foi adiado em razão do mau tempo.
Plano Safra
O governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões para a agricultura familiar, responsável por dois terços dos estabelecimentos rurais no estado, num sistema de produção considerado modelo para as demais regiões. O valor é o mesmo do Plano Safra anterior, isso porque nem todos os recursos foram utilizados nas últimas safras.
Essa é a primeira vez que um ocupante do cargo de presidente da República visita o município, e também a primeira vez que Dilma vem ao Paraná depois de assumir o mandato.
Fonte: Gazeta do Povo - Fernanda Leitóles, Gladson Angeli, José Rocher e Vitor Geron com Agência Estado
Lançado Plano Safra da Agricultura Familiar
Presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões aos pequenos produtores. Evento no Sudoeste do Paraná, reuniu cerca de 8 mil pessoas
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), lançou nesta terça-feira (12), em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012. Ela confirmou que o governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões para a agricultura familiar e ressaltou a importância desses trabalhadores para acabar com a miséria no país.
Aproximadamente 8 mil pessoas estiveram presentes, no Parque de Exposições Jaime Canet Junior, em Francisco Beltrão. O evento estava marcado para começar às 11 horas, mas começou com quase duas horas de atraso. Dilma discursou por 23 minutos e disse que "o Brasil deve se orgulhar muito de seus produtores".
Para a presidente, com o apoio dos pequenos produtores é possível "acabar com a miséria extrema no nosso país". Ela confirmou que o valor disponibilizado este ano (R$ 16 bilhões) é o mesmo do ano anterior, mas nem todos os recursos foram utilizados na última safra. A estimativa é que, dos R$ 16 bilhões, R$ 5 bilhões tenham "sobrado".
Para que a situação não se repita, o governo vai simplificar as operações de crédito rural. Um exemplo é a redução e unificação das taxas anuais de juros, que agora serão 1% para empréstimos destinados a investimentos até R$ 10 mil e 2% para valores acima de R$ 10 mil. Na safra atual, as taxas variam de 1% a 4%.
A presidente ainda afirmou que, se houver necessidade, o governo federal irá disponibilizar mais recursos para essa atividade familiar. Dos R$ 16 bilhões, R$ 7,7 bilhões são para investimentos e R$ 8,3 bilhões para custeio.
Dilma também quer que a comercialização entre os produtores seja facilitada. Só no Paraná, dos 370 mil produtores rurais, cerca de 85% são de agricultura familiar.
A presidente destinou um total de R$ 300 milhões para a Política de Garantia de Preços Mínimos para a Agricultura Familiar (PGPM-AF). A presidente ressaltou ainda que pediu ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que inclua no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) áreas rurais onde a atividade familiar é atuante.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), esteve no aeroporto de Francisco Beltrão para recepcionar a presidente e também discursou. Richa ressaltou que as divergências partidárias precisam ser esquecidas nestas horas e disse que o governo do Paraná tem uma relação de cooperação com o governo federal.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Wagner Rossi, também acompanharam a presidente na viagem.
O ministro Afonso Florence destacou que a PGPM-AF irá comprar diretamente dos agricultores com declaração de aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A presidente atribuiu ao seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avanços na política agropecuária nacional e voltou a dizer que recebeu uma "herança bendita" da gestão anterior. A expressão já havia sido usada pela presidente nesta segunda-feira (11), em cerimônia de entrega do Prêmio Anísio Teixeira, em uma resposta aos que avaliam que a presidente está se afastando nas últimas semanas do seu padrinho político. "Eu recebi uma herança bendita no que se refere a toda política de desenvolvimento familiar e de toda a atividade agropecuária do Brasil", afirmou.
Agricultores, membros de movimentos sociais, deputados estaduais e cerca de 100 prefeitos estiveram presentes no lançamento do Plano Safra no Sudoeste do estado. Às 15h, Dilma retornou para Brasília.
O lançamento estava marcado para o dia 1º de julho, mas foi adiado em razão do mau tempo.
Plano Safra
O governo vai disponibilizar uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões para a agricultura familiar, responsável por dois terços dos estabelecimentos rurais no estado, num sistema de produção considerado modelo para as demais regiões. O valor é o mesmo do Plano Safra anterior, isso porque nem todos os recursos foram utilizados nas últimas safras.
Essa é a primeira vez que um ocupante do cargo de presidente da República visita o município, e também a primeira vez que Dilma vem ao Paraná depois de assumir o mandato.
Fonte: Gazeta do Povo - Fernanda Leitóles, Gladson Angeli, José Rocher e Vitor Geron com Agência Estado
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Ministério muda valor para custeio de produtos agrícolas
6/7/2011
Ministério muda valor para custeio de produtos agrícolas
O limite para o custeio do milho não vai reduzir o da soja ou demais culturas como estava previsto até semana passada. O Conselho Monetário Nacional (CMN) resolveu modificar as normas que iriam limitar o crédito rural a R$ 650 mil por produtor ao igualar o cereal às demais culturas.
A mudança atende à reivindicação lançada duas semanas atrás pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Como cada beneficiário poderá tomar até R$ 500 mil para o milho, o novo teto para custeio é de R$ 1,150 milhão.
As duas organizações argumentaram que, ao cortar o tratamento especial para o milho, "o governo provocaria um solavanco na produção que poderia mudar a intenção de plantio de uma série de culturas". Com menos dinheiro para o cultivo, o produtor seria obrigado a cultivar alternativas mais baratas, dependendo da situação de suas contas. O milho exige até R$ 1,8 mil por hectare no Paraná, maior produtor do cereal no verão. O CMN autorizou ainda a renovação simplificada de operações de crédito, o que reduz a burocracia.
Alterações
Além dos produtores de grãos, os pecuaristas também têm novo limite. O crédito de custeio para avicultura e suinocultura, no caso de beneficiários que atuam nos dois setores, será de até R$ 140 mil, com a soma do limite para cada área.
No apoio à comercialização da produção, a soma do saldo devedor por beneficiário passou de R$ 30 milhões para R$ 40 milhões. No caso do café, o crédito com recursos do Funcafé passa de R$ 750 mil para R$ 1,3 milhão por produtor (estocagem e Empréstimos do Governo Federal, EGF).
O valor máximo das operações de EGF, que variava de R$ 200 mil a R$ 650 mil, agora pode chegar a R$ 1,3 milhão por produtor. Além disso, foram criadas linhas especiais de crédito para mel de abelha e para laranja. Os recursos por produtor dentro do Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro) voltaram ao valor máximo de R$ 1,8 milhão para empreendimento coletivo.
As ampliações se tornaram necessárias, em boa medida, devido às dívidas acumuladas pelo setor. O Congresso Nacional reavalia esse problema para chegar, com dados do Executivo, a um valor geral do endividamento, estimado em mais de R$ 100 bilhões.
Os R$ 107,2 bilhões orçados para a produção comercial começaram a ser tomados ainda na sexta-feira no Paraná. O volume de recursos é 7,2% maior que o do ano passado, mas, na avaliação dos representantes dos produtores, o reajuste foi insuficiente.
Fonte: DCI
Ministério muda valor para custeio de produtos agrícolas
O limite para o custeio do milho não vai reduzir o da soja ou demais culturas como estava previsto até semana passada. O Conselho Monetário Nacional (CMN) resolveu modificar as normas que iriam limitar o crédito rural a R$ 650 mil por produtor ao igualar o cereal às demais culturas.
A mudança atende à reivindicação lançada duas semanas atrás pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Como cada beneficiário poderá tomar até R$ 500 mil para o milho, o novo teto para custeio é de R$ 1,150 milhão.
As duas organizações argumentaram que, ao cortar o tratamento especial para o milho, "o governo provocaria um solavanco na produção que poderia mudar a intenção de plantio de uma série de culturas". Com menos dinheiro para o cultivo, o produtor seria obrigado a cultivar alternativas mais baratas, dependendo da situação de suas contas. O milho exige até R$ 1,8 mil por hectare no Paraná, maior produtor do cereal no verão. O CMN autorizou ainda a renovação simplificada de operações de crédito, o que reduz a burocracia.
Alterações
Além dos produtores de grãos, os pecuaristas também têm novo limite. O crédito de custeio para avicultura e suinocultura, no caso de beneficiários que atuam nos dois setores, será de até R$ 140 mil, com a soma do limite para cada área.
No apoio à comercialização da produção, a soma do saldo devedor por beneficiário passou de R$ 30 milhões para R$ 40 milhões. No caso do café, o crédito com recursos do Funcafé passa de R$ 750 mil para R$ 1,3 milhão por produtor (estocagem e Empréstimos do Governo Federal, EGF).
O valor máximo das operações de EGF, que variava de R$ 200 mil a R$ 650 mil, agora pode chegar a R$ 1,3 milhão por produtor. Além disso, foram criadas linhas especiais de crédito para mel de abelha e para laranja. Os recursos por produtor dentro do Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro) voltaram ao valor máximo de R$ 1,8 milhão para empreendimento coletivo.
As ampliações se tornaram necessárias, em boa medida, devido às dívidas acumuladas pelo setor. O Congresso Nacional reavalia esse problema para chegar, com dados do Executivo, a um valor geral do endividamento, estimado em mais de R$ 100 bilhões.
Os R$ 107,2 bilhões orçados para a produção comercial começaram a ser tomados ainda na sexta-feira no Paraná. O volume de recursos é 7,2% maior que o do ano passado, mas, na avaliação dos representantes dos produtores, o reajuste foi insuficiente.
Fonte: DCI
sexta-feira, 1 de julho de 2011
FAEP reúne Comissões Técnicas
30/6/2011
FAEP reúne Comissões Técnicas
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) realizará na próxima segunda-feira, dia 4, às 8h30 min, reunião conjunta das comissões e lideranças rurais da FAEP, em Curitiba. O objetivo do encontro é discutir o Plano Safra 2011/2012 e o lançamento do Seguro de Faturamento. Na reunião, o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, apresentará uma análise da economia rural no país e as expectativas na produção agropecuária. O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz e o economista sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, estão entre os palestrantes do encontro.
Comissões
Dez comissões integram o Sistema FAEP, são elas:
Comissão de Bovinocultura de Leite, Comissão de Suinocultura, Comissão de Avicultura, Comissão de Assuntos Fundiários, Comissão de Hortifruticultura, Comissão de Bovinocultura de Corte, Comissão de Caprinocultura e Ovinocultura, Comissão de Cana-de- Açúcar, Comissão de Cafeicultura e a Comissão de Cereais e Oleaginosas.
FAEP reúne Comissões Técnicas
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) realizará na próxima segunda-feira, dia 4, às 8h30 min, reunião conjunta das comissões e lideranças rurais da FAEP, em Curitiba. O objetivo do encontro é discutir o Plano Safra 2011/2012 e o lançamento do Seguro de Faturamento. Na reunião, o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, apresentará uma análise da economia rural no país e as expectativas na produção agropecuária. O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz e o economista sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, estão entre os palestrantes do encontro.
Comissões
Dez comissões integram o Sistema FAEP, são elas:
Comissão de Bovinocultura de Leite, Comissão de Suinocultura, Comissão de Avicultura, Comissão de Assuntos Fundiários, Comissão de Hortifruticultura, Comissão de Bovinocultura de Corte, Comissão de Caprinocultura e Ovinocultura, Comissão de Cana-de- Açúcar, Comissão de Cafeicultura e a Comissão de Cereais e Oleaginosas.
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